Sinais do fim

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Os Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) registram o Sermão Escatológico de Jesus. Neles, o Mestre foi enfático em descrever vários elementos que evidenciam o glorioso, e, ao mesmo tempo, trágico fim da História. Glorioso para os salvos; trágico para os que persistem no engano das trevas.

Jesus não marcou uma data específica, disse que, "quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai" (Mt 24.36 NVI), mas, sabiamente, apontou vários sinais que anunciam a sua segunda vinda, e, que tão evidentes, mostram que está muito perto. Os sinais se referem às guerras, fomes, terremotos, catástrofes, epidemias, escândalos, esfriamento do amor e ausência da fé. Paulo mencionou a apostasia e o surgimento de doutrinas demoníacas (1 Tm 4.1), o aumento da impiedade através da vida de homens maus que são verdadeiros inimigos de Deus (2 Tm 3.1-5), bem com àqueles que se recusam a dar ouvidos à verdade (2Tm 4.3-4). Hoje, mais de 6 bilhões de pessoas estão preocupadas com o futuro do planeta onde o aquecimento global é o tema predileto da mídia, dos ecologistas e dos defensores da natureza. Até mesmo alguns cientistas ateus (foi noticiado no Jornal Nacional) estão dando o braço a torcer, afirmando com base em pesquisas e na Bíblia, que o planeta deve acabar por volta do ano 2055 pelo excesso de calor. Aliás, o apóstolo Pedro não deu esta notícia há 2 mil anos ao afirmar que "os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo que nela há, será queimada" (2 Pe 3.7.10 NVI)?

Todos esses sinais são elementos externos, que se cumprem no mundo. Todavia, Jesus mencionou um que tem muito a ver com a questão da fé: "Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão grandes sinais e maravilhas para, se possível, enganar até os eleitos" (Mt 24.24 NVI). Como ignorar este fenômeno hoje? Falsos cristos (pseudóchristoi) são os "ungidos", que, de forma inescrupulosa, se passam por verdadeiros santos, e os falsos profetas (pseudoprofêtai) que torcem a verdade e levam o povo ao engano teológico. Os falsos cristos e falsos profetas falam em nome de Jesus, estão em evidência e, de certo modo, superam a expectativa daqueles que estão em busca dos "pães e dos peixes" - comida que perece (Jo 6.26-27); manipulam a fé e se enriquecem através do analfabetismo bíblico dos seus seguidores; produzem e reproduzem milagres e maravilhas pela auto-sugestão e praticam o terrorismo espiritual sugerindo aos incautos as artimanhas do diabo. Se os sinais externos são evidentes, o que falar deste? Será se isto não nos preocupa? O que fazer quando esses indivíduos se apropriam do nome de cristão e da Bíblia para praticarem a violência da fé e do mal em nome de Deus?

Entretanto, Jesus nos advertiu dizendo: "Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores" (Mt 7.15 NVI), e concluiu enfaticamente: "Vocês os reconhecerão por seus frutos" (Mt 7.16a NVI). E que frutos intragáveis são esses!

Agora, temos a garantia de Jesus que mesmo por mais extraordinários que sejam os milagres, e por mais eloqüente e fervorosa que seja a pregação, os salvos não serão enganados, permanecerão firmes na fé, com base na conclusão do Senhor: "Quando começarem a acontecer estas coisas, levantem-se e ergam a cabeça, porque estará próxima a redenção de vocês" (Lc 21.28 NVI). 

Portanto, estejamos alerta, vigiemos. Busquemos viver a Palavra que nos santifica. Defendamos a sã doutrina que revela o engano e dissipa as trevas. Pratiquemos a fé operante, capaz de nos tornar inabaláveis diante dos assaltos do mal. Saiamos em busca dos perdidos, alvos do eterno amor de Deus, para o conhecimento da verdade que liberta! Sola Gratia!

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Opinião do leitor