Palavra do leitor
- 08 de setembro de 2012
- Visualizações: 1127
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
Somos um corpo ou um arremedo de prostituição?
Partes de um Todo
''cadeiras, panos, água
encontros, decisões, respostas;
ao ir e vir,
nos degraus
:
testemunhas de uma história
que se move, doa, envolve;
enquanto isso,
a face escoa
:
o suor, a respiração pausada,
as descontrações do viver;
as partes se entregam
para o todo que
:
relaciona – se
:
na interdependência, na interação;
a comunhão vestida
na parceria do discipulado,
na participação do serviço...
no partilhar da confissão..
A vida cristã se compara como um organismo vivo. De regra, as várias narrativas efetuadas, seja por meio das prédicas ou de comentários, param na estação da expressão citada acima e enfatizada, principalmente, nas cartas paulinas.
Ouso pontuar a conotação de a igreja ser uma interação social de aprendizado e experiências recíprocas.
Eis aqui uma elucubração a ser estabelecida e serve de uma direção peculiar sobre a questão de a igreja ser o espaço para a inclusão de diferentes, ou seja, pessoas das mais diversas dimensões e situações históricas e sociais, culturais e espirituais.
Agora, ressalto um fenômeno pernicioso e maléfico infestados pelo desdobrar de comunidades ou espaços voltados a irradiar versões patológicas e convidativas de um evangelho mercantilista, munido de uma ética supérflua e afeito a tornar a cruz um lugar para permutas e conluios (numa espécie de cristianismo de arremedos prostituidos).
Tristemente, verifico uma literal prostituição das escrituras – sagradas, cada vez mais, retaliada, interpretada por pessoas sem escrúpulos, manipulada por interesses escusos e cínicos.
Não paro por aqui, deparamo – nos com uma versão toda singular de uma torre de babel evangélica, por onde Cristo parece um subproduto disponibilizado em cada esquina.
Ultimamente, prevalece a grandiloquência de um evangelho de ícones, autênticas caricaturas surreais, desprovidas de humanidade, de personalidade, de vulnerabilidade, de fragilidade, de identidade de ser imagem e semelhança de gente, de pessoa, de humano.
Basta atentar para o túnel obscuro de suas vidas, de suas realidades, de suas histórias.
Lamentavelmente, o sacrifício de Cristo parece ser, nada mais e nada menos, uma simbologia de retórica e, tão somente, presente como um mero enfeite. Vamos adiante, o relativismo se espraia virulentamente nos enredos das denominadas manifestações evangélicas.
Sem sombra de dúvida, percebe – se a propulsão de uma geração de evangélicos inclinados a manter uma temerária relação de vontades e percepções equivocadas das boas =- novas. Nessa trajetória, ninguém mais se ocupa com seu próximo.
Afinal de contas, Deus deu a vida, para cada um cuidar da sua. Verdadeiramente, sinto – me enfastiado, para não dizer ‘’nua e cruamente’’ – cansado dessa cacofonia de que todas as alternativas com a alcunha do Messias, quiçá, não garanta a eternidade; entretanto, nos proporciona um bocado de satisfações, aqui nesse caótico e desesperançado.
Para piorar o contexto, acostumamo – nos com as miríades de ajuntamentos, de uma confluência de massas atomizadas ou de andarilhos, sempre em busca da melhor alternativa.
Cumpre salientar, o maior dos mandamentos açambarca no seu bojo a tolerância, o serviço e o discipulado. Por sua vez, essas palavras soam como algo retrógrado, idílico, ideia de alienados e malucos.
Ora, para que decidir por uma via cristã pautada na participação do serviço integral (aqui implica o dever da igreja no que toca a influenciar e impactar o mundo ao seu redor), no partilhar da confissão (adentramos no compromisso e no comprometimento por não submeter o próximo a inquisições eclesiásticas e públicas) e na parceira do discipulado (os vínculos das relações interpessoais interativas, pelo qual formamos o companheirismo em intensidade, solidariedade, irmandade e profundidade).
Acredito, piamente, nessa veia utópica, de eu e você sermos igreja ao lado e com pessoas.
Aliás, vale notar, não diria, graças a Deus, perfeitas, mas sim abertas e franqueadas a serem banhadas com a fé lúdica que não repudia o etlhos e muito menos as emoções.
Então, novamente indagado se, efetivamente, somos um corpo, um amontoado de retalhos, de adeptos de uma crença adquirida nos comércios da fé assaz e vergastadamente espalhados por ai.
No escoar de mais de dois mil anos, podemos asserçar e asseverar sermos partes de composição de um corpo ou não?
''cadeiras, panos, água
encontros, decisões, respostas;
ao ir e vir,
nos degraus
:
testemunhas de uma história
que se move, doa, envolve;
enquanto isso,
a face escoa
:
o suor, a respiração pausada,
as descontrações do viver;
as partes se entregam
para o todo que
:
relaciona – se
:
na interdependência, na interação;
a comunhão vestida
na parceria do discipulado,
na participação do serviço...
no partilhar da confissão..
A vida cristã se compara como um organismo vivo. De regra, as várias narrativas efetuadas, seja por meio das prédicas ou de comentários, param na estação da expressão citada acima e enfatizada, principalmente, nas cartas paulinas.
Ouso pontuar a conotação de a igreja ser uma interação social de aprendizado e experiências recíprocas.
Eis aqui uma elucubração a ser estabelecida e serve de uma direção peculiar sobre a questão de a igreja ser o espaço para a inclusão de diferentes, ou seja, pessoas das mais diversas dimensões e situações históricas e sociais, culturais e espirituais.
Agora, ressalto um fenômeno pernicioso e maléfico infestados pelo desdobrar de comunidades ou espaços voltados a irradiar versões patológicas e convidativas de um evangelho mercantilista, munido de uma ética supérflua e afeito a tornar a cruz um lugar para permutas e conluios (numa espécie de cristianismo de arremedos prostituidos).
Tristemente, verifico uma literal prostituição das escrituras – sagradas, cada vez mais, retaliada, interpretada por pessoas sem escrúpulos, manipulada por interesses escusos e cínicos.
Não paro por aqui, deparamo – nos com uma versão toda singular de uma torre de babel evangélica, por onde Cristo parece um subproduto disponibilizado em cada esquina.
Ultimamente, prevalece a grandiloquência de um evangelho de ícones, autênticas caricaturas surreais, desprovidas de humanidade, de personalidade, de vulnerabilidade, de fragilidade, de identidade de ser imagem e semelhança de gente, de pessoa, de humano.
Basta atentar para o túnel obscuro de suas vidas, de suas realidades, de suas histórias.
Lamentavelmente, o sacrifício de Cristo parece ser, nada mais e nada menos, uma simbologia de retórica e, tão somente, presente como um mero enfeite. Vamos adiante, o relativismo se espraia virulentamente nos enredos das denominadas manifestações evangélicas.
Sem sombra de dúvida, percebe – se a propulsão de uma geração de evangélicos inclinados a manter uma temerária relação de vontades e percepções equivocadas das boas =- novas. Nessa trajetória, ninguém mais se ocupa com seu próximo.
Afinal de contas, Deus deu a vida, para cada um cuidar da sua. Verdadeiramente, sinto – me enfastiado, para não dizer ‘’nua e cruamente’’ – cansado dessa cacofonia de que todas as alternativas com a alcunha do Messias, quiçá, não garanta a eternidade; entretanto, nos proporciona um bocado de satisfações, aqui nesse caótico e desesperançado.
Para piorar o contexto, acostumamo – nos com as miríades de ajuntamentos, de uma confluência de massas atomizadas ou de andarilhos, sempre em busca da melhor alternativa.
Cumpre salientar, o maior dos mandamentos açambarca no seu bojo a tolerância, o serviço e o discipulado. Por sua vez, essas palavras soam como algo retrógrado, idílico, ideia de alienados e malucos.
Ora, para que decidir por uma via cristã pautada na participação do serviço integral (aqui implica o dever da igreja no que toca a influenciar e impactar o mundo ao seu redor), no partilhar da confissão (adentramos no compromisso e no comprometimento por não submeter o próximo a inquisições eclesiásticas e públicas) e na parceira do discipulado (os vínculos das relações interpessoais interativas, pelo qual formamos o companheirismo em intensidade, solidariedade, irmandade e profundidade).
Acredito, piamente, nessa veia utópica, de eu e você sermos igreja ao lado e com pessoas.
Aliás, vale notar, não diria, graças a Deus, perfeitas, mas sim abertas e franqueadas a serem banhadas com a fé lúdica que não repudia o etlhos e muito menos as emoções.
Então, novamente indagado se, efetivamente, somos um corpo, um amontoado de retalhos, de adeptos de uma crença adquirida nos comércios da fé assaz e vergastadamente espalhados por ai.
No escoar de mais de dois mil anos, podemos asserçar e asseverar sermos partes de composição de um corpo ou não?
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
- 08 de setembro de 2012
- Visualizações: 1127
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Revista Ultimato
- +lidos
- +comentados