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Palavra do leitor

Só pode

Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas
pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem (Mt 7:6).

Só pode ser curado, qualquer que seja a doença, quem se considera doente. Quem não se vê enfermo, por mais evidente que esteja a morbidade, não procura remédio; médico, muito menos! Como, pois, se curará, se para tal doença não há? Porém, se cede, surge a esperança da cura.

Já tentou ensinar quem não quer aprender? Ainda que seja um empregado que muito precisa, se não deseja aprender o serviço, não há salário que o motive. E ao aluno que não vê motivos para aprender, cujo interesse está, há muito, fora da escola, o que fazer? Não há estímulo que os mova, a menos que se curvem à necessidade e aos benefícios do aprendizado, e, desse modo, por algum motivo desejem aprender. Dessa forma, embora redundante, é imperioso dizer: só pode aprender quem deseja aprender.

Só pode se livrar do vício quem sabe que é um viciado e se dobra, reconhecendo que é dependente do mal do qual se alimenta. Se alguém, negando o domínio do vício sobre si, diz: "Paro quando quiser"; esse jamais estará livre do mal que o domina, seja o que for. Mas, a submissão de que vício é escravidão, permite rumar à libertação.

E o que dizer do pecado? Quem pode ser dele curado? Se pecado é invenção medieval para meter medo, que razão este texto tem? Se o inferno nada tem a ver com pecado, é apenas ópio para padre dominar o povo, por que se preocupar? Mas, embora o amor de Deus pelo mundo seja tão profundo, a ponto de ter ele dado seu Filho único para morrer e salvar do pecado todo aquele que nele crê, só pode ser salvo quem nisso crer. Pode ser pleonasmo, mas é necessário dizer: ainda que Jesus tenha morrido por todos e tenha pago de modo cabal os pecados do mundo inteiro, só pode ser salvo quem, acreditando nisso, se curva a Cristo, o Senhor, Deus salvador.

Embora a cura da doença, a superação da ignorância e do vício, a salvação do pecado incluam o inclinar-se e humilhar-se, permanecer no vício, na doença e no pecado é incomparavelmente pior. A doença é muito mais debilitante e incapacitante que submeter-se às prescrições para a cura. O vício é muito mais humilhante e degradante que o reconhecimento íntimo de que se é viciado. A ignorância é eterna prisão. O pecado é muito mais destruidor e mortífero que, do íntimo, publicamente dizer: "Sou um miserável pecador". Permanecer nestes estados é estar eternamente escravizado a eles e, por fim, ser morto por eles. Assim, cura e libertação sempre incluem doses de humilhação, de submissão, do dobrar-se.

Mas, a história do "só pode quem", não termina aqui. Creio: ela vai além. Só pode ser amado que se deixa amar, com todos as implicações do amor, entre os quais a necessidade. (Afinal, se sou suficiente, por que preciso de alguém?) Só pode ser perdoado quem aceita o perdão, com todos os pressupostos do perdão, entre os quais a culpa. (Afinal, se não sou culpado, por que preciso de perdão?) Só pode aprender quem se considera ignorante tanto da profundidade daquilo que já conhece, quanto da extensão e diversidade do conhecimento. (Afinal, que proveito há em aprender o que já se sabe?) Por fim, "só pode quem" vai muito, muito além, mas necessariamente passa pelo entregar-se, pelo humilhar-se, pelo curvar-se, pelo dobrar-se para receber gratuitamente do Senhor o sumo bem.

"Ó Senhor, quão grande problema tens em tuas mãos!
Como me curas, se mesmo todo doente, gosto de ser como sou? Como tu me
ensinas, mesmo quando me recuso a aprender? Como me libertas, se amo meu
vício mesmo? Como perdoas a mim, se vivo agarrado, mesmo, ao meu pecado?
Senhor, Deus de amor, tu resistes ao soberbo, mas, aos humildes, dás a tua
poderosa graça . Obrigado, pois, por me quebrantar e me humilhar.
Ó Senhor, tudo podes apesar da dureza do meu ser!"

Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes (Tg4:6).

Rogo igualmente aos jovens: sede submissos aos que são mais velhos; outrossim, no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça (1P 5:5).
Brasília - DF
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