Palavra do leitor
- 10 de outubro de 2011
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Sofredores compulsivos
Conversando com uma amiga sobre os problemas afetivos dela me peguei entendendo melhor a mim mesma. Estávamos falando sobre defesas e auto sabotagem. É incrível o esforço que eu faço para me sabotar... como eu entro já no jogo para perder, sem nem me dar um voto de confiança... Por que será que fazemos isso com a gente com tanta frequência?
Desde o assalto à geladeira, burlando o regime, passando pelo roubo nas séries de musculação - que a gente finge que faz para nos livrar da culpa de comer besteira - até as relações amorosas e trabalhistas, em tudo a gente se sabota. Usamos nossos medos e nossas defesas para perpetuar a condição de vítima, de coitadinhos... afinal, não é mais fácil dar uma desculpa, culpar o destino, o azar, os outros, do que admitir que não se tem é coragem para mudar a realidade?
Acho que o grande medo humano não é do fracasso... é sim do sucesso. Nós acostumamos demais à condição de sofredores e aprendemos a conviver com a dor... ela já virou amiga, companheira fiel e constante. As noites choradas no travesseiro... o amor não correspondido... a tristeza de ser a única pessoa na face da Terra a não ter ninguém com quem falar, com que sair, a quem amar em um sábado a noite - ainda que existam outras dezenas de milhares de solitários compulsivos soltos por aí, curtindo uma fossa vendo TV sem prestar realmente atenção ao que vê e se achando igualmente único em sua dor - tudo é resultado não da ira de Deus ou do azar, ou da maldade de alguém, mas sim de nossa própria condição de sofredores compulsivos.
Estou ficando cansada de minha dor, minha tristeza ser eterna. Tenho sempre uma desculpa esfarrapada que me permite continuar sofrendo. Não tenho mais tempo para malhar por isso estou gorda e feia e ninguém vai me querer. Moro longe dos grandes centros por isso não posso fazer o curso que quero, seguir a carreira que quero. Sou a única dos meus amigos que não tem ninguém, mas isso é porque não tem ninguém que preste no mundo, são todos vazios, fúteis e alienados. Será? Não. Sou eu pondo reticências após cada período... perpetuando a condição de ‘’maria madalena’’ da humanidade.
Acho que preciso de um ponto e vírgula, para começar, mas mudando de enfoque... dando destaque a algo novo, diferente, saindo do marasmo da vírgula, da reticências e dos incômodos pontos finais que nunca terminam nada, mas sim continuam a repetir a ladainha eterna da covardia nossa de cada dia.
E para recomeçar, temos que tocar Jesus pela fé, como aquela mulher do fluxo de sangue. Deixa Jesus eu somente tocar a orla de teu manto, a minha vida com certeza transformará e o maior milagre será ouvir: Filha vai em paz e a tua fé te salvou. Só assim seremos justificados em nossas loucuras do dia a dia...ou não...isto é uma questão de DECISÃO.
Desde o assalto à geladeira, burlando o regime, passando pelo roubo nas séries de musculação - que a gente finge que faz para nos livrar da culpa de comer besteira - até as relações amorosas e trabalhistas, em tudo a gente se sabota. Usamos nossos medos e nossas defesas para perpetuar a condição de vítima, de coitadinhos... afinal, não é mais fácil dar uma desculpa, culpar o destino, o azar, os outros, do que admitir que não se tem é coragem para mudar a realidade?
Acho que o grande medo humano não é do fracasso... é sim do sucesso. Nós acostumamos demais à condição de sofredores e aprendemos a conviver com a dor... ela já virou amiga, companheira fiel e constante. As noites choradas no travesseiro... o amor não correspondido... a tristeza de ser a única pessoa na face da Terra a não ter ninguém com quem falar, com que sair, a quem amar em um sábado a noite - ainda que existam outras dezenas de milhares de solitários compulsivos soltos por aí, curtindo uma fossa vendo TV sem prestar realmente atenção ao que vê e se achando igualmente único em sua dor - tudo é resultado não da ira de Deus ou do azar, ou da maldade de alguém, mas sim de nossa própria condição de sofredores compulsivos.
Estou ficando cansada de minha dor, minha tristeza ser eterna. Tenho sempre uma desculpa esfarrapada que me permite continuar sofrendo. Não tenho mais tempo para malhar por isso estou gorda e feia e ninguém vai me querer. Moro longe dos grandes centros por isso não posso fazer o curso que quero, seguir a carreira que quero. Sou a única dos meus amigos que não tem ninguém, mas isso é porque não tem ninguém que preste no mundo, são todos vazios, fúteis e alienados. Será? Não. Sou eu pondo reticências após cada período... perpetuando a condição de ‘’maria madalena’’ da humanidade.
Acho que preciso de um ponto e vírgula, para começar, mas mudando de enfoque... dando destaque a algo novo, diferente, saindo do marasmo da vírgula, da reticências e dos incômodos pontos finais que nunca terminam nada, mas sim continuam a repetir a ladainha eterna da covardia nossa de cada dia.
E para recomeçar, temos que tocar Jesus pela fé, como aquela mulher do fluxo de sangue. Deixa Jesus eu somente tocar a orla de teu manto, a minha vida com certeza transformará e o maior milagre será ouvir: Filha vai em paz e a tua fé te salvou. Só assim seremos justificados em nossas loucuras do dia a dia...ou não...isto é uma questão de DECISÃO.
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