Palavra do leitor
- 01 de abril de 2009
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Se Deus fosse!?
Vamos brincar com as palavras e quem sabe alcançar algumas verdades. Para isso, preste bastante atenção nas frases a serem discorridas. Se Deus é bom, justo, amável e tantos outros atributos por que, então, sofremos?
Neste instante, surgem os religiosos e provavelmente serei tachado de herege, ou apóstata. Os mais encolerizados lançaram a alcunha de excomungado, ou literalmente desvencilhado da fé cristã.
Muito embora, das críticas levantadas, não recuei. Sem almejar ser o dono da verdade, acabei por insistir. Se Deus cura, liberta, transforma e restaura por que os seus devotos não partilham nem disseminam o amor, a justiça, a felicidade e o respeito ao próximo, através de procedimentos e atitudes efetivas?
Não bastasse, em direção oposta, engalfinham-se por um poder temporal e perfunctório ou passageiro, mais ocupados a suprir suas demandas de consumidores inveterados e vorazes por bênçãos e mais bênçãos. Isto sem falar no contingente, cada vez maior, de adeptos.
Agora, você poderia indagar, ou quem sabe até antes:
- O que está acontecendo com o Robson?
- Qual a minha intenção por meio da articulação dessas palavras?
A grosso modo, ousarei ciente das restrições e desalinhavadas considerações, pontuar os motivos de compor essa meditação.
A trajetória cristã, em determinados momentos, nos conduzem a olharmos para outras vertentes e alternativas. Em outras palavras, abrir mão de específicos princípios e fundamentos tidos intactos, inalteráveis.
Digo isso, em decorrência da falta de ser incomodado e confrontado no âmago do ser. Até o presente estágio da minha vida, não consegui averiguar isto nem outro campo de cunho espiritual. Digo respectiva afirmação, sem fazer da relação cristã dona da verdade absoluta e que deve sufocar as demais.
Evidentemente, longe também de levantar o estandarte do ceticismo, ou pôr os pés nas ondas do ateísmo, ou assumir uma pluralidade espiritual em que todos os caminhos convergem a Deus.
Parafraseando Soren Kierkgard, filósofo dinarmaques, a saber: ''... a fé cristã nos desafia a abrirmos a porta do nosso eu e de certa maneira compartilharmos um processo de amadurecimento ao lado da solidão; ou seja, deixo ser mais direto, andar com Cristo implica ouvi-lo no silêncio e na névoa densa da solidão, quando parece que ninguém nos compreende; acredito ter sido esse o maior desafio de Abraão, encontrar Deus na sua interioridade, sem ninguém, sem cartilhas religiosas, sem certeza de que a fé poderia remover montanhas!''...
Sem qualquer predestinação! Sem nenhuma revelação a disposição! Sem uma voz estupenda e sobrenatural nos acordando no fluir da madrugada! Sem respostas ou pistas fornecidas pela bíblica!
Ouso e confesso: não consegui substituir Deus e nem afastei da trajetória da Graça os enredos das contradições típicas da vida humana.
De certo, também não atrevo enfatizar ter encontrado um antídoto ou uma fórmula de respostas e saídas. Sem hesitar, ainda assim, num lance inusitado, sou imbuído de uma esperança genuína e autêntica, de uma vontade regada pelas boas-notícias e que norteia o ser humano a confiar no sorrir e sonhar.
Aliás, de tudo o que tem sido escrito, vale mais uma tarde de bate-papo sincero e sério com Cristo, ao invés de permanecer trezentos e sessenta e cinco dias de jejum e oração.
Devo ressaltar jejuar, orar, meditar e adorar são peças preponderantes no tocante a uma vida cristã saudável; todavia, defendo cada um desses elementos, realizados com transparência e amizade. Posso até ser um bom exemplo de cristão, cumprir todos os ritos costumeiros de participar da ceia, de ir aos domingos, demonstrar estar preocupado com as pessoas, etc.
Tudo será bem visto e conceituado pelas pessoas!
Agora, sem vida e paixão por uma interrelação franca e aberta com Deus, ser cristão poderá ser encontrado num canto da estante.
Neste instante, surgem os religiosos e provavelmente serei tachado de herege, ou apóstata. Os mais encolerizados lançaram a alcunha de excomungado, ou literalmente desvencilhado da fé cristã.
Muito embora, das críticas levantadas, não recuei. Sem almejar ser o dono da verdade, acabei por insistir. Se Deus cura, liberta, transforma e restaura por que os seus devotos não partilham nem disseminam o amor, a justiça, a felicidade e o respeito ao próximo, através de procedimentos e atitudes efetivas?
Não bastasse, em direção oposta, engalfinham-se por um poder temporal e perfunctório ou passageiro, mais ocupados a suprir suas demandas de consumidores inveterados e vorazes por bênçãos e mais bênçãos. Isto sem falar no contingente, cada vez maior, de adeptos.
Agora, você poderia indagar, ou quem sabe até antes:
- O que está acontecendo com o Robson?
- Qual a minha intenção por meio da articulação dessas palavras?
A grosso modo, ousarei ciente das restrições e desalinhavadas considerações, pontuar os motivos de compor essa meditação.
A trajetória cristã, em determinados momentos, nos conduzem a olharmos para outras vertentes e alternativas. Em outras palavras, abrir mão de específicos princípios e fundamentos tidos intactos, inalteráveis.
Digo isso, em decorrência da falta de ser incomodado e confrontado no âmago do ser. Até o presente estágio da minha vida, não consegui averiguar isto nem outro campo de cunho espiritual. Digo respectiva afirmação, sem fazer da relação cristã dona da verdade absoluta e que deve sufocar as demais.
Evidentemente, longe também de levantar o estandarte do ceticismo, ou pôr os pés nas ondas do ateísmo, ou assumir uma pluralidade espiritual em que todos os caminhos convergem a Deus.
Parafraseando Soren Kierkgard, filósofo dinarmaques, a saber: ''... a fé cristã nos desafia a abrirmos a porta do nosso eu e de certa maneira compartilharmos um processo de amadurecimento ao lado da solidão; ou seja, deixo ser mais direto, andar com Cristo implica ouvi-lo no silêncio e na névoa densa da solidão, quando parece que ninguém nos compreende; acredito ter sido esse o maior desafio de Abraão, encontrar Deus na sua interioridade, sem ninguém, sem cartilhas religiosas, sem certeza de que a fé poderia remover montanhas!''...
Sem qualquer predestinação! Sem nenhuma revelação a disposição! Sem uma voz estupenda e sobrenatural nos acordando no fluir da madrugada! Sem respostas ou pistas fornecidas pela bíblica!
Ouso e confesso: não consegui substituir Deus e nem afastei da trajetória da Graça os enredos das contradições típicas da vida humana.
De certo, também não atrevo enfatizar ter encontrado um antídoto ou uma fórmula de respostas e saídas. Sem hesitar, ainda assim, num lance inusitado, sou imbuído de uma esperança genuína e autêntica, de uma vontade regada pelas boas-notícias e que norteia o ser humano a confiar no sorrir e sonhar.
Aliás, de tudo o que tem sido escrito, vale mais uma tarde de bate-papo sincero e sério com Cristo, ao invés de permanecer trezentos e sessenta e cinco dias de jejum e oração.
Devo ressaltar jejuar, orar, meditar e adorar são peças preponderantes no tocante a uma vida cristã saudável; todavia, defendo cada um desses elementos, realizados com transparência e amizade. Posso até ser um bom exemplo de cristão, cumprir todos os ritos costumeiros de participar da ceia, de ir aos domingos, demonstrar estar preocupado com as pessoas, etc.
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