Palavra do leitor
- 31 de julho de 2017
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Só volta vazio quem tem coragem! - Rute 1.21
Gosto muito de literatura onde aborda dificuldades enfrentadas pelo ser humano, por isto sempre tive uma inclinação para filmes e livros de guerras, sofrimentos nos campos de concentrações e com estas leituras descobri um psicanalista por nome Viktor Frankl que escreveu um dos seus diversos livros em um campo de concentração, título do seu livro "Em Busca do Sentido". Indico a leitura, vale muito a pena.
Diante destes cenários de perdas, talvez não tão difícil como o vivido por Viktor, quero relembrar a história da família de Elimeleque quando diante de uma crise econômica e financeira, ele decide mudar de cidade em busca de uma nova oportunidade.
A proposta da mudança sendo analisada posteriormente demonstra que não foi uma boa ideia.
Quem sobrou para contar a história foi sua esposa, a única sobrevivente da família.
Penso em quanto ela perdeu ao longo dos dez anos, texto registrado no livro de Rute, logo no primeiro capítulo.
Perdeu o esposo, os filhos, a família, a cidade natal, as amizades, o contato direto com os amigos da rua em que ela morava, enfim dez anos acumulando perdas.
Porém em um certo dia ela escutou que na cidade natal a coisa tinha melhorado.
Como será que foi a saída da sua família ? Sabe aquelas decisões quando pensamos que no outro lugar a nossa vida será totalmente diferente, e para melhor?
Você já decidiu sair e depois de algumas estações torceu para alguém te reencontrar e você pode justificar, mostrar que a decisão foi a mais certa?
E tal condição se aplica em várias áreas: sejam elas, relacionais, profissionais, acadêmica, ministeriais, e conjugais.
Aquele pensamento reinante: "Agora vou mostrar quem realmente eu sou e como fui valorizado a partir do momento que eu decidir romper, mudar, sair, quebrar o vínculo.
Porém com Noemi aconteceu diferente".
Vejo Noemi voltando, talvez sem coragem da cantar aquela velha canção: Estou voltando para casa...
Como estava sendo esta volta? Vazia, sem nada, somente com as marcas das perdas em sua alma.
Honestamente reconhecer que está vazio já é um grande passo, e segundo voltar vazio, encarar a realidade, os olhares indiferentes que serão mirados em nós, as perguntas, os questionamentos, isto é possível somente se vencermos o nosso orgulho.
E Noemi, a viúva de Elimeleque, foi capaz de enfrentar sua realidade diante da sua família, da sociedade, das amigas, quando mesmo vazia decide voltar a sua terra natal.
Uma lição que nos ensina que é Melhor está vazio dentro da vontade de Deus do que cheio, mas longe dele e da sua vontade.
Até porque aquilo que pensamos que pode nos encher, nos preencher, por vezes é um total engano.
Veja se você se identifica com a situação abaixo:
Todas as vezes que ficamos ausente de uma comunidade, da família, da cidade, da igreja, da empresa, o desejo predominante em nosso coração é voltar e mostrar que alcançamos sucesso. Provar que a ausência nos fez bem. Porém muitas vezes mentimos sobre nossa própria realidade. (Obvio que existem as exceções quando a mudança foi realizada a partir de um direcionamento do próprio Deus).
Sabe quando nos encontramos com aqueles que partiram sem uma direção divina, e dizem: Eu estou muito melhor agora, agora sim tenho oportunidade, alguém me percebeu, alguém apostou realmente em mim. Noemi se desprende do orgulho e reconhece que saiu bem e está voltando sem nada. Diferente daquela sensação quando respondemos: Agora estou bombando com meu projeto, com meu negócio, será que é verdade?
Mas uma vez acredito que alguma pessoa possa está falando a verdade, porém por vezes podemos nos enganar sobre nossa atual condição.
O valor de voltar vazio em Deus é algo que precisamos compreender. Melhor é estar vazio em Deus do que cheio longe dele.
Teremos coragem de voltar, buscar nossa origem ? Mesmo que para isto acontecer teremos que nos humilhar e colocar nossa dependência em um Deus que poderá nos encher novamente?
Noemi teve coragem ao vencer seu orgulho pessoal, e eu e você?
Pr. Enoque Caló - TBC Núcleo Tatuapé
Diante destes cenários de perdas, talvez não tão difícil como o vivido por Viktor, quero relembrar a história da família de Elimeleque quando diante de uma crise econômica e financeira, ele decide mudar de cidade em busca de uma nova oportunidade.
A proposta da mudança sendo analisada posteriormente demonstra que não foi uma boa ideia.
Quem sobrou para contar a história foi sua esposa, a única sobrevivente da família.
Penso em quanto ela perdeu ao longo dos dez anos, texto registrado no livro de Rute, logo no primeiro capítulo.
Perdeu o esposo, os filhos, a família, a cidade natal, as amizades, o contato direto com os amigos da rua em que ela morava, enfim dez anos acumulando perdas.
Porém em um certo dia ela escutou que na cidade natal a coisa tinha melhorado.
Como será que foi a saída da sua família ? Sabe aquelas decisões quando pensamos que no outro lugar a nossa vida será totalmente diferente, e para melhor?
Você já decidiu sair e depois de algumas estações torceu para alguém te reencontrar e você pode justificar, mostrar que a decisão foi a mais certa?
E tal condição se aplica em várias áreas: sejam elas, relacionais, profissionais, acadêmica, ministeriais, e conjugais.
Aquele pensamento reinante: "Agora vou mostrar quem realmente eu sou e como fui valorizado a partir do momento que eu decidir romper, mudar, sair, quebrar o vínculo.
Porém com Noemi aconteceu diferente".
Vejo Noemi voltando, talvez sem coragem da cantar aquela velha canção: Estou voltando para casa...
Como estava sendo esta volta? Vazia, sem nada, somente com as marcas das perdas em sua alma.
Honestamente reconhecer que está vazio já é um grande passo, e segundo voltar vazio, encarar a realidade, os olhares indiferentes que serão mirados em nós, as perguntas, os questionamentos, isto é possível somente se vencermos o nosso orgulho.
E Noemi, a viúva de Elimeleque, foi capaz de enfrentar sua realidade diante da sua família, da sociedade, das amigas, quando mesmo vazia decide voltar a sua terra natal.
Uma lição que nos ensina que é Melhor está vazio dentro da vontade de Deus do que cheio, mas longe dele e da sua vontade.
Até porque aquilo que pensamos que pode nos encher, nos preencher, por vezes é um total engano.
Veja se você se identifica com a situação abaixo:
Todas as vezes que ficamos ausente de uma comunidade, da família, da cidade, da igreja, da empresa, o desejo predominante em nosso coração é voltar e mostrar que alcançamos sucesso. Provar que a ausência nos fez bem. Porém muitas vezes mentimos sobre nossa própria realidade. (Obvio que existem as exceções quando a mudança foi realizada a partir de um direcionamento do próprio Deus).
Sabe quando nos encontramos com aqueles que partiram sem uma direção divina, e dizem: Eu estou muito melhor agora, agora sim tenho oportunidade, alguém me percebeu, alguém apostou realmente em mim. Noemi se desprende do orgulho e reconhece que saiu bem e está voltando sem nada. Diferente daquela sensação quando respondemos: Agora estou bombando com meu projeto, com meu negócio, será que é verdade?
Mas uma vez acredito que alguma pessoa possa está falando a verdade, porém por vezes podemos nos enganar sobre nossa atual condição.
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Teremos coragem de voltar, buscar nossa origem ? Mesmo que para isto acontecer teremos que nos humilhar e colocar nossa dependência em um Deus que poderá nos encher novamente?
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Pr. Enoque Caló - TBC Núcleo Tatuapé
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