Palavra do leitor
- 03 de dezembro de 2020
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Sem Deus, sem regras
Se não existe um ser acima dos humanos, que tenha criado leis morais para reger o mundo, então cada humano pode criar suas próprias leis, estabelecer suas regras segundo valores e crenças de sua época.
E, se é assim, é razoável que cada sociedade estabeleça suas normas segundo o que bem entender. Se a escravidão, o aborto, a pedofilia, a democracia, a tirania ou qualquer outra prática for institucionalizada numa sociedade, quem poderá dizer se é errado ou certo, justo ou injusto? Quem é conhecedor do certo e do justo?
Se não há um legislador universal, não há valores universais. A forma como as pessoas pensam varia com o tempo e o lugar em que vivem. Seus valores também. O que para uma sociedade é absurdo, para outra é perfeitamente normal. E, se cada sociedade pode criar suas próprias leis, nenhuma pode julgar a outra pelo suposto absurdo de suas práticas. Como explicar que a escravidão é errada? Como argumentar contra a pedofilia? Fica impraticável qualquer argumentação.
Também não se pode eleger a democracia como uma forma melhor que a oligarquia ou a tirania - em qual lei universal ficou estabelecido que a maioria tem o direito de impor sua vontade sobre a minoria?
Obviamente, se não há leis universais, acima dos humanos, o que valerá mesmo é a lei do mais forte. Quem tiver condições, dominará sobre os outros, usando seja lá quais forem seus instrumentos de dominação.
Portanto, a afirmação "Deus não existe" equivale a "meu corpo, minhas regras", ou, "meu mundo, minhas regras", ou ainda, "tudo é permitido".
O único problema é a possibilidade de Deus existir. Neste caso… bem, cada um terá que se explicar com Ele.
Será que o argumento "eu não sabia" seria aceito no tribunal do grande Legislador? Há quem diga que há sinais mais que suficientes, dEle e de Sua Legislação, na História e na consciência humana...
E, se é assim, é razoável que cada sociedade estabeleça suas normas segundo o que bem entender. Se a escravidão, o aborto, a pedofilia, a democracia, a tirania ou qualquer outra prática for institucionalizada numa sociedade, quem poderá dizer se é errado ou certo, justo ou injusto? Quem é conhecedor do certo e do justo?
Se não há um legislador universal, não há valores universais. A forma como as pessoas pensam varia com o tempo e o lugar em que vivem. Seus valores também. O que para uma sociedade é absurdo, para outra é perfeitamente normal. E, se cada sociedade pode criar suas próprias leis, nenhuma pode julgar a outra pelo suposto absurdo de suas práticas. Como explicar que a escravidão é errada? Como argumentar contra a pedofilia? Fica impraticável qualquer argumentação.
Também não se pode eleger a democracia como uma forma melhor que a oligarquia ou a tirania - em qual lei universal ficou estabelecido que a maioria tem o direito de impor sua vontade sobre a minoria?
Obviamente, se não há leis universais, acima dos humanos, o que valerá mesmo é a lei do mais forte. Quem tiver condições, dominará sobre os outros, usando seja lá quais forem seus instrumentos de dominação.
Portanto, a afirmação "Deus não existe" equivale a "meu corpo, minhas regras", ou, "meu mundo, minhas regras", ou ainda, "tudo é permitido".
O único problema é a possibilidade de Deus existir. Neste caso… bem, cada um terá que se explicar com Ele.
Será que o argumento "eu não sabia" seria aceito no tribunal do grande Legislador? Há quem diga que há sinais mais que suficientes, dEle e de Sua Legislação, na História e na consciência humana...
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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