Palavra do leitor
- 28 de agosto de 2008
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Sobre ferrolhos
Dentre os muitos ensinamentos contidos nos Provérbios de Salomão, existe um que me chama a atenção por falar nos ferrolhos.
"O irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade forte; e as contendas são como ferrolhos dum palácio" (Pv 18.19).
Quando assisti o filme "O Senhor dos Anéis: As duas Torres", lembrei-me imediatamente do provérbio acima. As cidades, que também eram fortalezas, só eram tomadas à força. A energia e o grande número de guerreiros mobilizados nas incursões era algo absurdamente descomunal. Agora, imagine eu ou você tendo que empregar tamanha força para reconquistar um irmão ou um amigo ofendido...!
Diz uma linda lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e em um determinado ponto da viagem discutiram. O outro, ofendido, sem nada a dizer, escreveu na areia: hoje, meu melhor amigo me bateu no rosto. Seguiram e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se pegou um estilete e escreveu numa pedra: hoje, meu melhor amigo salvou-me a vida. Intrigado, o amigo perguntou: Por que depois que te bati, você escreveu na areia e agora escreveu na pedra? Sorrindo, o outro amigo respondeu: Quando um grande amigo nos ofende, deveremos escrever na areia onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar; porém quando nos faz algo grandioso, deveremos gravar na pedra da memória do coração, onde vento nenhum do mundo poderá apagar!
É... Essa lenda anotei na minha agenda alguns dias depois que um amigo me disse que eu era um peso na vida dele. Mas nem sempre os irmãos ofendidos estão dispostos a abrirem os ferrolhos de seus palácios. E o que fazer nesses trechos da estrada? Deixar-se levar pela lógica de que "a vida sempre foi um perde-ganha, quem não bate apanha; e isso é natural"? Ou fazer como aquele pai , que esperava o filho que se foi levando parte dos bens da família, e ao avistá-lo ainda quando estava longe, se moveu de íntima compaixão, correu ao seu encontro e o abraçou e o beijou?
Tenho procurado abrir os muitos ferrolhos do meu palácio. Confesso que não é uma coisa fácil de se fazer. É algo doloroso de imediato. Mas que ao abrir da porta torna-se libertador!
Abração a todos!
www.estradasou.blogspot.com
"O irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade forte; e as contendas são como ferrolhos dum palácio" (Pv 18.19).
Quando assisti o filme "O Senhor dos Anéis: As duas Torres", lembrei-me imediatamente do provérbio acima. As cidades, que também eram fortalezas, só eram tomadas à força. A energia e o grande número de guerreiros mobilizados nas incursões era algo absurdamente descomunal. Agora, imagine eu ou você tendo que empregar tamanha força para reconquistar um irmão ou um amigo ofendido...!
Diz uma linda lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e em um determinado ponto da viagem discutiram. O outro, ofendido, sem nada a dizer, escreveu na areia: hoje, meu melhor amigo me bateu no rosto. Seguiram e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se. O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se pegou um estilete e escreveu numa pedra: hoje, meu melhor amigo salvou-me a vida. Intrigado, o amigo perguntou: Por que depois que te bati, você escreveu na areia e agora escreveu na pedra? Sorrindo, o outro amigo respondeu: Quando um grande amigo nos ofende, deveremos escrever na areia onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar; porém quando nos faz algo grandioso, deveremos gravar na pedra da memória do coração, onde vento nenhum do mundo poderá apagar!
É... Essa lenda anotei na minha agenda alguns dias depois que um amigo me disse que eu era um peso na vida dele. Mas nem sempre os irmãos ofendidos estão dispostos a abrirem os ferrolhos de seus palácios. E o que fazer nesses trechos da estrada? Deixar-se levar pela lógica de que "a vida sempre foi um perde-ganha, quem não bate apanha; e isso é natural"? Ou fazer como aquele pai , que esperava o filho que se foi levando parte dos bens da família, e ao avistá-lo ainda quando estava longe, se moveu de íntima compaixão, correu ao seu encontro e o abraçou e o beijou?
Tenho procurado abrir os muitos ferrolhos do meu palácio. Confesso que não é uma coisa fácil de se fazer. É algo doloroso de imediato. Mas que ao abrir da porta torna-se libertador!
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