Palavra do leitor
- 19 de agosto de 2013
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Sem o Deus dos teólogos
''Todo o debruçar na teologia, sem ir aos enredos da oração, da confissão e da comunhão espiritual, desemboca numa trajetória cristã dissociada da criatividade, da imaginação e do próximo.''
Ao término de mais uma sexta - feira, com o pano de fundo acinzentado e o sopro gélido dos derradeiros momentos do inverno, ao chegar em casa, puxei a cadeira e sentei para tricotar o por qual motivo os teólogos debatem e se engalfinham por defender, com unhas e dentes, seus pontos de vista. Alias, com figura de Deus, como objeto fundamental de suas militâncias e apologias.
Deve ser dito, suas lágrimas são sepultadas e suas emoções laceradas e, assim, evitar toda e qualquer interpretação de colocações emocionais distantes do senso e coerencia.
Talvez, por isso, prefiro as palavras livres, revolucionárias do Carpinteiro e suas peripécias. Diga - se de passagem, uma revolução com cheiro de gente, com as pegadas de quem vive o cotidiano, com faces de incerteza e dúvida e, em meio a tudo isso, com a promessa de uma eternidade apaixonada pelo viver.
Ah, sim e sim, quero ser despido desse Deus, mais parecido com um carta na manga, preso aos vitrais dominicais, achatado por miríades de doutrinas e dogmas mortificados. Então, aceito o desafio de observar o bailado dos oceanos, o ressoar suave das gaivotas, o alumiar pulsatil da noite, a inocência do primeiro beijo, a descoberta de que amar não é nenhum bicho de sete cabeças.
Vou adiante, aceito, de bom grado, prosear com a imaginação alforriada dos grilhos de uma obediência deformadora do ser livre e responsável para decidir e recomeçar, de uma espiritualidade criativa e de uma oração franca para se envolver no ardor da salvação, a qual estabelece a cura da realidade.
Não por menos, arrisco estender as mãos e partilhar de um amor sem fronteiras, sem o jugo e o tacão de uma ditadura hedonista; como também subo ao navio para desvendas e ser desvendado por um amor enredado em palavras, ao qual trilha pelos enredos do ouvir e deleita - se na confissão simples e sincera dos recomeços.
É bem verdade, o Carpinteiro esparrama a reconciliação e verbera o direito e o dever por ir a direção do próximo. Sem hesitar, suas palavras lancinantes e dotadas de certa traquinice derrubam as teses sequiosas e sem sabor de tantos tratados. Por fim, desato as cordas e prefiro o Deus da mulher samaritana, da mulher hemorrágica, do cego Bartimeu, da mulher adúltera e, portanto, personificado no Cristo Ressuscitado.
Ao término de mais uma sexta - feira, com o pano de fundo acinzentado e o sopro gélido dos derradeiros momentos do inverno, ao chegar em casa, puxei a cadeira e sentei para tricotar o por qual motivo os teólogos debatem e se engalfinham por defender, com unhas e dentes, seus pontos de vista. Alias, com figura de Deus, como objeto fundamental de suas militâncias e apologias.
Deve ser dito, suas lágrimas são sepultadas e suas emoções laceradas e, assim, evitar toda e qualquer interpretação de colocações emocionais distantes do senso e coerencia.
Talvez, por isso, prefiro as palavras livres, revolucionárias do Carpinteiro e suas peripécias. Diga - se de passagem, uma revolução com cheiro de gente, com as pegadas de quem vive o cotidiano, com faces de incerteza e dúvida e, em meio a tudo isso, com a promessa de uma eternidade apaixonada pelo viver.
Ah, sim e sim, quero ser despido desse Deus, mais parecido com um carta na manga, preso aos vitrais dominicais, achatado por miríades de doutrinas e dogmas mortificados. Então, aceito o desafio de observar o bailado dos oceanos, o ressoar suave das gaivotas, o alumiar pulsatil da noite, a inocência do primeiro beijo, a descoberta de que amar não é nenhum bicho de sete cabeças.
Vou adiante, aceito, de bom grado, prosear com a imaginação alforriada dos grilhos de uma obediência deformadora do ser livre e responsável para decidir e recomeçar, de uma espiritualidade criativa e de uma oração franca para se envolver no ardor da salvação, a qual estabelece a cura da realidade.
Não por menos, arrisco estender as mãos e partilhar de um amor sem fronteiras, sem o jugo e o tacão de uma ditadura hedonista; como também subo ao navio para desvendas e ser desvendado por um amor enredado em palavras, ao qual trilha pelos enredos do ouvir e deleita - se na confissão simples e sincera dos recomeços.
É bem verdade, o Carpinteiro esparrama a reconciliação e verbera o direito e o dever por ir a direção do próximo. Sem hesitar, suas palavras lancinantes e dotadas de certa traquinice derrubam as teses sequiosas e sem sabor de tantos tratados. Por fim, desato as cordas e prefiro o Deus da mulher samaritana, da mulher hemorrágica, do cego Bartimeu, da mulher adúltera e, portanto, personificado no Cristo Ressuscitado.
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