Palavra do leitor
- 29 de outubro de 2017
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Se você não estivesse, aqui, faria falta?
‘’A vida é um caminho que nos leva a certeza de que nossas escolhas, opções e respostas nos levarão a caminhos sem volta. ’’
O ser humano carrega, em si, uma certeza inabalável. A certeza de sermos mortais. Os anjos, os demônios, os animais e sei lá mais possa ser, aqui, expostos são imortais, ou seja, sem a constatação de serem mortais, de que vão morrer e terem ciência disso.
É bem verdade, a história nos oferece páginas fartas de pessoas, as quais acreditam serem imortais, acima do bem e do mal, detentoras das engrenagens do tempo, como se pudessem intervir, em tudo e todos. Enfim, estamos condenados a trilhar, por esse mundo, com a consciência de que vamos morrer, passaremos dessa para outra, de sermos frágeis, vulneráveis e sujeitos as alternâncias da vida. Ora, venho dissertar uma narrativa de enredos mórbidos, deprimentes e obscuros?
Não, a partir do texto de Eclesiastes, pelo qual descreve as impressões de um homem turbado com determinadas e implacáveis revelações sobre o quão passageiras são nossas buscas e lutas. Por isso, a vida é um caminho que nos leva a certeza de que nossas escolhas, opções e respostas levarão a caminhos sem volta, embora até tenha a oportunidade de correções, mas não poderemos ir a origem.
Parto dessas abordagens, para parar e analisar os rumos de a vida ser muito curta para ser apequenada, rebaixada, desfigurada e violentada. Aliás, faço referência da vida com pessoas, em convivência, em diálogo, em encontros e recomeços, de nos importamos mais com o ser e não entronizar o ter, como uma válvula de escape para nossas inseguranças e fiascos, por não alcançar os modelos ideais e perfeitos de uma cultura narcisista e hedonista.
Em outras palavras, além do texto de Eclesiastes 07. 01 a 02, assento – me no relato de Jesus para não ser morno, Apocalipse 3: 15 - 16, ou seja, caminhar por uma vida com as portas das lágrimas fechadas, as janelas das emoções e dos afetos lacradas. Presumidamente, uma vida morna, desprovida de sentido, na espreita, trancafia na solidão, afugentando – se de se permitir alterar rotas, devido as pesadas marcas de culpas, de cobranças, de acusações intermináveis.
Vou adiante, isso se torna mais drástico e doentio, principalmente ao atentarmos para uma sociedade rendida ao culto dos famosos, dos ícones, dos mitos, dos símbolos. Agora, sem nenhuma pieguice, ser importante envolve respeitar as pessoas, assumir esse risco de subir na navegação, de cada dia, e estar disposto a responder, ou seja, importar a outra para nosso coração, nosso ser, nossa biografia. Vou adiante, pessoas importantes não fazem do outro em reféns, não os manipulam, tem a cadência de não invadir.
Ora, digo isso, porque pessoas famosas são construídas pelos mecanismos midiáticos, são imagens de um consumo descartável, não nos ouvem, não sentem, ao nosso lado, não abraçam, não se inclinam para encontros e reinvenções, são peças de interesses de mercado, são formas de entretenimento. Sem sombra de dúvida, Jesus não foi famoso, mas importante, porque trouxe para o viver, seu coração pessoas. Devo dizer, cada um dos textos enfocados nos chamam para uma pergunta crucial, sem rodeios, específica e na lata mesmo: se você não estivesse, aqui, faria falta?
De notar, passo longe e muito mesmo de apregoar uma vida perfeita, a perfeição de uma sem rugas, sem cabelos brancos, de amores não correspondidos, de decisões erradas e equivocadas, de perdas, de cansaço, de solidão e toda uma abundância de questões que nos inquietam (o justo, o honesto, o decente nem sempre valorizado e reconhecido, por exemplo).
Oposto a perfeição do famoso, de uma vida morna, de uma vida sem ir ao outro, diante de nossa mortalidade, encontramos a decisão, a loucura do evangelho, por pessoas, por que ser importante se entrelaça a pessoas e não aos famosos, ao sucesso, aos predestinados, aos santos. Aproveito esse momento e menciono a Capela de Ossos, situado na Cidade Évora, em Portugal, que está na Igreja de São Francisco, ao qual tem ossos humanos do chão e vai até ao teto, com uma frase pontual: ‘’Nós, ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos’’.
As vezes ou muitas, ficamos numa arena de gladiadores para mostrar o como somos úteis e rentáveis, creditamos numa tola insubstituibilidade ou tratamos o outro como algo a ser jogado fora e para comprar outro. Atentemos sobre a importância de, em doze etapas de nossa passageira vida, a cada ano, quantas pessoas incineram suas vidas para provar e comprovar.
Então, sua vida tem sido um emaranho de discussões, de uma raiva doentia, de, sem qualquer idiotice ou nostalgia, ir além, transcender e romper com o ter, a ilusão de que amigos não se compram, quer queiramos ou não, e o que nos faz humanos, imagem e semelhança de um Deus que descia para caminhar pelos conflitos de Adão e Eva, de um Deus que, mesmo após as turbulências ocorridas no Éden, não os abandonou, os cobriu.
O ser humano carrega, em si, uma certeza inabalável. A certeza de sermos mortais. Os anjos, os demônios, os animais e sei lá mais possa ser, aqui, expostos são imortais, ou seja, sem a constatação de serem mortais, de que vão morrer e terem ciência disso.
É bem verdade, a história nos oferece páginas fartas de pessoas, as quais acreditam serem imortais, acima do bem e do mal, detentoras das engrenagens do tempo, como se pudessem intervir, em tudo e todos. Enfim, estamos condenados a trilhar, por esse mundo, com a consciência de que vamos morrer, passaremos dessa para outra, de sermos frágeis, vulneráveis e sujeitos as alternâncias da vida. Ora, venho dissertar uma narrativa de enredos mórbidos, deprimentes e obscuros?
Não, a partir do texto de Eclesiastes, pelo qual descreve as impressões de um homem turbado com determinadas e implacáveis revelações sobre o quão passageiras são nossas buscas e lutas. Por isso, a vida é um caminho que nos leva a certeza de que nossas escolhas, opções e respostas levarão a caminhos sem volta, embora até tenha a oportunidade de correções, mas não poderemos ir a origem.
Parto dessas abordagens, para parar e analisar os rumos de a vida ser muito curta para ser apequenada, rebaixada, desfigurada e violentada. Aliás, faço referência da vida com pessoas, em convivência, em diálogo, em encontros e recomeços, de nos importamos mais com o ser e não entronizar o ter, como uma válvula de escape para nossas inseguranças e fiascos, por não alcançar os modelos ideais e perfeitos de uma cultura narcisista e hedonista.
Em outras palavras, além do texto de Eclesiastes 07. 01 a 02, assento – me no relato de Jesus para não ser morno, Apocalipse 3: 15 - 16, ou seja, caminhar por uma vida com as portas das lágrimas fechadas, as janelas das emoções e dos afetos lacradas. Presumidamente, uma vida morna, desprovida de sentido, na espreita, trancafia na solidão, afugentando – se de se permitir alterar rotas, devido as pesadas marcas de culpas, de cobranças, de acusações intermináveis.
Vou adiante, isso se torna mais drástico e doentio, principalmente ao atentarmos para uma sociedade rendida ao culto dos famosos, dos ícones, dos mitos, dos símbolos. Agora, sem nenhuma pieguice, ser importante envolve respeitar as pessoas, assumir esse risco de subir na navegação, de cada dia, e estar disposto a responder, ou seja, importar a outra para nosso coração, nosso ser, nossa biografia. Vou adiante, pessoas importantes não fazem do outro em reféns, não os manipulam, tem a cadência de não invadir.
Ora, digo isso, porque pessoas famosas são construídas pelos mecanismos midiáticos, são imagens de um consumo descartável, não nos ouvem, não sentem, ao nosso lado, não abraçam, não se inclinam para encontros e reinvenções, são peças de interesses de mercado, são formas de entretenimento. Sem sombra de dúvida, Jesus não foi famoso, mas importante, porque trouxe para o viver, seu coração pessoas. Devo dizer, cada um dos textos enfocados nos chamam para uma pergunta crucial, sem rodeios, específica e na lata mesmo: se você não estivesse, aqui, faria falta?
De notar, passo longe e muito mesmo de apregoar uma vida perfeita, a perfeição de uma sem rugas, sem cabelos brancos, de amores não correspondidos, de decisões erradas e equivocadas, de perdas, de cansaço, de solidão e toda uma abundância de questões que nos inquietam (o justo, o honesto, o decente nem sempre valorizado e reconhecido, por exemplo).
Oposto a perfeição do famoso, de uma vida morna, de uma vida sem ir ao outro, diante de nossa mortalidade, encontramos a decisão, a loucura do evangelho, por pessoas, por que ser importante se entrelaça a pessoas e não aos famosos, ao sucesso, aos predestinados, aos santos. Aproveito esse momento e menciono a Capela de Ossos, situado na Cidade Évora, em Portugal, que está na Igreja de São Francisco, ao qual tem ossos humanos do chão e vai até ao teto, com uma frase pontual: ‘’Nós, ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos’’.
As vezes ou muitas, ficamos numa arena de gladiadores para mostrar o como somos úteis e rentáveis, creditamos numa tola insubstituibilidade ou tratamos o outro como algo a ser jogado fora e para comprar outro. Atentemos sobre a importância de, em doze etapas de nossa passageira vida, a cada ano, quantas pessoas incineram suas vidas para provar e comprovar.
Então, sua vida tem sido um emaranho de discussões, de uma raiva doentia, de, sem qualquer idiotice ou nostalgia, ir além, transcender e romper com o ter, a ilusão de que amigos não se compram, quer queiramos ou não, e o que nos faz humanos, imagem e semelhança de um Deus que descia para caminhar pelos conflitos de Adão e Eva, de um Deus que, mesmo após as turbulências ocorridas no Éden, não os abandonou, os cobriu.
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