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Palavra do leitor

Ser Sansão, também?

Ser Sansão, também?



A figura de sansão, particularmente, nunca me causou profundos impactos e inspirações. Sempre o via como uma espécie de aberração divina, sem a mínima condição a efeito de não ir além de suas ânsias e apetites, com uma necessidade afirmar e reafirmar suas performances. É bem verdade, matou milhares com a queixada de um jumento, esganou um leão, removeu as portas de uma cidade com seus braços, enveredou – se por paixões acaloradas e findou sua história soterrado, no templo de adoração dos filisteus. Sem hesitar, quando falamos de guerreiros, de regra, percebe – se as marcas de conflitos, de animosidades, de rivalidades capazes de sobrepujar gerações e são focos de risos desmerecedores de sua eficiência cognitiva, vistos como terras áridas e rachadas emocionalmente, semelhantes a um rio de águas turvas e amargas no sentido espiritual. Até arrisco dizer, muitos veem os lutadores de mma, de lutar marciais, praticantes de halterofilismo e musculação, segundo essa leitura cheia de diminuição e rebaixamento. Mesmo assim, procuro, nos enredos limitados dessa narrativa, extrair as faces prodigiosas e interessantes de Sansão e mostrar a importância de lutar pela vida e uma luta voltada a não descartar pessoas. De certo, ninguém avança e salta muralhas, inclusive as ditas pessoas de fé, se não enfrentarem seus conflitos e se não o fizermos, acabaremos atolados em um destroço de rancor e ressentimento, ao qual desabaremos indevidamente noutras pessoas. Não por menos, depuro desse personagem da bíblica, uma agressividade ou abordar algo, como processo fundamental para estabelecer limites na relação com outros, sem nos submetermos a condição de coisas ou o outro. Ora, Sansão não foi imbatível, por mais estranho possa ser, suas fraquezas, suas fragilidades, suas vulnerabilidades nunca estiveram atrás da porta, debaixo do tapete, soterrado no quintal de casa, ou seja, sem nenhuma roupagem de bom moço, de um símbolo de correção, de um modelo irrepreensível de puridade e espiritualidade. Quer queiramos ou não, Sansão assumiu riscos, não fugiu de lutar por questões boas, justas e libertárias, não se esquivou de entrar em campo, não delegou na outro a tarefa de cobrar o pênalti. Vamos adiante, Sansão errou, falhou, mas prosseguiu na luta, na peleja, com as fraturas e as cicatrizes emocionais estampadas. De certo, dirijo – me aos homens cristãos e não devemos reconhecer a urgência de lutarmos, expor – se ao perigo, em prol da vida, do próximo, não escrever a vida – sentado numa poltrona, com o controle remoto na mão e, em direção oposta, fomos chamados para confrontar e enfrentar a vida, com seus conflitos, com suas alternâncias, com seus não (s), com seus dissabores, com suas incertezas? Evidentemente, resgato e os convido a fazer uma incursão ao enredos de Sansão, de um guerreiro audacioso, astucioso, criativo e intrépido, que não ficou sentado e se embriagou com murmurações, pinto um quadro depreciativo e horrendo da vida (como se ninguém prestasse ou valesse nada), passou e perpassou longe de ser uma vítima, de ser uma caricatura passiva, negativa e melindrosa. Em direção oposta, Sansão partiu para a ação e reação, arregaçou as mangas e batalhou pelo bem, pelo próximo, pela liberdade. Afinal de contas, Sansão trazia, em si, uma sede virulenta pela liberdade, por não se anular, em função dos outros e vai a direção de lutar contra seus inimigos. Por ora, evito colocar os pés numa reflexão sobre a queda de Sansão, interesso – me, aqui, por uma pessoa que rompeu e irrompeu com as cordas dos interesses, do comodismo, das conveniências e ousou lutar pela liberdade e isto envolve pessoas e, talvez, eu precise também dessa overdose de, mesmo diante das lágrimas, lavar o rosto e não parar, a vida tem mais a nos oferecer e desafiar.
São Paulo - SP
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