Palavra do leitor
- 30 de junho de 2011
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Salmam Rushdie e Ricardo Gondim
Acabei de ler que o polêmico escritor dos “versos satânicos” deu uma entrevista em algum lugar de Nova York, protegido por guarda-costas. A entrevista foi publicada no suplemento semanal de cultura do jornal espanhol “El País”.
Condenado à morte por fanáticos muçulmanos em 1989, o escritor diz que já não teme seus inimigos, mas acha que a religião é um veneno para o mundo.
O inimigo número 1 do fundamentalismo islâmico, Salman Rushdie, ganhou notoriedade em 1989, quando o regime muçulmano fundamentalista do Irã decretou contra ele uma fatwa, ou sentença de morte. Rushdie foi acusado de blasfemar contra o islamismo no romance Os Versos Satânicos. Aos 62 anos Rushdie vive driblando o perigo dos religiosos, sem poder ter uma vida normal. “Quero sentar-se nos bares, caminhar pelas ruas, ouvir o ruído do mundo.” Disse o escritor.
O hábito de invocar a autoridade divina para legitimar preconceitos, perseguições e atrocidades é muito antigo, mas ressurgiu com força nos últimos tempos. A vida de Rushdie é um bom exemplo. Rushdie é referência útil para aqueles que estão dispostos a confrontar os porteiros do céu, pensar fora da caixa, do pensamento plural.
Em 1998, depois de muita pressão internacional, o Irã finalmente retirou a condenação contra ele. Mas passados mais de 10 anos, Rushdie prefere não dar mole, aqueles que acreditam que dogmas e tradições valem mais que uma vida.
Cá, aqui em terras tupiniquins, na falta de uma legislação que permita o assassinato em nome de Deus, a patrulha da ortodoxia evangélica, tenta a todo custo silenciar o pastor Ricardo Gondim, sob a acusação de heresia e blasfêmia. Tudo por conta dos textos publicados em seu blog e de uma entrevista recente a revista “Carta Capital.”
Penso que a vontade humana de Salman Rushdie, em querer sentar-se nos bares, caminhar pelas ruas e ouvir o ruído do mundo é compartilhado pelo pastor Ricardo Gondim. Quem sabe Ricardo não o convida para conhecer o nordeste, conhecer a minha Paraíba, dar uma voltinha no calçadão de Tambaú e ver o por do sol na praia do jacaré. Dois hereges juntos, sem direito a serem comuns, sem direito a serem heróis...
Condenado à morte por fanáticos muçulmanos em 1989, o escritor diz que já não teme seus inimigos, mas acha que a religião é um veneno para o mundo.
O inimigo número 1 do fundamentalismo islâmico, Salman Rushdie, ganhou notoriedade em 1989, quando o regime muçulmano fundamentalista do Irã decretou contra ele uma fatwa, ou sentença de morte. Rushdie foi acusado de blasfemar contra o islamismo no romance Os Versos Satânicos. Aos 62 anos Rushdie vive driblando o perigo dos religiosos, sem poder ter uma vida normal. “Quero sentar-se nos bares, caminhar pelas ruas, ouvir o ruído do mundo.” Disse o escritor.
O hábito de invocar a autoridade divina para legitimar preconceitos, perseguições e atrocidades é muito antigo, mas ressurgiu com força nos últimos tempos. A vida de Rushdie é um bom exemplo. Rushdie é referência útil para aqueles que estão dispostos a confrontar os porteiros do céu, pensar fora da caixa, do pensamento plural.
Em 1998, depois de muita pressão internacional, o Irã finalmente retirou a condenação contra ele. Mas passados mais de 10 anos, Rushdie prefere não dar mole, aqueles que acreditam que dogmas e tradições valem mais que uma vida.
Cá, aqui em terras tupiniquins, na falta de uma legislação que permita o assassinato em nome de Deus, a patrulha da ortodoxia evangélica, tenta a todo custo silenciar o pastor Ricardo Gondim, sob a acusação de heresia e blasfêmia. Tudo por conta dos textos publicados em seu blog e de uma entrevista recente a revista “Carta Capital.”
Penso que a vontade humana de Salman Rushdie, em querer sentar-se nos bares, caminhar pelas ruas e ouvir o ruído do mundo é compartilhado pelo pastor Ricardo Gondim. Quem sabe Ricardo não o convida para conhecer o nordeste, conhecer a minha Paraíba, dar uma voltinha no calçadão de Tambaú e ver o por do sol na praia do jacaré. Dois hereges juntos, sem direito a serem comuns, sem direito a serem heróis...
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