Palavra do leitor
10 de fevereiro de 2009
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Sobre poetas e profetas
"A vida do poeta tem um ritmo diferente
É um contínuo de dor angustiante..
O poeta é o destinado do sofrimento
Do sofrimento que lhe clareia a visão de beleza
E a sua alma é uma parcela do infinito distante
O infinito que ninguém sonda e ninguém compreende.
Ele é o eterno errante dos caminhos
Que vai, pisando a terra e olhando o céu
Preso pelos extremos intangíveis
Clareando como um raio de sol a paisagem da vida.
O poeta tem o coração claro das aves
E a sensibiidade das crianças.
O poeta chora.
Chora de manso, com lágrimas doces, com lágrimas tristes
Olhando o espaço imenso da sua alma.
O Poeta sorri." (Vinicius de Moraes)
Depois de ler esse poema do Vinícius, não consegui disvencilhá-lo da vida dos profetas, pois semelhante aos poetas, passaram por situações em que para humanos normais, são bem difíceis de se entender e por fim nos colocamos contra esses personagens, justamente porque eles veem o mundo de um jeito bem diferente que o nosso.
Por exemplo vemos muitos deles tentando mostrar que Deus é detentor de uma beleza que é bem diferente da regra imposta pela religião e que através dela (a religião) apenas ratificamos nossos desejos e manipulações, mas Deus é maior do que à Sua institucionalização, isso é bem falado por Isaías, Jeremias, apóstolo Paulo, autor de Hebreus e principalmente Jesus Cristo.
As pessoas mataram o mestre justamente por Ele ter uma perspectiva bem diferente da vida do que os seus conterrâneos.
Certa vez escrevi sobre a relação entre a visão que Vinícius tinha sobre onde habita a verdadeira criatividade e a perspectiva que o autor de Eclesiastes tinha da vida e isso nos leva a uma outra característica entre os dois, o pessimísmo diante da realidade, pois para ambos, as pessoas tem dificuldade em encontrar caminhos que as conduzam a paz e ao descanso. Todos estão envolvidos com os próprios desejos, quando para se alcançar a verdadeira felicidade, devemos encontrar o verdadeiro amor e aí econtramos a diferença entre poetas e profetas, pois para os primeiros o verdadeiro amor está nos braços de uma mulher e para os profetas nos braços de Deus, mas podemos aqui encontrar a relação com a porção feminina de Deus e aí voltamos a encontrar novos paralelos entre os dois.
Para escrever, os poetas não tinham objetivo em dizer nada, apenas expressar seus sentimentos e angústias diante da vida e os profetas queriam mostrar isso para o povo, que para adorar a Deus não necessitamos do rito, basta que nos deixemos nos enlevar pelos braços do Pai, o rito aprisiona a liberdade em adorá-lo. Infelizmente Deus foi aprisionado pelo dogma e os poetas tentam libertá-lo todos os dias e a guerra entre poetas/profetas e religiosos se perpetua na história sem a esperança de se ter fim, apenas que muitos desses amantes morrerão assassinados pelo dogmatismo da vida e pela visão maniqueísta do mundo.
O que nos resta a dizer sobre isso é o que Marx disse uma certa vez, mas mudando alguns termos: "Poetas de todo mundo, UNI-VOS"
Fonte: www.descansodaalma.blogspot.com
É um contínuo de dor angustiante..
O poeta é o destinado do sofrimento
Do sofrimento que lhe clareia a visão de beleza
E a sua alma é uma parcela do infinito distante
O infinito que ninguém sonda e ninguém compreende.
Ele é o eterno errante dos caminhos
Que vai, pisando a terra e olhando o céu
Preso pelos extremos intangíveis
Clareando como um raio de sol a paisagem da vida.
O poeta tem o coração claro das aves
E a sensibiidade das crianças.
O poeta chora.
Chora de manso, com lágrimas doces, com lágrimas tristes
Olhando o espaço imenso da sua alma.
O Poeta sorri." (Vinicius de Moraes)
Depois de ler esse poema do Vinícius, não consegui disvencilhá-lo da vida dos profetas, pois semelhante aos poetas, passaram por situações em que para humanos normais, são bem difíceis de se entender e por fim nos colocamos contra esses personagens, justamente porque eles veem o mundo de um jeito bem diferente que o nosso.
Por exemplo vemos muitos deles tentando mostrar que Deus é detentor de uma beleza que é bem diferente da regra imposta pela religião e que através dela (a religião) apenas ratificamos nossos desejos e manipulações, mas Deus é maior do que à Sua institucionalização, isso é bem falado por Isaías, Jeremias, apóstolo Paulo, autor de Hebreus e principalmente Jesus Cristo.
As pessoas mataram o mestre justamente por Ele ter uma perspectiva bem diferente da vida do que os seus conterrâneos.
Certa vez escrevi sobre a relação entre a visão que Vinícius tinha sobre onde habita a verdadeira criatividade e a perspectiva que o autor de Eclesiastes tinha da vida e isso nos leva a uma outra característica entre os dois, o pessimísmo diante da realidade, pois para ambos, as pessoas tem dificuldade em encontrar caminhos que as conduzam a paz e ao descanso. Todos estão envolvidos com os próprios desejos, quando para se alcançar a verdadeira felicidade, devemos encontrar o verdadeiro amor e aí econtramos a diferença entre poetas e profetas, pois para os primeiros o verdadeiro amor está nos braços de uma mulher e para os profetas nos braços de Deus, mas podemos aqui encontrar a relação com a porção feminina de Deus e aí voltamos a encontrar novos paralelos entre os dois.
Para escrever, os poetas não tinham objetivo em dizer nada, apenas expressar seus sentimentos e angústias diante da vida e os profetas queriam mostrar isso para o povo, que para adorar a Deus não necessitamos do rito, basta que nos deixemos nos enlevar pelos braços do Pai, o rito aprisiona a liberdade em adorá-lo. Infelizmente Deus foi aprisionado pelo dogma e os poetas tentam libertá-lo todos os dias e a guerra entre poetas/profetas e religiosos se perpetua na história sem a esperança de se ter fim, apenas que muitos desses amantes morrerão assassinados pelo dogmatismo da vida e pela visão maniqueísta do mundo.
O que nos resta a dizer sobre isso é o que Marx disse uma certa vez, mas mudando alguns termos: "Poetas de todo mundo, UNI-VOS"
Fonte: www.descansodaalma.blogspot.com
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