Palavra do leitor
- 30 de junho de 2011
- Visualizações: 2772
- 4 comentário(s)
- +A
- -A
- compartilhar
Salmam Rushdie e Ricardo Gondim
Acabei de ler que o polêmico escritor dos “versos satânicos” deu uma entrevista em algum lugar de Nova York, protegido por guarda-costas. A entrevista foi publicada no suplemento semanal de cultura do jornal espanhol “El País”.
Condenado à morte por fanáticos muçulmanos em 1989, o escritor diz que já não teme seus inimigos, mas acha que a religião é um veneno para o mundo.
O inimigo número 1 do fundamentalismo islâmico, Salman Rushdie, ganhou notoriedade em 1989, quando o regime muçulmano fundamentalista do Irã decretou contra ele uma fatwa, ou sentença de morte. Rushdie foi acusado de blasfemar contra o islamismo no romance Os Versos Satânicos. Aos 62 anos Rushdie vive driblando o perigo dos religiosos, sem poder ter uma vida normal. “Quero sentar-se nos bares, caminhar pelas ruas, ouvir o ruído do mundo.” Disse o escritor.
O hábito de invocar a autoridade divina para legitimar preconceitos, perseguições e atrocidades é muito antigo, mas ressurgiu com força nos últimos tempos. A vida de Rushdie é um bom exemplo. Rushdie é referência útil para aqueles que estão dispostos a confrontar os porteiros do céu, pensar fora da caixa, do pensamento plural.
Em 1998, depois de muita pressão internacional, o Irã finalmente retirou a condenação contra ele. Mas passados mais de 10 anos, Rushdie prefere não dar mole, aqueles que acreditam que dogmas e tradições valem mais que uma vida.
Cá, aqui em terras tupiniquins, na falta de uma legislação que permita o assassinato em nome de Deus, a patrulha da ortodoxia evangélica, tenta a todo custo silenciar o pastor Ricardo Gondim, sob a acusação de heresia e blasfêmia. Tudo por conta dos textos publicados em seu blog e de uma entrevista recente a revista “Carta Capital.”
Penso que a vontade humana de Salman Rushdie, em querer sentar-se nos bares, caminhar pelas ruas e ouvir o ruído do mundo é compartilhado pelo pastor Ricardo Gondim. Quem sabe Ricardo não o convida para conhecer o nordeste, conhecer a minha Paraíba, dar uma voltinha no calçadão de Tambaú e ver o por do sol na praia do jacaré. Dois hereges juntos, sem direito a serem comuns, sem direito a serem heróis...
Condenado à morte por fanáticos muçulmanos em 1989, o escritor diz que já não teme seus inimigos, mas acha que a religião é um veneno para o mundo.
O inimigo número 1 do fundamentalismo islâmico, Salman Rushdie, ganhou notoriedade em 1989, quando o regime muçulmano fundamentalista do Irã decretou contra ele uma fatwa, ou sentença de morte. Rushdie foi acusado de blasfemar contra o islamismo no romance Os Versos Satânicos. Aos 62 anos Rushdie vive driblando o perigo dos religiosos, sem poder ter uma vida normal. “Quero sentar-se nos bares, caminhar pelas ruas, ouvir o ruído do mundo.” Disse o escritor.
O hábito de invocar a autoridade divina para legitimar preconceitos, perseguições e atrocidades é muito antigo, mas ressurgiu com força nos últimos tempos. A vida de Rushdie é um bom exemplo. Rushdie é referência útil para aqueles que estão dispostos a confrontar os porteiros do céu, pensar fora da caixa, do pensamento plural.
Em 1998, depois de muita pressão internacional, o Irã finalmente retirou a condenação contra ele. Mas passados mais de 10 anos, Rushdie prefere não dar mole, aqueles que acreditam que dogmas e tradições valem mais que uma vida.
Cá, aqui em terras tupiniquins, na falta de uma legislação que permita o assassinato em nome de Deus, a patrulha da ortodoxia evangélica, tenta a todo custo silenciar o pastor Ricardo Gondim, sob a acusação de heresia e blasfêmia. Tudo por conta dos textos publicados em seu blog e de uma entrevista recente a revista “Carta Capital.”
Penso que a vontade humana de Salman Rushdie, em querer sentar-se nos bares, caminhar pelas ruas e ouvir o ruído do mundo é compartilhado pelo pastor Ricardo Gondim. Quem sabe Ricardo não o convida para conhecer o nordeste, conhecer a minha Paraíba, dar uma voltinha no calçadão de Tambaú e ver o por do sol na praia do jacaré. Dois hereges juntos, sem direito a serem comuns, sem direito a serem heróis...
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
- 30 de junho de 2011
- Visualizações: 2772
- 4 comentário(s)
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Revista Ultimato
- +lidos
- +comentados
- Por quê?
- Guardar não é esconder!
- O salário do pecado é a morte, em várias versões!
- Não andeis na roda dos escarnecedores: quais escarnecedores?
- É possível ser cristão e de "esquerda"?
- A democracia [geográfica] da dor!
- Os 24 anciãos e a batalha do Armagedom
- A religião verdadeira é única, e se tornou uma pessoa a ser seguida
- Mergulhados na cultura, mas batizados na santidade (parte 2)
- Não nos iludamos, animal é animal!