Apoie com um cafezinho
Olá visitante!
Cadastre-se

Esqueci minha senha

  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.
Seja bem-vindo Visitante!
  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.

Palavra do leitor

Sobre o dízimo evangélico

Além de defender a aplicação e cobrança do dízimo, quase todos o fazem afirmando que se trata de uma ordenança perpétua e clara da Bíblia que não foi abolida por Jesus. 

No entanto, creio firmemente que o dízimo, assim como todas as demais leis e recomendações dos profetas, como tudo que está no Antigo Testamento, foi cumprido, pago, consumado na cruz, junto a todas as antigas ordenanças. Porém, cabe entender bem um ponto importante neste ponto de vista: a cruz garantiu e até, de certa forma, agravou, a perpetuidade de todas as ordenanças porém, apenas àqueles que não aceitaram o pagamento e a satisfação da dívida nEla (na cruz) realizada. Nada ficou sem que fosse pago por Ele!

O capítulo 15 de Atos traz recomendações importantes a nós, não judeus:

“28 Porque pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas necessárias: 29 Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição; e destas coisas fareis bem de vos guardar. Bem vos vá. 30 Então eles, tendo-se despedido, desceram a Antioquia e, havendo reunido a assembléia, entregaram a carta. 31 E, quando a leram, alegraram-se pela consolação.” 

Por que uma importante recomendação como o dízimo não foi citada numa carta dirigida a uma comunidade que não estava acostumada a "dizimar"? Será que, de fato, foi esquecida ou não se enquadrava no que devia ser recomendado aos gentios? Cremos que, se fosse necessário recomendar ou impor o dízimo aos crentes não judeus, haveria uma citação bastante clara dentro do texto acima. 

A Igreja de Cristo é um local apenas de servos, um local de liberdade, misericórdia e paz, não de opressão! A participação efetiva dos membros nas despesas da igreja é necessária mas nunca deve ser compulsória e debaixo de mensagens falsas: "7 Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria." (II Cor 9).

O “dízimo” tem sido hoje motivo de opressão e angústia para o povo e, raramente, um estímulo a “dar com alegria”.

Raramente encontra-se alguém que dê o dízimo com prazer e alegria, sem nenhuma preocupação de estar cumprindo uma obrigação. Mesmo sobre os que afirmam que contribuem com liberalidade paira sempre a dúvida e o peso (medo) da Lei. Definitivamente, o dízimo não pode ser mais um motivo para oprimir o povo de Deus! A centralidade da pregação deve estar no Evangelho das “boas novas de salvação para o pecador”, não na pregação enfática do dever dos membros em "pagarem fielmente” dentro de uma idéia puramente legalista e não cristã.

O crente tem o "dever" de contribuir sim. Não porém debaixo de limitações ou imposições. Não segundo fórmulas escravizadas a uma Lei já abolida. Cremos que, os que já contribuem, contribuirão com mais alegria ainda, a partir do momento em que o peso da Lei for retirado.

Em Hebreus 7 temos a maior concentração de citações sobre o dízimo no Novo Testamento e a segunda maior de toda a Bíblia! Era de se esperar ter ali alguma recomendação sobre a obrigação de se pagar o dízimo, no entanto, o que se vê, ao contrário, é a apresentação da supremacia do sacerdócio de Cristo, substituindo e aperfeiçoando o sacerdócio levítico (que era mantido pelo dízimo).

A quantos ainda querem viver atrelados à pedaços da Lei, incluindo o dízimo, resta a única opção de cumprir toda a Lei. O atrelamento de uma ordenança ao dízimo dificilmente poderá ser explicado sem o conseqüente atrelamento à Lei já abolida. O versículo 18 de Hebreus 7 fala, sem sombra de dúvidas que “o mandamento anterior é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade.” Qualquer proposta vinda do coração tocado por Deus é muito mais valiosa que aquela imposta por opressão, constrangimento ou mensagem falsa, muitas vezes buscando o enriquecimento (Ilícito? Não declarado?) de quem pede. Creio, firmemente que, se houve bênçãos prometidas a quem pagasse o dízimo, em muito maior grandeza será abençoado quem contribuir com alegria, sem imposições da Lei. 

Existe também um fator importantíssimo nesta questão: ao tirar o dízimo do centro das mensagens irá sobressair o que é essencial, isto é, a esquecida pregação do Evangelho da salvação do pecador, jogando por terra o desejo humano de usar de pressão para ter domínio sobre os irmãos, o que é biblicamente condenável. 

Alguns podem alegar que testemunhos comprovam que há bênçãos maiores em quem paga o dízimo. Existem duas considerações: 1- Muitos pastores são dizimistas e passam dificuldades pregando o verdadeiro Evangelho, o que mostra que a regra não é geral; 2- Independentemente da motivação, cremos que Deus continuará abençoando àquele que, mesmo que através do "dízimo", continue a contribuir com alegria. 

A história recente das mensagens sobre o dízimo no meio (neo)evangélico, parece-nos mostrar que algo está muito errado e que se torna necessária uma urgente mudança ou conversão.
Juiz De Fora - MG
Textos publicados: 14 [ver]

Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.

Ultimato quer falar com você.

A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.

PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.


Opinião do leitor

Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta

Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.