Ser cristão é ser como Cristo

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Certo irmão em nossa igreja que não se expressava tanto na participação, numa das poucas vezes que se manifestou, pediu a autorização para fazer um banner para a igreja.

O banner dizia o seguinte: Ser cristão é ser como Cristo.

"Intimo de Deus (oração)
Brando com a fraqueza alheia
Perdoador apaixonado
Pacificador corajoso
Bom conselheiro (evangelho)
Amigo do pecador
Inimigo do pecado."

Não preciso relatar aqui aos impactos reflexivos que este “banner” tem causado nos membros, visitante e principalmente pregadores que vêm cooperar conosco.

Todas as vezes que olho naquelas frases sou levado a meditar sobre mim, no que verdadeiramente tenho sido, no que tenho feito e, sobretudo que tipo de pastor tenho apresentado. Isso pode ser constrangedor “... o amor de Cristo nos constrange.” (Apostolo Paulo), mas não é mal, alias, é necessário. Estou certo de que esta é a vontade de Deus para nossas vidas.

Lembro-me de como o pastor Josué Gonçalves tratou, numa preleção com o titulo “A Bacia dos Espelhos” a questão da lavagem dos sacerdotes antes de entrar para a ministração. Segundo ele, havia naquele ato não só um ritual de purificação, mas ainda mais um desejo da parte de Deus que, ao chegar à pia, o sacerdote pudesse, no seu intimo, refletir de sua condição.

A primeira visão que eles teriam seria a de si mesmo, sua imagem refletida na “bacia”. Bacia no evento da lavagem dos pés, bacia de Herodes. Em qual destas bacias queremos nossa identidade? Por que, na verdade, em nossas vidas, estamos sempre ministrando e não como naquela época; só na entrada. Há um desejo em Cristo que permanentemente sejamos ministro dEle, lembrando que ministro no original toma o sentido de servo, e, servo dos outros.

Muito se tem discutido sobre a real situação da igreja brasileira, que vem abordar questões relacionadas à moral e a ética, uma discussão sem fim, sem sucesso e isso se deve a subjetividade das questões. A cada dia fica mais nítida esta verdade como solução para nossa crise: a de que venhamos refletir sobre quem realmente somos.

Não há regras, nem coerção, todos são livres, na há qualquer técnica prescritível que possa ordenar este “ser; qualquer bisturi que faça algo por ele a não ser ele mesmo. É neste reconhecimento de pecado e falhas para que a sua cura haverá de se “levantar”. E, só assim então, neste esvaziamento de nós mesmo, a partir desta reflexão e ação, é que seremos como Cristo.

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Opinião do leitor