Palavra do leitor
- 10 de fevereiro de 2009
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Sede meus imitadores
Ouço muitas histórias. Faz parte do nosso trabalho na Missão Vida emprestar nossos ouvidos e nossos ombros para pessoas que precisam tão somente de alguém disposto a ouvi-las. O mundo anda muito agitado, apressado, todo mundo vive apressado e não tem tempo pra sentar e, pacientemente ouvir; certo é que poucos gostariam de ouvir todos os detalhes da vida de gente que perdeu tudo, até e principalmente a esperança.
Mas entre as histórias eu destaco a do Júlio César, ex-interno do centro de recuperação de mendigos da Missão Vida. Foi mendigo, ladrão, viciado e teve as ruas de Brasília por lar e campo de guerra. Mas uma noite saiu acompanhado de outro parceiro de rua pra roubar e nessa noite Deus resolveu fazer com Júlio César o que faz há séculos, fez-Se conhecer, a vítima era crente em Jesus. Após clamar pelo sangue de Jesus a quase vítima viu apenas um garoto assustado; pregou e orou com nosso futuro pastor. Deus 1 x satanás 0. Deus é bom.
O que sempre me chama a atenção no testemunho do meu querido irmão não são exatamente as circunstâncias da conversão, já vi coisas parecidas, o diferente na história do Júlio é aquilo que aconteceu ao chegar à Missão Vida, não tinha idade pra ser internado, mas foi internado; coisas de Deus no coração dos líderes da Missão Vida. Deus é muito bom.
Júlio ao chegar conheceu outro interno já veterano e passou a observar este moço, como falava, orava e decidiu-se: “Quero ser igual a este irmão!”. A lição que a história do pastor Júlio nos deixa é uma preocupante indagação: As pessoas quando olham para nós no trabalho, na escola, em casa... As pessoas quando nos observam têm vontade de ser crentes? Como nós somos crentes?
Se alguém souber responda, por e-mail mesmo, quem é o autor da frase: “Preguemos o evangelho e, se preciso, usemos as palavras”. Pois foi isso que ocorreu lá na Missão Vida, o hoje também pastor Roni Clei(pastor da Igreja Batista no Piauí) era o sujeito no qual Júlio se projetou, ser igual na oração, na teimosia, é, teimosia, às vezes é necessário um bocado de teimosia pra mudar de vida.
Quantos bons exemplos de crentes genuínos somos capazes de apontar de imediato e dizer como disse Júlio César ao observar o pastor Roni Clei? É fácil pra nós crentes igrejados e calejados, pois temos padrões bíblicos e discernimento para perceber as qualidades( ou a ausência destas) nos nossos líderes e irmãos e irmãs.
Mas a questão aqui é mais complexa, as pessoas, os não crentes? Reservo-me o direito de não referir-me ao próximo como o ímpio. As pessoas com quem convivemos e partilhamos grande parte do nosso tempo, essas pessoas olham pra nós e ficam intrigadas com o nosso caráter irretocável? As pessoas com quem andamos mudam até o tom da conversa quando chegamos, ou que nada, é farinha do mesmo saco e podem continuar com a piada suja que o “irmão” não liga?! Sem hipocrisia, amo "boas piadas".
Não vou cansar jamais de contar do meu assombro com aquele monte de gente limpinha, com roupinha de ver Deus, cheirosas me abraçando, me chamando de irmão, me convidando pra almoçar com elas no domingo; um crente reconhece outro crente assim que passa a conviver com ele, mas e os ainda não crentes?
Já ouvi sobre o pastor de meio-expediente que morou por sete anos numa cidade e quando o seu bispo foi visitá-lo ninguém sabia que o dito cujo era crente, quanto mais pastor. É um caso extremo, mas as pessoas com quem convivemos sabem que somos crentes?
O que me atraiu na minha igreja foi o amor dos crentes, foi ver os crentes orando e coisas que não aconteceriam naturalmente, acontecerem. Quando lemos pela primeira vez o desafio do apóstolo S. Paulo é como se fôssemos escarnecidos, mas aí nós começamos a conhecer a Bíblia e lemos: “ Elias era homem como nós e sujeito às mesmas aflições...” E descobrimos que não é retórica paulina, a conversa é mais séria.
Estive em casa nas férias, fui ver minha mãe, durante uma das visitas que fiz, tive o desprazer de ser informado que a irmã pediria o divórcio, motivo? O marido não é crente e não gosta nem de ouvir falar de igreja.
Espere um pouco aí, há vinte e dois anos eles se casaram e só agora é que o jugo desigual pesou pra valer? Quem santifica quem? E quanto tempo por dia ela ora pela conversão do marido? Ninguém é mais íntimo dele do que ela, então, qual o motivo para ele ter ojeriza de crentes?
É a mesma situação, as pessoas ficam fissuradas pra carregar uma Bíblia e dar glória por tudo que é assunto só de olhar pra nós? Ou as pessoas olham para nós, para nossas vidas e decidem continuar exatamente como estão, pois como estão é melhor do que se parecer conosco?
Ah, foi vendo o Júlio orar que me afeiçoei à oração, foi vendo o amor das pessoas da Missão pelos mendigos que descobrí meu chamado.
A propósito, a irmã desistiu do divórcio, e ta orando, e procurando melhorar. Deus é bom demais.
(ex-interno do centro de recuperação de mendigos – Missão Vida)
www.mvida.org.br visite-nos.
Mas entre as histórias eu destaco a do Júlio César, ex-interno do centro de recuperação de mendigos da Missão Vida. Foi mendigo, ladrão, viciado e teve as ruas de Brasília por lar e campo de guerra. Mas uma noite saiu acompanhado de outro parceiro de rua pra roubar e nessa noite Deus resolveu fazer com Júlio César o que faz há séculos, fez-Se conhecer, a vítima era crente em Jesus. Após clamar pelo sangue de Jesus a quase vítima viu apenas um garoto assustado; pregou e orou com nosso futuro pastor. Deus 1 x satanás 0. Deus é bom.
O que sempre me chama a atenção no testemunho do meu querido irmão não são exatamente as circunstâncias da conversão, já vi coisas parecidas, o diferente na história do Júlio é aquilo que aconteceu ao chegar à Missão Vida, não tinha idade pra ser internado, mas foi internado; coisas de Deus no coração dos líderes da Missão Vida. Deus é muito bom.
Júlio ao chegar conheceu outro interno já veterano e passou a observar este moço, como falava, orava e decidiu-se: “Quero ser igual a este irmão!”. A lição que a história do pastor Júlio nos deixa é uma preocupante indagação: As pessoas quando olham para nós no trabalho, na escola, em casa... As pessoas quando nos observam têm vontade de ser crentes? Como nós somos crentes?
Se alguém souber responda, por e-mail mesmo, quem é o autor da frase: “Preguemos o evangelho e, se preciso, usemos as palavras”. Pois foi isso que ocorreu lá na Missão Vida, o hoje também pastor Roni Clei(pastor da Igreja Batista no Piauí) era o sujeito no qual Júlio se projetou, ser igual na oração, na teimosia, é, teimosia, às vezes é necessário um bocado de teimosia pra mudar de vida.
Quantos bons exemplos de crentes genuínos somos capazes de apontar de imediato e dizer como disse Júlio César ao observar o pastor Roni Clei? É fácil pra nós crentes igrejados e calejados, pois temos padrões bíblicos e discernimento para perceber as qualidades( ou a ausência destas) nos nossos líderes e irmãos e irmãs.
Mas a questão aqui é mais complexa, as pessoas, os não crentes? Reservo-me o direito de não referir-me ao próximo como o ímpio. As pessoas com quem convivemos e partilhamos grande parte do nosso tempo, essas pessoas olham pra nós e ficam intrigadas com o nosso caráter irretocável? As pessoas com quem andamos mudam até o tom da conversa quando chegamos, ou que nada, é farinha do mesmo saco e podem continuar com a piada suja que o “irmão” não liga?! Sem hipocrisia, amo "boas piadas".
Não vou cansar jamais de contar do meu assombro com aquele monte de gente limpinha, com roupinha de ver Deus, cheirosas me abraçando, me chamando de irmão, me convidando pra almoçar com elas no domingo; um crente reconhece outro crente assim que passa a conviver com ele, mas e os ainda não crentes?
Já ouvi sobre o pastor de meio-expediente que morou por sete anos numa cidade e quando o seu bispo foi visitá-lo ninguém sabia que o dito cujo era crente, quanto mais pastor. É um caso extremo, mas as pessoas com quem convivemos sabem que somos crentes?
O que me atraiu na minha igreja foi o amor dos crentes, foi ver os crentes orando e coisas que não aconteceriam naturalmente, acontecerem. Quando lemos pela primeira vez o desafio do apóstolo S. Paulo é como se fôssemos escarnecidos, mas aí nós começamos a conhecer a Bíblia e lemos: “ Elias era homem como nós e sujeito às mesmas aflições...” E descobrimos que não é retórica paulina, a conversa é mais séria.
Estive em casa nas férias, fui ver minha mãe, durante uma das visitas que fiz, tive o desprazer de ser informado que a irmã pediria o divórcio, motivo? O marido não é crente e não gosta nem de ouvir falar de igreja.
Espere um pouco aí, há vinte e dois anos eles se casaram e só agora é que o jugo desigual pesou pra valer? Quem santifica quem? E quanto tempo por dia ela ora pela conversão do marido? Ninguém é mais íntimo dele do que ela, então, qual o motivo para ele ter ojeriza de crentes?
É a mesma situação, as pessoas ficam fissuradas pra carregar uma Bíblia e dar glória por tudo que é assunto só de olhar pra nós? Ou as pessoas olham para nós, para nossas vidas e decidem continuar exatamente como estão, pois como estão é melhor do que se parecer conosco?
Ah, foi vendo o Júlio orar que me afeiçoei à oração, foi vendo o amor das pessoas da Missão pelos mendigos que descobrí meu chamado.
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