Palavra do leitor
- 12 de maio de 2024
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Será que Deus é conivente com as tragédias?
"Se abrirmos mãos da esperança, o caos será uma manifestação esperada".
1 Reis 19.9-18
O evento ocorrido no Rio Grande do Sul, com todo um cenário de devastação e ruínas, com os olhares das pessoas na mais completa condição de impotência e, em tais momentos, há o reverberar sobre o por qual motivo isso aconteceu? Decerto, as respostas e especulações são as mais variadas e difusas, sem sombra de dúvida. Anota-se, também, sempre vem a questão de o por qual motivo isso aconteceu, o por qual motivo Deus permitiu ou será que provocou ou será mesmo conivente com as tragédias?
Não poderia me furtar dessa questão e sou impelido a me debruçar para ruminar e efetuar as minhas considerações. Afinal de contas, sempre somos levados a correlacionar os acontecimentos dentro da causa e efeito, como se para tudo houvesse ou devesse haver uma razão, um fundamento, um motivo. Não importa, mesmo que seja uma punição, tudo bem, encontra-se uma justificativa. É bem verdade, se estamos diante da permissividade de Deus, o por qual finalidade seus devotos não foram poupados, até por ter sido uma tragédia sem separar o joio do trigo, os bons dos maus, os certos dos errados, tudo foi junto?
Quiçá, seria mais simples e convidativo se estivessemos na dimensão de uma roleta russa e sujeitos a sorte e ao azar ou como se o nosso destino escrito nas estrelas. Em contrapartida, o texto de 1 Reis 19.9-18 acarreta uma elucubração ou uma reflexão minuciosamente corajosa e inquietadora, por discorrer o Deus que Tudo Precede não presente, não atuante, não participante de momentos aterradores e isto nos remete a velha e sempre presente discussão dos atos humanos, da liberdade de ação dos homens, da permissão divina, de uma espécie de julgamento e condenação pelos atos alienadores dos homens. Arrisco dizer de não apresentar uma resposta definitiva, simplesmente, a natureza segue uma direção sem nenhuma moralidade, sem nenhuma concepção de fazer o que é certo e ponto final.
Destarte, não posso abominar as águas das chuvas em seu encontro com os mares, os rios, os riachos e atingirem espaços metropolitanos, diga-se de passagem, suscetíveis a serem impactados por um volume colossal das águas. De modo simultâneo, as redes digitais são permeadas, são povoadas por uma avalanche de comentários e mais comentários. Por ora, prefiro redigir não o Deus conivente com as tragédias e, diametralmente oposto, compromissado em ser um condutor de vida e fazer com que possamos nos comprometer em ser Sua estensão, em ser o Seu desdobrar, em ser a sua imagem e semelhança, na maneira como nos colocamos a disposição para servir, para participar e para colaborar.
Vou adiante, cada donativo confirma a presença do Deus dos recomeços e que leva o seu abraço, o seu suporte, a sua manifestação, quando bombeiros, militares, voluntários, médicos, enfermeiros, gente sem qualquer instrução (mas disposta a arregaçar as mangas e ajudar, apoiar, abraçar, ouvir, levantar e modificar). Faz-se notar, valer-se de palavras ácidas, como se uma sensação de validar a destruição, cumprisse um mandato e mandameto para corrigir, sinceramente, não serve muito nesse momento. Dou mais uma pincelada, se abrirmos mão da esperança, o caos será uma manifestação esperada, tragédias com implicações e efeitos tão calamitosos farão muitos ficar de camarote e conceberem como o desfecho de profanações. Sempre se torna de bom parecer afirmar, não serei unanime nesse texto, discordâncias e oposições virão, a qual compõe o exercício do pluralismo confessional e da liberdade de ação, como um dos preceitos das porções do Princípio da Soberania Daquele Que Tudo Precede, outorgado ou conferido a todo ser humano.
Agora, sinceramente, a minha pergunta deve me levar a compreender que o outro me completa, me complementa e me define, em Jesus, o Cristo e o quanto isso me convoca para viver a santidade do ser útil e benéfico, do ser participante e colaborativo. Ademais, trilho pelo Deus não conivente e sim inclinado a nos fazer levantar, mesmo diante dos escombros, por meio de vidas humanas e não angelicais, por meio do maior dos milagres que está na minha entrega, na minha doação e no meu envolver.
1 Reis 19.9-18
O evento ocorrido no Rio Grande do Sul, com todo um cenário de devastação e ruínas, com os olhares das pessoas na mais completa condição de impotência e, em tais momentos, há o reverberar sobre o por qual motivo isso aconteceu? Decerto, as respostas e especulações são as mais variadas e difusas, sem sombra de dúvida. Anota-se, também, sempre vem a questão de o por qual motivo isso aconteceu, o por qual motivo Deus permitiu ou será que provocou ou será mesmo conivente com as tragédias?
Não poderia me furtar dessa questão e sou impelido a me debruçar para ruminar e efetuar as minhas considerações. Afinal de contas, sempre somos levados a correlacionar os acontecimentos dentro da causa e efeito, como se para tudo houvesse ou devesse haver uma razão, um fundamento, um motivo. Não importa, mesmo que seja uma punição, tudo bem, encontra-se uma justificativa. É bem verdade, se estamos diante da permissividade de Deus, o por qual finalidade seus devotos não foram poupados, até por ter sido uma tragédia sem separar o joio do trigo, os bons dos maus, os certos dos errados, tudo foi junto?
Quiçá, seria mais simples e convidativo se estivessemos na dimensão de uma roleta russa e sujeitos a sorte e ao azar ou como se o nosso destino escrito nas estrelas. Em contrapartida, o texto de 1 Reis 19.9-18 acarreta uma elucubração ou uma reflexão minuciosamente corajosa e inquietadora, por discorrer o Deus que Tudo Precede não presente, não atuante, não participante de momentos aterradores e isto nos remete a velha e sempre presente discussão dos atos humanos, da liberdade de ação dos homens, da permissão divina, de uma espécie de julgamento e condenação pelos atos alienadores dos homens. Arrisco dizer de não apresentar uma resposta definitiva, simplesmente, a natureza segue uma direção sem nenhuma moralidade, sem nenhuma concepção de fazer o que é certo e ponto final.
Destarte, não posso abominar as águas das chuvas em seu encontro com os mares, os rios, os riachos e atingirem espaços metropolitanos, diga-se de passagem, suscetíveis a serem impactados por um volume colossal das águas. De modo simultâneo, as redes digitais são permeadas, são povoadas por uma avalanche de comentários e mais comentários. Por ora, prefiro redigir não o Deus conivente com as tragédias e, diametralmente oposto, compromissado em ser um condutor de vida e fazer com que possamos nos comprometer em ser Sua estensão, em ser o Seu desdobrar, em ser a sua imagem e semelhança, na maneira como nos colocamos a disposição para servir, para participar e para colaborar.
Vou adiante, cada donativo confirma a presença do Deus dos recomeços e que leva o seu abraço, o seu suporte, a sua manifestação, quando bombeiros, militares, voluntários, médicos, enfermeiros, gente sem qualquer instrução (mas disposta a arregaçar as mangas e ajudar, apoiar, abraçar, ouvir, levantar e modificar). Faz-se notar, valer-se de palavras ácidas, como se uma sensação de validar a destruição, cumprisse um mandato e mandameto para corrigir, sinceramente, não serve muito nesse momento. Dou mais uma pincelada, se abrirmos mão da esperança, o caos será uma manifestação esperada, tragédias com implicações e efeitos tão calamitosos farão muitos ficar de camarote e conceberem como o desfecho de profanações. Sempre se torna de bom parecer afirmar, não serei unanime nesse texto, discordâncias e oposições virão, a qual compõe o exercício do pluralismo confessional e da liberdade de ação, como um dos preceitos das porções do Princípio da Soberania Daquele Que Tudo Precede, outorgado ou conferido a todo ser humano.
Agora, sinceramente, a minha pergunta deve me levar a compreender que o outro me completa, me complementa e me define, em Jesus, o Cristo e o quanto isso me convoca para viver a santidade do ser útil e benéfico, do ser participante e colaborativo. Ademais, trilho pelo Deus não conivente e sim inclinado a nos fazer levantar, mesmo diante dos escombros, por meio de vidas humanas e não angelicais, por meio do maior dos milagres que está na minha entrega, na minha doação e no meu envolver.
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