Palavra do leitor
- 08 de setembro de 2015
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Santidade, afinal, o que é isso?
Quando se fala em ser santo, a primeira imagem que temos é a figura de alguém que realizou algum milagre, ou ainda, alguém que morto em virtude de sua fé. Pois bem, essas coisas e muitas outras, ainda que meio equivocadas, retratam apenas alguma pontinha do que é ser santo. Equivocadas, por darem mais crédito e devoção ao instrumento, no caso “o santo”, do que ao próprio Deus que é o agente de todo o milagre e graça.
Primeiramente, o termo santidade, santo, santificação, santíssimo, sacralidade, santificado e outros termos bíblicos, partem de uma única palavra de origem semítica (bem como seu aparecimento no fenício, aramaico bíblico e etiópico) qãdôsh e suas derivações (qãdash, qôdesh, etc). No Antigo Testamento, era o termo usado para “separar” pessoas e objetos para o uso exclusivo no serviço do culto (adoração e sacrifício) apresentado a Deus. Em segundo lugar, as pessoas e objetos santificados a Deus, eram de propriedade Divina, os sacerdotes, o tabernáculo, o templo, os instrumentos do templo (instrumentos musicais e utensílios), os levitas, enfim, não poderiam ser utilizados para outros fins, a não ser para o fim em que foram “santificados” – separados para um uso especificamente determinado. O uso do que fora santificado para outros fins, consiste em profanação.
A idéia de santidade – ser separado para Deus permeia todo o Antigo Testamento bem como o Novo Testamento, mudando somente a palavra. Agora, no Novo Testamento, usando o termo grego hagios, e suas posteriores variações (hagiasmos, hagiõsune, hagiotes, etc.), também trazem a mesma idéia de “separação”.
Para um melhor entendimento, quando se diz que “Deus é santo”, está se dizendo que Deus está “separado” de tudo, ou seja, ainda que ele interaja com o universo, ele está “separado” do universo, Deus não sofre influência do universo. Da mesma forma, na expressão “a Palavra de Deus é santa”, está se declarando que a Bíblia Sagrada é separada (distinta) de toda a literatura que se possa encontrar. Santidade, ser santo, santificado, etc., diz respeito a ser separado das demais coisas, o meio não traz influência, muito pelo contrário, o meio é influenciado por aquilo que é santo.
E agora, quando nos deparamos com um texto bíblico (1Pe 1.15 ARC) em que nos chama a sermos santos em toda a nossa maneira de viver? Por sermos santificados em Cristo Jesus (1Co 1.2 ARC), nossas palavras, nossos sentimentos e nossas atitudes, por fim, nosso caráter necessita ser “separado” da maneira de agir e pensar do mundo. O mundo (a sociedade e suas práticas) não devem influenciar a forma de viver do “santo”, mas a vida do “santo” é que deve ser referência e influência para tudo o que o cerca. Se formos santos, então, somos de propriedade exclusiva do Espírito Santo de Deus, e o uso indevido de nós mesmo, emerge dentro de nós, uma vida de profana.
Com o passar do tempo, a igreja e o cristão perderam muito do que consiste a verdadeira santidade, o que era de uso exclusivo para Deus e para o seu devido culto, se perdeu com a história. Antes, o templo era para cultuar e só, e nada mais. Com o passar dos dias, hoje, se faz de tudo dentro do templo, festa, casamento, bingo, se traz até defunto para ser chorado dentro do templo. A cada dia, está se esvaindo o verdadeiro sentido de santidade, e pior do que o findar da santidade não é remover o que se cultua, e sim, acrescentar meios e formar de substituir o que já foi separado para o uso exclusivo de Deus.
Primeiramente, o termo santidade, santo, santificação, santíssimo, sacralidade, santificado e outros termos bíblicos, partem de uma única palavra de origem semítica (bem como seu aparecimento no fenício, aramaico bíblico e etiópico) qãdôsh e suas derivações (qãdash, qôdesh, etc). No Antigo Testamento, era o termo usado para “separar” pessoas e objetos para o uso exclusivo no serviço do culto (adoração e sacrifício) apresentado a Deus. Em segundo lugar, as pessoas e objetos santificados a Deus, eram de propriedade Divina, os sacerdotes, o tabernáculo, o templo, os instrumentos do templo (instrumentos musicais e utensílios), os levitas, enfim, não poderiam ser utilizados para outros fins, a não ser para o fim em que foram “santificados” – separados para um uso especificamente determinado. O uso do que fora santificado para outros fins, consiste em profanação.
A idéia de santidade – ser separado para Deus permeia todo o Antigo Testamento bem como o Novo Testamento, mudando somente a palavra. Agora, no Novo Testamento, usando o termo grego hagios, e suas posteriores variações (hagiasmos, hagiõsune, hagiotes, etc.), também trazem a mesma idéia de “separação”.
Para um melhor entendimento, quando se diz que “Deus é santo”, está se dizendo que Deus está “separado” de tudo, ou seja, ainda que ele interaja com o universo, ele está “separado” do universo, Deus não sofre influência do universo. Da mesma forma, na expressão “a Palavra de Deus é santa”, está se declarando que a Bíblia Sagrada é separada (distinta) de toda a literatura que se possa encontrar. Santidade, ser santo, santificado, etc., diz respeito a ser separado das demais coisas, o meio não traz influência, muito pelo contrário, o meio é influenciado por aquilo que é santo.
E agora, quando nos deparamos com um texto bíblico (1Pe 1.15 ARC) em que nos chama a sermos santos em toda a nossa maneira de viver? Por sermos santificados em Cristo Jesus (1Co 1.2 ARC), nossas palavras, nossos sentimentos e nossas atitudes, por fim, nosso caráter necessita ser “separado” da maneira de agir e pensar do mundo. O mundo (a sociedade e suas práticas) não devem influenciar a forma de viver do “santo”, mas a vida do “santo” é que deve ser referência e influência para tudo o que o cerca. Se formos santos, então, somos de propriedade exclusiva do Espírito Santo de Deus, e o uso indevido de nós mesmo, emerge dentro de nós, uma vida de profana.
Com o passar do tempo, a igreja e o cristão perderam muito do que consiste a verdadeira santidade, o que era de uso exclusivo para Deus e para o seu devido culto, se perdeu com a história. Antes, o templo era para cultuar e só, e nada mais. Com o passar dos dias, hoje, se faz de tudo dentro do templo, festa, casamento, bingo, se traz até defunto para ser chorado dentro do templo. A cada dia, está se esvaindo o verdadeiro sentido de santidade, e pior do que o findar da santidade não é remover o que se cultua, e sim, acrescentar meios e formar de substituir o que já foi separado para o uso exclusivo de Deus.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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