Palavra do leitor
- 28 de março de 2011
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Rompendo com o orgulho ferido
Leia antes o texto 2º Reis cap. 7 vs. 1 ao 20
Esse texto é muito significativo, quando fazemos uma leitura dele a partir da perspectiva de reação dos leprosos em meio ao caos que Samaria estava enfrentando, e a exclusão social da qual eles eram vítimas de longa data.
Samaria havia sido sitiada pelo exército sirio sob o comando de Ben-Hadad, e agora sofria com o bloqueio de entrada de mercadoria em seu território e a conseqüente fome que se instalou e se generalizou por conta do cerco dos inimigos.
A situação era tão cruel, que duas mulheres fizeram um acerto de comerem os próprios filhos para não morrerem levando uma delas a cabo o combinado, o que sabendo o rei, rasgou suas vestes em sinal de indignação e perplexidade.
Diante da situação caótica pela qual atravessavam, surgem quatro personagens que fazem a diferença e são responsáveis diretamente pelo fim da degradação e sofrimento que aquele povo estava experimentando.
Os quatro homens que se destacam nesse enredo são leprosos, que como bem sabemos são excluídos do convívio social pela aplicação da lei que previa que eles fossem segregados e relegados a uma vida solitária longe do cotidiano normal de qualquer ser humano.
Fico imaginando as feridas emocionais que estavam abertas em sua alma, devido a indiferença e rejeição que constantemente sofriam por serem considerados inadequados e impróprios para o relacionamento em comunidade.
Mas aqueles homens que eram tidos como o dejeto da sociedade, tiveram uma atitude mais nobre do que muitos daqueles que se consideram sadios a teriam.
Quando ficaram sabendo que a barra estava limpa no acampamento sirio, não se fecharam como forma de compensar os abusos que sofreram, antes, foram até aqueles que os haviam ferido e repartiram com eles a novidade que seria o ponto final no sofrimento de toda aquela população.
Eles demonstraram com sua atitude de desprendimento e despojamento, que aqueles que são considerados doentes aos olhos da maioria, esses é que muitas vezes são saudáveis pelo conteúdo de dignidade, coragem e altruísmo que carregam dentro de si.
Deus está buscando pessoas dispostas a viverem a realidade do contexto em que vivem sem ufanismos e utopias de blindagem especial, pessoas que queiram crescer em meio as crises e dores, sendo Seu instrumento de transformação para outros, mesmo se sentindo ou sendo considerados inaptos para tal.
É preciso ter iniciativa para romper as barreiras emocionais que foram acumuladas pelos processos de conflitos inter-pessoais, e não ficar indiferente achando que não é problema nosso ser canal de reestruturação e construção de coisas boas na vida até mesmo daqueles que foram responsáveis pelos nossos sofrimentos e frustrações.
Não podemos permitir que as feridas que experimentamos e nos causaram aflições dos mais diversos níveis de intensidade e cárceres emocionais, nos tornem em “egoístas reclusos” que ficam lambendo suas próprias feridas. Precisamos romper com o orgulho ferido, e como bem disse Salomão “Não deixes(ar) de fazer o bem, estando na tua(nossa) mão o poder de fazê-lo” Provérbios cap. 3 vs. 27.
Abaixo uma reflexão de Eloísa de Oliveira
Se você anda com estes dois caras... Você está em péssima companhia !!!
Talvez nada nesse mundo seja tão capaz de nos tornar insensatos quanto o orgulho ferido.
Quando somos atingidos em nossos brios, quando alguém nos machuca a ponto de provocar nossas lágrimas, nossa alma ressentida logo se arma em posição de pronto contra-ataque.
Quantas vezes, por pura mágoa, nos distanciamos de alguém a quem queremos bem...
Por um gesto que nos feriu, acabamos criando, entre nós e essa pessoa, uma intransponível barreira de ressentimento.
Em sua presença, tentamos aparentar indiferença, mostrar que não estamos abalados, que aquela amizade ou aquele amor nenhuma falta nos faz — mas a verdade é que, por dentro, estamos mortificados.
Nessas horas, só nós mesmos sabemos o quanto nos custa manter a pose.
Nosso coração, muitas vezes, sofrido pela distância, anseia por reconciliação.
Sabemos que, sob a mágoa, há um sentido mais precioso, e o motivo de nosso ressentimento por certo não justifica o afastamento eterno.
Esse texto é muito significativo, quando fazemos uma leitura dele a partir da perspectiva de reação dos leprosos em meio ao caos que Samaria estava enfrentando, e a exclusão social da qual eles eram vítimas de longa data.
Samaria havia sido sitiada pelo exército sirio sob o comando de Ben-Hadad, e agora sofria com o bloqueio de entrada de mercadoria em seu território e a conseqüente fome que se instalou e se generalizou por conta do cerco dos inimigos.
A situação era tão cruel, que duas mulheres fizeram um acerto de comerem os próprios filhos para não morrerem levando uma delas a cabo o combinado, o que sabendo o rei, rasgou suas vestes em sinal de indignação e perplexidade.
Diante da situação caótica pela qual atravessavam, surgem quatro personagens que fazem a diferença e são responsáveis diretamente pelo fim da degradação e sofrimento que aquele povo estava experimentando.
Os quatro homens que se destacam nesse enredo são leprosos, que como bem sabemos são excluídos do convívio social pela aplicação da lei que previa que eles fossem segregados e relegados a uma vida solitária longe do cotidiano normal de qualquer ser humano.
Fico imaginando as feridas emocionais que estavam abertas em sua alma, devido a indiferença e rejeição que constantemente sofriam por serem considerados inadequados e impróprios para o relacionamento em comunidade.
Mas aqueles homens que eram tidos como o dejeto da sociedade, tiveram uma atitude mais nobre do que muitos daqueles que se consideram sadios a teriam.
Quando ficaram sabendo que a barra estava limpa no acampamento sirio, não se fecharam como forma de compensar os abusos que sofreram, antes, foram até aqueles que os haviam ferido e repartiram com eles a novidade que seria o ponto final no sofrimento de toda aquela população.
Eles demonstraram com sua atitude de desprendimento e despojamento, que aqueles que são considerados doentes aos olhos da maioria, esses é que muitas vezes são saudáveis pelo conteúdo de dignidade, coragem e altruísmo que carregam dentro de si.
Deus está buscando pessoas dispostas a viverem a realidade do contexto em que vivem sem ufanismos e utopias de blindagem especial, pessoas que queiram crescer em meio as crises e dores, sendo Seu instrumento de transformação para outros, mesmo se sentindo ou sendo considerados inaptos para tal.
É preciso ter iniciativa para romper as barreiras emocionais que foram acumuladas pelos processos de conflitos inter-pessoais, e não ficar indiferente achando que não é problema nosso ser canal de reestruturação e construção de coisas boas na vida até mesmo daqueles que foram responsáveis pelos nossos sofrimentos e frustrações.
Não podemos permitir que as feridas que experimentamos e nos causaram aflições dos mais diversos níveis de intensidade e cárceres emocionais, nos tornem em “egoístas reclusos” que ficam lambendo suas próprias feridas. Precisamos romper com o orgulho ferido, e como bem disse Salomão “Não deixes(ar) de fazer o bem, estando na tua(nossa) mão o poder de fazê-lo” Provérbios cap. 3 vs. 27.
Abaixo uma reflexão de Eloísa de Oliveira
Se você anda com estes dois caras... Você está em péssima companhia !!!
Talvez nada nesse mundo seja tão capaz de nos tornar insensatos quanto o orgulho ferido.
Quando somos atingidos em nossos brios, quando alguém nos machuca a ponto de provocar nossas lágrimas, nossa alma ressentida logo se arma em posição de pronto contra-ataque.
Quantas vezes, por pura mágoa, nos distanciamos de alguém a quem queremos bem...
Por um gesto que nos feriu, acabamos criando, entre nós e essa pessoa, uma intransponível barreira de ressentimento.
Em sua presença, tentamos aparentar indiferença, mostrar que não estamos abalados, que aquela amizade ou aquele amor nenhuma falta nos faz — mas a verdade é que, por dentro, estamos mortificados.
Nessas horas, só nós mesmos sabemos o quanto nos custa manter a pose.
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Sabemos que, sob a mágoa, há um sentido mais precioso, e o motivo de nosso ressentimento por certo não justifica o afastamento eterno.
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