Palavra do leitor
- 03 de dezembro de 2012
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Sem o silêncio, sem a oração, sem o eterno
'Tiramos a Graça de Cristo do nosso coração e perdermos a copiosa docilidade e a jovial coragem para ver a vida com sentido e, o mais drástico de tudo, o evangelho das boas - notícias.''
Enquanto aguardava a internet entrar em funcionamento, uma sensação de sanha começou a serpentear o meu ser. Olha que foram, nada mais e nada menos, do que insignificantes segundos e, mesmo assim, um eco reverberava sobre o por qual motivo de tanta demora.
De repente me veio um estalo, uma réstia de coerência e percepção de que não sou peça de um sistema movido pelo imediato, pelo tempo presente, pelo agora, pelo instantâneo e por vai.
Eis, lugubremente, o estigma enraizado nos seios de nossa sociedade, confluído e submergido numa paranoia de parar, de ouvir o silêncio, de sentir o pontuar da vida na cadência das gotas da chuva, o ressoar das ondas do mar, no olhar de enigma e deleito do encontro entre a paixão e o amor, da espiritualidade simples e despida de emaranhados de ritualismos e parafernálias gestadas pela transitoriedade dos homens.
Para piorar a situação, no espertar das festas natalinas, adquirir, consumir e descartar para adquirir, consumir e descartar ganha dimensões colossais, além de ser uma cartilha de fé de ser seguida e aceita.
Sem hesitar, muitos se enveredam por uma névoa de nostalgia e absinto, numa espécie de visão depreciativa de tudo e de todos.
Dessa desalinhava elucubração, preconizo a trajetória de uma série concomitante de cristãos equidistantes das boas - notícias, de ir diante do Criador com uma planilha e demandas e satisfações a serem logradas, de andar por um evangelho sem o próximo.
Nada de parar, abrir a palavra e permitir sobre os meandros a Graça permear o nosso espírito, o nosso ethos e as nossas emoções.
Nada de abrir o coração e permitir a essa fé lúdica moldar e esculpir Cristo, em cada um de nós.
Nada de discernir o quanto a Cruz de Cristo salva, ou seja, nos cura dessa tresloucada cultura de firmar uma relação com o evangelho espúrio e leviano.
Ultimamente, observo muitos estufarem o peito e declararem o sucesso e progresso como a comprovação e corroboração da presença de Deus e também de sua utilidade.
Diametralmente oposto, o evangelho nos chama para o serviço da participação, o discipulado da parceria e a confissão do partilhar a efeito de experimentarmos uma alteração de sentido integral e inteira; entretanto, como num jogo de cartas, aspiramos dar a cartada certa e definitiva, dentro de uma realidade de comparações e ícones.
Não por menos, corremos pra lá e cá, atrás do mais, de algo a mais, de ser aceito, de ser reconhecido, de notado. Aliás, mesmo que seja necessário fazer da virgindade um troféu a ser vendido e outras banalidades espraiadas, cada dia, por nossa objetificada sociedade pós - moderna.
Vale dizer ainda, perdermos a capacidade de dialogar e responder ao Senhor, através de um processo de oração na trajetória de um bate -papo, de uma conversa desatada dos nós de uma neurótica a apologias de batalhas espirituais, de ser inundado pela suavidade da Graça, pela inocência de permanecer sem o pulsar de desaguar uma pletora de petições, de dizer o quanto a minha engrandece ao Senhor e outras idiossincrasias das boas - notícias.
Quiçá, no turbilhão de concomitantes vozes ensurdecedoras, o Senhor nos chamada para o silêncio, para a oração e para retirarmos a eternidade da estante de tradições mortas.
Enquanto aguardava a internet entrar em funcionamento, uma sensação de sanha começou a serpentear o meu ser. Olha que foram, nada mais e nada menos, do que insignificantes segundos e, mesmo assim, um eco reverberava sobre o por qual motivo de tanta demora.
De repente me veio um estalo, uma réstia de coerência e percepção de que não sou peça de um sistema movido pelo imediato, pelo tempo presente, pelo agora, pelo instantâneo e por vai.
Eis, lugubremente, o estigma enraizado nos seios de nossa sociedade, confluído e submergido numa paranoia de parar, de ouvir o silêncio, de sentir o pontuar da vida na cadência das gotas da chuva, o ressoar das ondas do mar, no olhar de enigma e deleito do encontro entre a paixão e o amor, da espiritualidade simples e despida de emaranhados de ritualismos e parafernálias gestadas pela transitoriedade dos homens.
Para piorar a situação, no espertar das festas natalinas, adquirir, consumir e descartar para adquirir, consumir e descartar ganha dimensões colossais, além de ser uma cartilha de fé de ser seguida e aceita.
Sem hesitar, muitos se enveredam por uma névoa de nostalgia e absinto, numa espécie de visão depreciativa de tudo e de todos.
Dessa desalinhava elucubração, preconizo a trajetória de uma série concomitante de cristãos equidistantes das boas - notícias, de ir diante do Criador com uma planilha e demandas e satisfações a serem logradas, de andar por um evangelho sem o próximo.
Nada de parar, abrir a palavra e permitir sobre os meandros a Graça permear o nosso espírito, o nosso ethos e as nossas emoções.
Nada de abrir o coração e permitir a essa fé lúdica moldar e esculpir Cristo, em cada um de nós.
Nada de discernir o quanto a Cruz de Cristo salva, ou seja, nos cura dessa tresloucada cultura de firmar uma relação com o evangelho espúrio e leviano.
Ultimamente, observo muitos estufarem o peito e declararem o sucesso e progresso como a comprovação e corroboração da presença de Deus e também de sua utilidade.
Diametralmente oposto, o evangelho nos chama para o serviço da participação, o discipulado da parceria e a confissão do partilhar a efeito de experimentarmos uma alteração de sentido integral e inteira; entretanto, como num jogo de cartas, aspiramos dar a cartada certa e definitiva, dentro de uma realidade de comparações e ícones.
Não por menos, corremos pra lá e cá, atrás do mais, de algo a mais, de ser aceito, de ser reconhecido, de notado. Aliás, mesmo que seja necessário fazer da virgindade um troféu a ser vendido e outras banalidades espraiadas, cada dia, por nossa objetificada sociedade pós - moderna.
Vale dizer ainda, perdermos a capacidade de dialogar e responder ao Senhor, através de um processo de oração na trajetória de um bate -papo, de uma conversa desatada dos nós de uma neurótica a apologias de batalhas espirituais, de ser inundado pela suavidade da Graça, pela inocência de permanecer sem o pulsar de desaguar uma pletora de petições, de dizer o quanto a minha engrandece ao Senhor e outras idiossincrasias das boas - notícias.
Quiçá, no turbilhão de concomitantes vozes ensurdecedoras, o Senhor nos chamada para o silêncio, para a oração e para retirarmos a eternidade da estante de tradições mortas.
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