Palavra do leitor
- 29 de abril de 2012
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Samaria: Graça e (Des)graça
Era necessário passar por Samaria?
A necessidade de passar pela cidade de Samaria ia além da conveniência ou obrigatoriedade de percorrer tal caminho? Ao passar por Samaria Jesus inclui um povo religiosamente marginalizado.
Depois de sofrer com o domínio do império assírio no ano 722 a.c, Samaria se tornou uma cidade habitada por pessoas de várias nacionalidades, isso devido à característica de domínio do império assírio, que levavam cativos a elite política do povo dominado, e em seu lugar trazia pessoas de varias nacionalidades a fim de enfraquecer qualquer tentativa de reorganização política da nação dominada.*
A estratégia assíria fez com que o povo samaritano passasse a ser constituído por pessoas que desconheciam o Deus de Israel, sua lei e suas promessas. Alem da ocupação, os samaritanos sofreram com uma descaracterização de sua identidade como povo; suas crenças, seus costumes, e sua história foram fortemente abaladas pela política de ocupação dos Assírios.**
Nos tempos de Jesus, Samaria era uma cidade que não mais tinha ligação religiosa com o verdadeiro culto ao Senhor. Seus habitantes eram pessoas que tinham uma visão distorcida da adoração a Deus. Contudo, parecia haver um sincero desejo dos samaritanos de adorar a Deus: “nossos pais adoraram neste monte, mas vocês, judeus, dizem que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar”, disse a mulher samaritana.
A declaração da mulher samaritana nos revela que havia um tipo de “tome posse irmão!” por parte dos samaritanos naquela época. Os samaritanos acreditavam que eram “detentores” do direito de adorar por morarem em Samaria, visto que as cercanias de Samaria foram alvos de promessas de Deus relacionadas à adoração e sacrifícios ao Senhor anteriormente. (Juízes 9.7 e Deuteronômio 12.5-11)
O caso da mulher samaritana nos revela uma Samaria multicultural – uma cidade de “gentios” para os judeus-. Os que escaparam da deportação assíria não conseguiram ensinar sobre a verdadeira adoração ao Senhor para os que foram levados para lá, e os que chegaram, por sua vez, levaram costumes e crenças típicas de seus países de origem. Nessa época, os judeus não toleravam os “não-judeus” como adoradores de Deus. Jesus, porem, não condenou a adoração dos samaritanos, Ele disse: “Vós adorais o que não sabeis”.
Com essa declaração, Jesus, valida a adoração samaritana, porem, os adverte que eles adoravam sem saber ao certo a quem adoravam. Jesus vai mais além, ele rompe com uma barreira colossal de intolerância étnico/social/religiosa, e estabelece um novo patamar para a adoração a Deus: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem”.
Agora, não é mais a posição demográfica que importa na adoração, nem a nacionalidade, nem a posição religiosa, mas sim o adorar sinceramente e unicamente a Deus.
Certamente poderíamos citar vários outros motivos de Jesus ter escolhido passar por Samaria, inclusive o da conveniência de percorrer tal caminho. Mas atemo-nos a este: A revelação do Cristo a um povo marginalizado.
Deus se importa em se revelar ao homem. Jesus se revela abertamente para uma mulher a margem de uma sociedade descaracterizada. Não foi só isso, Jesus se revelou para essa mulher como não costumava fazer nem para os judeus: “Eu o sou, eu que falo contigo”. Quanto maior o nível de escuridão que um homem (Mulher, no caso) sincero se encontre, maior o clarão da luz de Deus. Era necessário passar por Samaria. Aleluia!
*2 Reis 17. 24
**2 Reis 17. 29,33, 41
A necessidade de passar pela cidade de Samaria ia além da conveniência ou obrigatoriedade de percorrer tal caminho? Ao passar por Samaria Jesus inclui um povo religiosamente marginalizado.
Depois de sofrer com o domínio do império assírio no ano 722 a.c, Samaria se tornou uma cidade habitada por pessoas de várias nacionalidades, isso devido à característica de domínio do império assírio, que levavam cativos a elite política do povo dominado, e em seu lugar trazia pessoas de varias nacionalidades a fim de enfraquecer qualquer tentativa de reorganização política da nação dominada.*
A estratégia assíria fez com que o povo samaritano passasse a ser constituído por pessoas que desconheciam o Deus de Israel, sua lei e suas promessas. Alem da ocupação, os samaritanos sofreram com uma descaracterização de sua identidade como povo; suas crenças, seus costumes, e sua história foram fortemente abaladas pela política de ocupação dos Assírios.**
Nos tempos de Jesus, Samaria era uma cidade que não mais tinha ligação religiosa com o verdadeiro culto ao Senhor. Seus habitantes eram pessoas que tinham uma visão distorcida da adoração a Deus. Contudo, parecia haver um sincero desejo dos samaritanos de adorar a Deus: “nossos pais adoraram neste monte, mas vocês, judeus, dizem que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar”, disse a mulher samaritana.
A declaração da mulher samaritana nos revela que havia um tipo de “tome posse irmão!” por parte dos samaritanos naquela época. Os samaritanos acreditavam que eram “detentores” do direito de adorar por morarem em Samaria, visto que as cercanias de Samaria foram alvos de promessas de Deus relacionadas à adoração e sacrifícios ao Senhor anteriormente. (Juízes 9.7 e Deuteronômio 12.5-11)
O caso da mulher samaritana nos revela uma Samaria multicultural – uma cidade de “gentios” para os judeus-. Os que escaparam da deportação assíria não conseguiram ensinar sobre a verdadeira adoração ao Senhor para os que foram levados para lá, e os que chegaram, por sua vez, levaram costumes e crenças típicas de seus países de origem. Nessa época, os judeus não toleravam os “não-judeus” como adoradores de Deus. Jesus, porem, não condenou a adoração dos samaritanos, Ele disse: “Vós adorais o que não sabeis”.
Com essa declaração, Jesus, valida a adoração samaritana, porem, os adverte que eles adoravam sem saber ao certo a quem adoravam. Jesus vai mais além, ele rompe com uma barreira colossal de intolerância étnico/social/religiosa, e estabelece um novo patamar para a adoração a Deus: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem”.
Agora, não é mais a posição demográfica que importa na adoração, nem a nacionalidade, nem a posição religiosa, mas sim o adorar sinceramente e unicamente a Deus.
Certamente poderíamos citar vários outros motivos de Jesus ter escolhido passar por Samaria, inclusive o da conveniência de percorrer tal caminho. Mas atemo-nos a este: A revelação do Cristo a um povo marginalizado.
Deus se importa em se revelar ao homem. Jesus se revela abertamente para uma mulher a margem de uma sociedade descaracterizada. Não foi só isso, Jesus se revelou para essa mulher como não costumava fazer nem para os judeus: “Eu o sou, eu que falo contigo”. Quanto maior o nível de escuridão que um homem (Mulher, no caso) sincero se encontre, maior o clarão da luz de Deus. Era necessário passar por Samaria. Aleluia!
*2 Reis 17. 24
**2 Reis 17. 29,33, 41
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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- A Samaria da Humanidade, por Clériston Santiago em 01/06/2012 às 00:49:02
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