Palavra do leitor
- 17 de janeiro de 2011
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Ruptura pós–moderna
Quem assistiu a obra cinematográfica "O Senhor dos Anéis" se deparou com um personagem que retrata, com maestria, a sociedade pós – moderna ou hipermoderna. Faço alusão ao personagem Smeágol, antes de possuir o anel do poder, não passava de uma figura simplória. De repente, com o anel do poder, passa a ser chamado de Gollum. Eis aqui, então, um estado de ruptura entre o pensar e o querer, o espírito e a alma, o transcendente e o transitório, personificado por meio desse personagem, encarnado em nossa sociedade. Sem hesitar, ao nos determos em Gollum, fica notório o espelho de uma sociedade de rupturas, de cisões, subjugada por um congênito idealismo hedonista, utilitarista e individualista. De observar, esse compêndio idealista, diga - se de passagem - "endêmico", mescla uma autojustificação a fim de se manter na perpetração de interesses egoísticos e para tanto procura permanecer aportada num discurso racionalista sobre a defesa dos seus direitos.
Nisto, as agruras, as ambigüidades e as mazelas estampadas no nosso cotidiano (com episódios de vidas ceifadas por catástrofes acarretadas pelas péssimas administrações das instâncias públicas, caso das cidades atingidas pelas enchentes no Rido de Janeiro) pouco parecem espertar uma elucubração coerente e ordenada voltado a traçar medidas sérias e sinceras a fim de evitar tais cenários de mortes, de destruições, de desesperanças... Aliás, essa ruptura, cada vez mais perniciosa, tem – nos levado a vivenciar o mito da esfinge egípcia: ‘’decifra – me ou devoro – te’’. Parafraseando, podemos retratá – la da seguinte maneira: ‘’consuma – me, adquira – me e descarte a si e ao outro ou excluo – te’’. A grosso modo, o homem, dentro dessa esfera pós – moderna, ainda carrega e deposita, dentro de si, a panacéia do progresso como antídoto de todos os males e aflições sobre a humanidade. Mormente estejamos diante de avanços indubitáveis protagonizados pela tecnologia e pela ciência com alterações na própria noção de tempo e espaço, ainda assim, podemos perceber os mosaicos de uma geração de pessoas conformadas, vitimadas por um estado de insignificância. Nessa linha de raciocínio, utilizamos a caricatura da criança mimada regida pelo – ‘’tudo meu’’, do adolescente arredio – ‘’só eu é que sei’’, pelo jovem na ânsia pela independência – ‘’não dependo de ninguém’’ com o intuito de demonstrar esse idealismo hedonista, utilitarista e individualista, pelo qual as pessoas aceitam serem tratadas como objetos. Lamentavelmente, observamos um processo dantesco desse tríplice idealismo e, por sua vez, acaba por culminar numa dissociação entre a dimensão espiritual, cognoscitiva e volitiva do ser humano. Para piorar a situação, os meandros dessa contextualidade denominada de ‘’Séc. XXI’’ cultuam as proposituras do idealismo forjado pelo filósofo Emmanuel Kant, em sua celebra obra – ‘’a Crítica da Razão Pura’’. Neste trabalho verificamos o quanto a questão do dever (e isto pode ser estendido a responsabilidade, ao compromisso, ao respeito e a dignidade da pessoa humana) adentra numa matéria alinhada a uma interpretação subjetivista, de foro íntimo e destinada ao temerário arbítrio órfão de parâmetros éticos sólidos. Em outras palavras, extraímos o estigma de uma sociedade adestrada pelos ditames do mais extremo relativismo. Tanto espiritual quanto ético! Tanto cognoscitivo quanto volitivo! Tanto individual quanto comunitário e coletivo! De certo, desembarcamos no porto de Gênesis e constataremos a decisão assumida por Adão e Eva incorreu na falácia de que poderiam ser a medida de todas as coisas, o sentido e destino (na pretensão de que alcançariam o mesmo status quo de Deus). Desde então o ser humano tem porfiado por uma realidade imanentista, ou seja, um idealismo subjetivista para determinar o certo e errado, o bem e mal, o justo, a verdade, segundo as suas solitárias convicções. Nota - se, no discurso evocado pelo considerado embrião da filosofia do autoconhecimento, René Descartes, tão somente, o quanto o ser humano carece de certezas contundentes. Deveras, a ruptura pós – moderna tem permeado os arraiais evangélicos e plasmado uma dimensão de cristãos convertidos aos preceitos de uma ética idealista hedonista, utilitarista e individualista. Vale dizer, comprovamos essas análises, a partir do momento em que, dia – a – dia, observamos um discurso direcionado a atender este ou aquele benefício. A tal turno, temas estribados a abordar a relevância da salvação, a cura do ser humano no que toca ao resgate da sua dignidade, de uma mensagem genuinamente cristã compromissada e comprometida em participar da realidade humana. Tristemente, a panorâmica da pós – modernidade tem sido caracterizada por uma escassez, para não dizer ausência completa, de referenciais de valores aptos a edificar os relacionamentos humanos. Presumidamente, a ruptura pós – moderna demonstra a urgência de pormos os vagões descarrilados nos trilhos da liberdade lograda, mediante o sacrifício de Cristo.
Nisto, as agruras, as ambigüidades e as mazelas estampadas no nosso cotidiano (com episódios de vidas ceifadas por catástrofes acarretadas pelas péssimas administrações das instâncias públicas, caso das cidades atingidas pelas enchentes no Rido de Janeiro) pouco parecem espertar uma elucubração coerente e ordenada voltado a traçar medidas sérias e sinceras a fim de evitar tais cenários de mortes, de destruições, de desesperanças... Aliás, essa ruptura, cada vez mais perniciosa, tem – nos levado a vivenciar o mito da esfinge egípcia: ‘’decifra – me ou devoro – te’’. Parafraseando, podemos retratá – la da seguinte maneira: ‘’consuma – me, adquira – me e descarte a si e ao outro ou excluo – te’’. A grosso modo, o homem, dentro dessa esfera pós – moderna, ainda carrega e deposita, dentro de si, a panacéia do progresso como antídoto de todos os males e aflições sobre a humanidade. Mormente estejamos diante de avanços indubitáveis protagonizados pela tecnologia e pela ciência com alterações na própria noção de tempo e espaço, ainda assim, podemos perceber os mosaicos de uma geração de pessoas conformadas, vitimadas por um estado de insignificância. Nessa linha de raciocínio, utilizamos a caricatura da criança mimada regida pelo – ‘’tudo meu’’, do adolescente arredio – ‘’só eu é que sei’’, pelo jovem na ânsia pela independência – ‘’não dependo de ninguém’’ com o intuito de demonstrar esse idealismo hedonista, utilitarista e individualista, pelo qual as pessoas aceitam serem tratadas como objetos. Lamentavelmente, observamos um processo dantesco desse tríplice idealismo e, por sua vez, acaba por culminar numa dissociação entre a dimensão espiritual, cognoscitiva e volitiva do ser humano. Para piorar a situação, os meandros dessa contextualidade denominada de ‘’Séc. XXI’’ cultuam as proposituras do idealismo forjado pelo filósofo Emmanuel Kant, em sua celebra obra – ‘’a Crítica da Razão Pura’’. Neste trabalho verificamos o quanto a questão do dever (e isto pode ser estendido a responsabilidade, ao compromisso, ao respeito e a dignidade da pessoa humana) adentra numa matéria alinhada a uma interpretação subjetivista, de foro íntimo e destinada ao temerário arbítrio órfão de parâmetros éticos sólidos. Em outras palavras, extraímos o estigma de uma sociedade adestrada pelos ditames do mais extremo relativismo. Tanto espiritual quanto ético! Tanto cognoscitivo quanto volitivo! Tanto individual quanto comunitário e coletivo! De certo, desembarcamos no porto de Gênesis e constataremos a decisão assumida por Adão e Eva incorreu na falácia de que poderiam ser a medida de todas as coisas, o sentido e destino (na pretensão de que alcançariam o mesmo status quo de Deus). Desde então o ser humano tem porfiado por uma realidade imanentista, ou seja, um idealismo subjetivista para determinar o certo e errado, o bem e mal, o justo, a verdade, segundo as suas solitárias convicções. Nota - se, no discurso evocado pelo considerado embrião da filosofia do autoconhecimento, René Descartes, tão somente, o quanto o ser humano carece de certezas contundentes. Deveras, a ruptura pós – moderna tem permeado os arraiais evangélicos e plasmado uma dimensão de cristãos convertidos aos preceitos de uma ética idealista hedonista, utilitarista e individualista. Vale dizer, comprovamos essas análises, a partir do momento em que, dia – a – dia, observamos um discurso direcionado a atender este ou aquele benefício. A tal turno, temas estribados a abordar a relevância da salvação, a cura do ser humano no que toca ao resgate da sua dignidade, de uma mensagem genuinamente cristã compromissada e comprometida em participar da realidade humana. Tristemente, a panorâmica da pós – modernidade tem sido caracterizada por uma escassez, para não dizer ausência completa, de referenciais de valores aptos a edificar os relacionamentos humanos. Presumidamente, a ruptura pós – moderna demonstra a urgência de pormos os vagões descarrilados nos trilhos da liberdade lograda, mediante o sacrifício de Cristo.
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