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Palavra do leitor

Será que foi milagre?

Há duas palavras para definir o ato de contar casos: história, quando é fato real; estória quando não o é – quando não eram verídicos, começava-se a narrativa com o célebre "Era uma vez".

Vamos à estória da vez: era uma vez um casal, Joaquim e Margarida, os quais se conheceram e foi amor à primeira vista, que paixão! - após o casamento foram morar em uma casinha simples, mas em um bairro agradável; a arrumação interna do lar foi feita com muito zelo.

Como diz o jargão popular, nos primeiros meses "tudo são flores"; Joaquim ia cedo para o trabalho em uma construção e Margarida [prendas do lar] permanecia em casa cuidando do lar e dos filhos, quando os tiveram – rotineiramente, esquentava a barriga no fogão e a esfriava no tanque.

À noite, quando ele retornava do trabalho, exausto, jantava com a família, tomava uma boa chuveirada e ia dormir; a relação foi se esfriando, se deteriorando em função daquela rotina, todos os dias as mesmas coisas.

Ele, passados alguns anos, após o serviço, começou a sair com alguns amigos do serviço, pedreiros como ele; sempre havia, nas imediações das obras, um barzinho onde se confraternizavam, bebendo todas.

Após momentos nessa orgia, faziam uma "vaquinha" para pagar a conta dos comes e bebes, saiam todos sem nenhum centavo, indo a pé para as suas casas, pernas cambaleantes, pois não havia como pagar a passagem de uma condução.

Joaquim, tarde da noite, chegava em casa, entrava batendo a porta e já gritando impropérios contra a sua consorte, ela bem cansada do trabalho doméstico; a briga durava enquanto o sono não o derrubava no leito; nos dias seguintes sempre o mesmo sofrimento, que Margarida já não mais suportava.

Esgotada, foi à igreja desabafar com o padre, pedir-lhe orientação; o sacerdote ouviu pacientemente a murmuração e deu-lhe uma garrafinha com água, que deveria ser usada no momento em que o marido abrisse a porta, à noite; a água não deveria ser engolida, mas mantida na boca enquanto ele estivesse gritando.

Foram vários dias dessa experiência e o marido não encontrando reciprocidade nos seus xingamentos, começou a voltar mais cedo e sóbrio, jantava com a família, tomava um bom banho, assistia um pouco de TV e, cansado, ia dormir.

Margarida, então, foi à igreja para compartilhar com o sacerdote que a água fizera um milagre, o esposo não brigava mais! - então, o padre revelou-lhe que a água era comum, não milagrosa, o que fizera o marido mudar foi o fato dela não mais revidar os insultos recebidos – explicaria, sabiamente, minha mãe, se viva ainda fosse: "Quando um não quer dois não brigam!"

Sim, estou contando uma "estorinha", todavia, sabemos que, hodiernamente, há situações reais bem semelhantes a esse caso do casal Joaquim e Margarida; em sua maioria, culminam em divórcio; sempre os filhos é que são os perdedores, embora já seja "normal", em nossa era, o tal do "casa, descasa/casa, descasa".

Costumeiramente, a "estória" me remete à Palavra de Deus, como tem acontecido em minhas narrativas do cotidiano; há um texto no qual Deus fala, pela pena de Pedro, às esposas [o que se enquadra, se aplica, também, a nós maridos]:

"Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa, ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor" (1Pe 3.1-2).

É verdade que o bom comportamento de um dos cônjuges influencia a vida do outro e transforma costumes grosseiros, deseducados, irados em um relacionamento de paz, sadio, tranquilo, manso, com mútuo DOMÍNIO PRÓPRIO, característica do fruto do Espírito Santo de Deus no cristão (Gálatas 5.22-23), após terem se tornado filhos de Deus (João 1.12), não mais apenas criaturas; isso se, de fato, receberam o Senhor Jesus no coração como único e suficiente Senhor e Salvador.

Para uma boa convivência, o Senhor nosso Deus e Pai ainda nos dá outro conselho a respeito de como devemos proceder dia a dia: "Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo" (Efésios 4 26-27).

Não é pecado, entendo, o fato de nos irarmos eventualmente; o pecado consiste em guardar a ira, deixá-la ativa nos dias subsequentes, situação em que o maligno permanece no leito conjugal, entre um e o outro; por isso o impasse deve ser resolvido, no ato, com os devidos pedidos mútuos de perdão.

Uma sadia convivência diária nos é ensinada por Deus, através do salmista: "Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! (...) Ali ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre" (Salmo 133 1 e 3).

Esse ensino é, também, aplicável para quaisquer relacionamentos cristãos: entre cônjuges, entre irmãos, entre vizinhos, entre amigos de trabalho e/ou escola etc.

O matrimônio é santa união se sob a unção, inspiração, direção e aprovação do nosso Deus e Pai, o qual nos abençoa para sempre.
São Paulo - SP
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