Sexo é pra rir?

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A beleza não é engraçada, é encantadora! Beleza pode provocar espanto, reverência e até lágrimas, mas nunca escárnio. Me pergunto se quem faz piada ou acha graça do assunto nunca teve os sentidos inebriados pela intensa beleza que há na sexualidade.

Penso que é mais fácil um celibatário enxergar a beleza do sexo, sem nunca ter experimentado, do que uma pessoa que trata o tema como piada ou como entretenimento.
As músicas, as piadas, as palavras de baixo calão e as brincadeiras que costumam fazer com o assunto, demonstram o quanto a busca egoísta de satisfação produz gente vazia, gente que não respeita o outro e, obviamente, é incapaz de experimentar a união sexual como expressão da união mais profunda e intensa entre dois seres humanos - a comunhão de corpo e alma. Tal incapacidade se deve à falta de percepção da beleza.

É preferível nunca experimentar o prazer sexual do que experimentá-lo de forma distorcida. Pois a distorção irá privá-lo do sentido e da beleza.

O sexo como ápice da união de alma faz os seres humanos mais semelhantes à Deus. Mas, sem a união de alma, assemelha seres humanos a animais, no pior sentido possível.
Pena que tantos passem pela vida sem nunca descobrir o sentido e o prazer reais do sexo, embora sejam até viciados em sexo.

Não é por acaso que muitos acham normal ter variados parceiros. O prazer sexual é visto como mera satisfação de instintos. O corpo é exibido como objeto de consumo, instrumento para satisfação de desejos, sem compromisso e consideração com a pessoa. É gente se comportando como animal. O máximo de humanidade que conseguem evidenciar é mesmo o riso.

Não é de admirar que haja tanta fome por prazer sexual e tão pouca satisfação, tantos parceiros e apetrechos para resultar em solidão e vazio existencial…

Não consideram que união sexual implica tornar-se um com o outro, e ninguém que se torne um com o outro pode romper o vínculo sem que isso implique graves sequelas. Basta um pouquinho de observação para constatar que há muita gente emocionalmente destruída, mutilada, se arrastando vida a fora, repetindo máximas que dão a ilusão de que falta de compromisso é sinônimo de independência e independência é igual a felicidade. Foi a forma que essa geração encontrou para negar a solidão e fazer de conta que é possível transformar discurso em felicidade..

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Opinião do leitor