Palavra do leitor
- 31 de dezembro de 2016
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Solidão, crítica e rejeição: os custos da liderança - I
"... podeis vós beber o cálice que eu bebo...? (Mc 10.38)
Como O Pastor Pode Responder À Solidão, Às Críticas E À Rejeição E Ainda Manter Boas Relações Humanas Com Os Membros?
J. Oswald Sanders lista em seu livro (Liderança Espiritual, Editora Mundo Cristão) dois princípios elementares sobre liderança cristã baseados em Marcos 10.32-40, no episódio em que Tiago e João pedem a Cristo para ocuparem uma posição de destaque em seu Reino (v.37).
Ele identifica, em primeiro lugar, o princípio da "soberania na liderança espiritual". Conceder a alguém cargo de liderança é algo que já está preestabelecido por Deus, apenas confirma-se o candidato que o Senhor já reservou para esse fim; É notório que ninguém galga tal posição por méritos próprios, por influência intercessora de alguém ou de um colegiado, mas é preciso uma extensão humana e terrena do Reino para que administre as questões da Igreja, como por exemplo: uma assembleia, convenção ou concílio. O livro de Atos registra três assembleias: 1)Para escolher um apóstolo substituto de Judas (1.15-26); 2)Para instituir os diáconos ao serviço social (6.1-6) e 3)A assembleia geral do capítulo 15, realizada para resolver questões a respeito dos ritos mosaicos, se seriam aplicados, aos gentios que aceitaram a fé, comissionando obreiros para noticiar a decisão convencional.
Os pastores são levantados soberanamente para exercerem seus cargos de liderança reservados a eles pelo próprio Senhor, foi Jesus que apresentou esse princípio ao dizer: "mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence a mim concedê-lo, mas isso é para aqueles a quem está reservado." (Mc 10.40). A convenção local reconhece o ministro que Deus preestabeleceu, função que nossa pastoral – CONADEC – desempenha muito bem. Por esse motivo estejamos conscientes de que a instituição eclesiástica é divina com funções espirituais e execuções humanas, eis a razão pela qual não devemos nos opor ou questioná-la. Além do reconhecimento de uma instituição, é preciso, também que alguém os apresente. Como por exemplo: Barnabé que apresenta Paulo aos Apóstolos, "Barnabé, tomando-o [Paulo] consigo, o trouxe aos apóstolos..." (At 9.27); o próprio Paulo, que depois de alguns anos, ingressa Marcos no ministério, "... Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério." (2 Tm 4.11); e os discípulos que escolheram os diáconos " e os apresentaram ante os apóstolos..." (At. 6.2,3,6).
O segundo princípio reconhecido por Sanders na fala de Jesus foi o "preço da liderança". O Senhor deixa claro que há um custo alto a pagar para quem quer assumir uma posição de liderança: "... Não sabeis o que pedis; podeis vós beber o cálice que eu bebo e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado?" (Mc 10.38), a pergunta evidencia haver custos para exercer uma liderança eficaz. Sanders destaca que a solidão, a crítica e a rejeição são alguns fatores que, dentre outros, definem o preço da liderança. Mas, como o pastor deve responder as críticas, rejeição e solidão e ainda manter boas relações humanas com seus membros (FAETAD, 2006)?
Solidão. Tomar decisões nunca foi fácil; Em ambiente coletivo, às vezes, gera conflitos de opiniões e consequentemente problemas relacionais. George Barna, um dos mais proeminentes pesquisadores de liderança cristã americana e presidente da maior organização norte-americana de consultoria de administração de ministérios, revela os tipos mais comuns de conflitos: "colisão de personalidade, lutas de poder, insegurança, falta de reconhecimento: São os conflitos relacionados com assuntos pessoais" (George Barna, 2004).
Quando o Pastor decide tomar alguma decisão necessária para o crescimento da igreja, algumas vezes, infelizmente fica solitário e é incompreendido como, por exemplo, quando decidir mudar a liderança de um departamento poderá afetar algumas pessoas e causar certo desconforto. Dado a situação ele pode ficar solitário e incompreendido, este é o preço da gerência – a solidão. A igreja precisa de obreiros que sejam servos e o pastor, naturalmente, precisa de amigos fiéis; Longe de sua terra natal, a solidão se torna um custo angustiante para quem aceitou, como Abraão, segregar-se das agremiações de sua "terra", da fraternidade de sua "parentela" e do afeto da casa do "pai" (Gn 12.1); Para ser incompreendido, rejeitado e solitário em terra estranha.
Não obstante, é impossível dar respostas à solidão causada por membros que, insatisfeitos, se distanciam do pastor. Ele deve, no entanto, construir mecanismos que a evite, tais como: 1) Procurar viver em paz com seus membros; 2) Entender suas singularidades, pois as pessoas não serão como você quer que elas sejam; serão elas mesmas, apenas temos que aceitá-las; Por isso não seja rancoroso ou temperamental, saiba que a maioria dos conflitos são gerados pela deficiência das boas relações, portanto uma das partes tem que ceder; e 3) conquiste novos amigos, aumentando seu círculo de amizade.
Crítica... CONTINUA...
Como O Pastor Pode Responder À Solidão, Às Críticas E À Rejeição E Ainda Manter Boas Relações Humanas Com Os Membros?
J. Oswald Sanders lista em seu livro (Liderança Espiritual, Editora Mundo Cristão) dois princípios elementares sobre liderança cristã baseados em Marcos 10.32-40, no episódio em que Tiago e João pedem a Cristo para ocuparem uma posição de destaque em seu Reino (v.37).
Ele identifica, em primeiro lugar, o princípio da "soberania na liderança espiritual". Conceder a alguém cargo de liderança é algo que já está preestabelecido por Deus, apenas confirma-se o candidato que o Senhor já reservou para esse fim; É notório que ninguém galga tal posição por méritos próprios, por influência intercessora de alguém ou de um colegiado, mas é preciso uma extensão humana e terrena do Reino para que administre as questões da Igreja, como por exemplo: uma assembleia, convenção ou concílio. O livro de Atos registra três assembleias: 1)Para escolher um apóstolo substituto de Judas (1.15-26); 2)Para instituir os diáconos ao serviço social (6.1-6) e 3)A assembleia geral do capítulo 15, realizada para resolver questões a respeito dos ritos mosaicos, se seriam aplicados, aos gentios que aceitaram a fé, comissionando obreiros para noticiar a decisão convencional.
Os pastores são levantados soberanamente para exercerem seus cargos de liderança reservados a eles pelo próprio Senhor, foi Jesus que apresentou esse princípio ao dizer: "mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence a mim concedê-lo, mas isso é para aqueles a quem está reservado." (Mc 10.40). A convenção local reconhece o ministro que Deus preestabeleceu, função que nossa pastoral – CONADEC – desempenha muito bem. Por esse motivo estejamos conscientes de que a instituição eclesiástica é divina com funções espirituais e execuções humanas, eis a razão pela qual não devemos nos opor ou questioná-la. Além do reconhecimento de uma instituição, é preciso, também que alguém os apresente. Como por exemplo: Barnabé que apresenta Paulo aos Apóstolos, "Barnabé, tomando-o [Paulo] consigo, o trouxe aos apóstolos..." (At 9.27); o próprio Paulo, que depois de alguns anos, ingressa Marcos no ministério, "... Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério." (2 Tm 4.11); e os discípulos que escolheram os diáconos " e os apresentaram ante os apóstolos..." (At. 6.2,3,6).
O segundo princípio reconhecido por Sanders na fala de Jesus foi o "preço da liderança". O Senhor deixa claro que há um custo alto a pagar para quem quer assumir uma posição de liderança: "... Não sabeis o que pedis; podeis vós beber o cálice que eu bebo e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado?" (Mc 10.38), a pergunta evidencia haver custos para exercer uma liderança eficaz. Sanders destaca que a solidão, a crítica e a rejeição são alguns fatores que, dentre outros, definem o preço da liderança. Mas, como o pastor deve responder as críticas, rejeição e solidão e ainda manter boas relações humanas com seus membros (FAETAD, 2006)?
Solidão. Tomar decisões nunca foi fácil; Em ambiente coletivo, às vezes, gera conflitos de opiniões e consequentemente problemas relacionais. George Barna, um dos mais proeminentes pesquisadores de liderança cristã americana e presidente da maior organização norte-americana de consultoria de administração de ministérios, revela os tipos mais comuns de conflitos: "colisão de personalidade, lutas de poder, insegurança, falta de reconhecimento: São os conflitos relacionados com assuntos pessoais" (George Barna, 2004).
Quando o Pastor decide tomar alguma decisão necessária para o crescimento da igreja, algumas vezes, infelizmente fica solitário e é incompreendido como, por exemplo, quando decidir mudar a liderança de um departamento poderá afetar algumas pessoas e causar certo desconforto. Dado a situação ele pode ficar solitário e incompreendido, este é o preço da gerência – a solidão. A igreja precisa de obreiros que sejam servos e o pastor, naturalmente, precisa de amigos fiéis; Longe de sua terra natal, a solidão se torna um custo angustiante para quem aceitou, como Abraão, segregar-se das agremiações de sua "terra", da fraternidade de sua "parentela" e do afeto da casa do "pai" (Gn 12.1); Para ser incompreendido, rejeitado e solitário em terra estranha.
Não obstante, é impossível dar respostas à solidão causada por membros que, insatisfeitos, se distanciam do pastor. Ele deve, no entanto, construir mecanismos que a evite, tais como: 1) Procurar viver em paz com seus membros; 2) Entender suas singularidades, pois as pessoas não serão como você quer que elas sejam; serão elas mesmas, apenas temos que aceitá-las; Por isso não seja rancoroso ou temperamental, saiba que a maioria dos conflitos são gerados pela deficiência das boas relações, portanto uma das partes tem que ceder; e 3) conquiste novos amigos, aumentando seu círculo de amizade.
Crítica... CONTINUA...
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