Palavra do leitor
- 18 de janeiro de 2016
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Shaolin e o absurdo
Talvez dizer que Josenilton Veloso faleceu não gerasse tanta comoção. Ele era muito mais conhecido pelo seu codinome artístico: Shaolin. O paraibano sempre honrou o chão onde nasceu. Iniciou seus trabalhos na antiga Rádio Borborema, em Campina Grande. O jornalista Astier Basílio acentua que, algum tempo depois, já na TV Borborema, Shaolin chamava a atenção porque, em vez de imitar personalidades nacionais, como Sílvio Santos e Paulo Maluf, ele dedicou-se aos personagens locais, a exemplo de Pedro Chulé, Doutor Damião e Ronaldo Cunha Lima. Foi com essa essência que o humorista ganhou o Brasil. No SBT, na Record ou na Globo, ele levou a alegria nordestina para milhões de brasileiros.
Encontrar motivos para sorrir diante de uma existência tão absurda é um grande feito. Ter um olhar para os detalhes, enxergando a beleza da vida, é um milagre que apenas os artistas conseguem fazer. Seus personagens, suas imitações, suas composições, sua voz inigualável e seu sorriso indelével ficarão marcados na nossa memória e no nosso coração.
Absurdo também foi o acidente que ele sofreu na BR-230, em Campina Grande, no dia 18 de janeiro de 2011. Depois disso, foram praticamente cinco anos de batalha. Operação, internamento, coma. O baixinho que fez o Brasil sorrir também deixou a população apreensiva. Recentemente, havia voltado a se comunicar com a família, através do olhar e de expressões faciais. No dia 14, veio a triste notícia, o Brasil ficou menos alegre e o humor entrou de luto.
Nestes tempos de crise no que é chamado de humor em nosso país, artistas como Shaolin fazem muita falta. Ainda bem que permanece a semente no seu filho, Lucas Veloso, o qual já testificou no Facebook que deseja “honrar a alegria” do pai “todos os dias”. A esperança dá sinais que haverá mais motivos para sorrir.
Entre várias homenagens póstumas prestadas a ele, destaco a do poeta Oliveira de Panelas, que fez um jogo sonoro e visual entre o nome do humorista e o sentimento de saudade:
“Tchau SHAOLIN, tchau tchau!
Tchau SHAOLIN, tchau,
Tchau SHAOLIN,
SHAOLIN,
Tchau!”
Em tempo: afirmo que não conheci Shaolin pessoalmente. Mas isso é desnecessário. Ele era daquele tipo de artista que parecia que ia sentar conosco no quintal e tomar um refrigerante, conversando como quem se conhece há muito tempo. Eu gostaria de falar para a viúva, Laudiceia, e para a família que, apesar da dor, é necessário lembrar que o Shaolin (aliás, que o Josenilton) atualmente está em um camarim, aguardando para o maior espetáculo da humanidade, quando esse “tchau” se transformará em um sorriso eterno.
Encontrar motivos para sorrir diante de uma existência tão absurda é um grande feito. Ter um olhar para os detalhes, enxergando a beleza da vida, é um milagre que apenas os artistas conseguem fazer. Seus personagens, suas imitações, suas composições, sua voz inigualável e seu sorriso indelével ficarão marcados na nossa memória e no nosso coração.
Absurdo também foi o acidente que ele sofreu na BR-230, em Campina Grande, no dia 18 de janeiro de 2011. Depois disso, foram praticamente cinco anos de batalha. Operação, internamento, coma. O baixinho que fez o Brasil sorrir também deixou a população apreensiva. Recentemente, havia voltado a se comunicar com a família, através do olhar e de expressões faciais. No dia 14, veio a triste notícia, o Brasil ficou menos alegre e o humor entrou de luto.
Nestes tempos de crise no que é chamado de humor em nosso país, artistas como Shaolin fazem muita falta. Ainda bem que permanece a semente no seu filho, Lucas Veloso, o qual já testificou no Facebook que deseja “honrar a alegria” do pai “todos os dias”. A esperança dá sinais que haverá mais motivos para sorrir.
Entre várias homenagens póstumas prestadas a ele, destaco a do poeta Oliveira de Panelas, que fez um jogo sonoro e visual entre o nome do humorista e o sentimento de saudade:
“Tchau SHAOLIN, tchau tchau!
Tchau SHAOLIN, tchau,
Tchau SHAOLIN,
SHAOLIN,
Tchau!”
Em tempo: afirmo que não conheci Shaolin pessoalmente. Mas isso é desnecessário. Ele era daquele tipo de artista que parecia que ia sentar conosco no quintal e tomar um refrigerante, conversando como quem se conhece há muito tempo. Eu gostaria de falar para a viúva, Laudiceia, e para a família que, apesar da dor, é necessário lembrar que o Shaolin (aliás, que o Josenilton) atualmente está em um camarim, aguardando para o maior espetáculo da humanidade, quando esse “tchau” se transformará em um sorriso eterno.
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