Palavra do leitor
- 02 de junho de 2008
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Sola Scriptura não basta
Um retorno sincero e radical às Sagradas Escrituras acabará por afastar-nos delas, não totalmente, mas saudavelmente. Isso não é difícil de compreender quando pensamos na Bíblia como meio e não um fim em si mesmo. Como luz ou espelho ela nos auxilia, melhorando ou proporcionando uma nova visão do mundo, de nós mesmo e de Deus. Se nos prendermos em contemplar o espelho e não o objeto que ele reflete ou a lâmpada e não o caminho que ela ilumina fatalmente sairemos prejudicados. Por isso certa distância faz-se necessária.
Fora essa questão puramente prática, veremos que a própria Bíblia depões conta si mesma. Fato esse que pode ser notado no exemplo de Jesus, o Rabi, que estava longe de ser um escriba, doutor da lei ou professor bíblico. Curiosamente Ele na maior parte do tempo não ensinava Bíblia, ele a vivia o tempo todo. Ele ensinou coisas do Reino de Deus, contou histórias e acima de tudo ouviu o coração sofrido daquela gente da Palestina. Paulo é outro bom exemplo, também não se deteve em trabalhar estudos bíblico bem elaboradas do velho testamento ou em explicar as parábolas de Jesus. O que Paulo fez foi sair pelo mundo a fora testemunhando que Jesus era o Messias ressurreto.
Finalmente chegamos ao fato óbvio expresso de forma muito feliz por Paulo Brabo em O mundo dos pré-canônicos: "os autores da Bíblia viveram com o Deus da Bíblia e sem a Bíblia". Acrescentemos a esse fato outro, os pós-canônicos também tinham raramente a Bíblia. Por mais que gostemos ou não da idéia, o crentes bereanos não iam para a sinagoga com a Bíblia debaixo do braço, como alguns pregadores tentam nos convencer. Antigamente o povo em sua grande maioria não sabia nem ler. Não tinham muito acesso ao rolos sagrados e se tivessem teriam que aprender o grego da Septuaginta ou o hebraico. Somente no século IV é que São Jerônimo traduz a Bíblia para o Latim. E apenas por volta do séculos XII e XVI é que a Vulgata começou a ser traduzida para as línguas maternas dos povos europeus. Mesmo assim demoraram séculos após a invenção da imprensa por Gutenberg para que a Bíblia virasse um livro portátil e de fácil manuseio.
Não vejo que isso tudo tire a importância ou autoridade reais das Sagradas Escrituras, muito antes pelo contrário. Contudo ela está bem longe de ser juntamente com a salvação pela graça coluna da igreja primitiva. Sobre esse ponto fico com o que a própria Escritura diz. Colunas da igreja eram pessoas de carne e osso como você e eu.
www.fraternus.de
Fora essa questão puramente prática, veremos que a própria Bíblia depões conta si mesma. Fato esse que pode ser notado no exemplo de Jesus, o Rabi, que estava longe de ser um escriba, doutor da lei ou professor bíblico. Curiosamente Ele na maior parte do tempo não ensinava Bíblia, ele a vivia o tempo todo. Ele ensinou coisas do Reino de Deus, contou histórias e acima de tudo ouviu o coração sofrido daquela gente da Palestina. Paulo é outro bom exemplo, também não se deteve em trabalhar estudos bíblico bem elaboradas do velho testamento ou em explicar as parábolas de Jesus. O que Paulo fez foi sair pelo mundo a fora testemunhando que Jesus era o Messias ressurreto.
Finalmente chegamos ao fato óbvio expresso de forma muito feliz por Paulo Brabo em O mundo dos pré-canônicos: "os autores da Bíblia viveram com o Deus da Bíblia e sem a Bíblia". Acrescentemos a esse fato outro, os pós-canônicos também tinham raramente a Bíblia. Por mais que gostemos ou não da idéia, o crentes bereanos não iam para a sinagoga com a Bíblia debaixo do braço, como alguns pregadores tentam nos convencer. Antigamente o povo em sua grande maioria não sabia nem ler. Não tinham muito acesso ao rolos sagrados e se tivessem teriam que aprender o grego da Septuaginta ou o hebraico. Somente no século IV é que São Jerônimo traduz a Bíblia para o Latim. E apenas por volta do séculos XII e XVI é que a Vulgata começou a ser traduzida para as línguas maternas dos povos europeus. Mesmo assim demoraram séculos após a invenção da imprensa por Gutenberg para que a Bíblia virasse um livro portátil e de fácil manuseio.
Não vejo que isso tudo tire a importância ou autoridade reais das Sagradas Escrituras, muito antes pelo contrário. Contudo ela está bem longe de ser juntamente com a salvação pela graça coluna da igreja primitiva. Sobre esse ponto fico com o que a própria Escritura diz. Colunas da igreja eram pessoas de carne e osso como você e eu.
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