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Palavra do leitor

SMU: Base bíblico-teológica das cidades (parte1)

Ao refletir sobre a possibilidade de relevância que o nosso ministério pode ter para responder ao comissionamento de Cristo, e consequentemente para a expansão do seu Reino, sempre consideramos que a presença da igreja, simplesmente por estar em um local geográfico da cidade, tinha que ser ou estar mais além do seu sentido espiritual, para alcançar, em missão, a própria cidade.

Essa presença espiritual da igreja é importantíssima, mas este não é o caso em questão aqui, pois em se tratando de uma concepção de evangelho integral, essa presença é espiritual e também real para a nossa vocação. Com isso, chegamos em um ponto muito delicado dessa afirmação, porque essa nossa reflexão e consideração não estão condizentes com a realidade de nossas igrejas, não por possíveis elucubrações heréticas que possamos fazer aqui, mas infelizmente por causa de dicotomias que ainda são ‘ranços’ em nosso meio. Dicotomias estas que vêem a cidade somente como a cidade pertencente a satanás, e conseqüentemente destinada exclusivamente a evangelizações que visem tomar de assalto, e das garras do maligno, as almas daqueles que compõem as cidades, esquecendo assim, que essas mesmas cidades possuem estruturas que estão automaticamente interligadas as próprias pessoas que a compõem, e por isso, não podendo ser esquecidas ou alienadas.

Nesse raciocínio, ao olharmos para a bíblia podemos ver que tanto no Antigo como no Novo Testamento, a cidade espiritual e real são vistas pelo mesmo prisma, e, por conseguinte, a ação de Deus e de seus emissários foram e abarcaram de forma amalgama essas realidades. Com isso, queremos de forma bíblico-teológica tentar apresentar a cidade como campo missionário que possuindo essas duas realidades mencionadas, necessita de uma nova forma de ser vista para a nossa ação em resgate do todo, e não parcialmente.

Portanto, tal tarefa é espiritual, pois se trata da revelação de Deus por meio de sua palavra, mas também é real pelo diálogo que essa revelação intenciona a ter com a criação caída e que necessita de transformação.

1. Análise de algumas cidades.
Robert C. Linthicum em seu livro Cidade de Deus, Cidade de Satanás nos apresenta um tipo de resumo bem estruturado acerca de várias cidades que compõem o universo bíblico. Entre elas destacamos Ur dos caudeus, ou a ‘cidade de Abraão’ como a conhecemos, que a 2000 A.C possuía cerca de 250 mil habitantes; Temos também a cidade de Nínive, que segundo historiadores citados pelo nosso autor, era tão grande que se demorava três dias para atravessá-la a pé, possuíam também grandes e poderosas muralhas que se impunham aqueles que se achegavam a cidade, fora sistema de água e de saneamento que nos surpreendem pela tecnologia para a época; Linthicum também cita cidades como Éfeso, que possuía sistemas de iluminação que lhe traziam destaques surpreendentes. Mas mesmo com essas e outras referências uma cidade se destacou inconfundivelmente como a mais imponente e bela das cidades: a cidade de Roma, que dispensa comentários acerca da sua imponência, mas que assim como outras grandes cidades como Alexandria, Atenas e outras mais, foi uma cidade poderosa e influenciadora em meio as civilizações no Oriente Médio. (Linthicum, 1993, p. 22).

Entretanto, para o nosso trabalho de análise, buscamos algumas outras cidades que pelos seus relatos nos mostram uma boa base bíblico-teológica para colocarmos, por terra, as dicotomias existentes, acertando assim a nossa miopia e astigmatismos quando olhamos para a cidade.

Mas, antes mesmo de entrarmos nas análises propriamente ditas, quero trazer uma rápida observação crítica que o pesquisador Marcos Orison Nunes de Almeida apresenta em seu recente artigo sobre a teologia bíblica da cidade. Segundo Almeida, muitos dos pesquisadores comumente constroem suas metodologias acerca da teologia da missão urbana, ou da base bíblico-teológica das cidades, em “simplesmente tentar encontrar a palavra cidade na bíblia e de posse dos versículos onde ela aparece tentar construir princípios teológicos” (Almeida, IN [Muzio – Revolução Silenciosa III - ORG], 2008, p. 238).

Almeida com essa crítica tenciona mostrar que as cidades da bíblia são diferentes em muitos aspectos, em comparação as nossas cidades atuais, mais especificamente quanto aos modos de vida tribal e rural que caracterizam grande parte dessas cidades bíblicas. Segundo ele:

Fazendo assim, colocamos num mesmo pacote aldeias tribais, vilarejos rurais e centros urbanos. Tudo é chamado de cidade na bíblia, mas o modo de vida e cultura de cada uma é bem diferente entre si. Mesmo quando a palavra está relacionada às cidades do período romano, é importante lembrar que elas também não possuem as mesmas características e desafios das cidades modernas; e isso dificulta a aplicação direta dos textos ao meio urbano atual (2008, p. 240).

Continua...
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São Paulo - SP
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