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Palavra do leitor

Revolução: fragmentos e reflexões dos espelhos?

Por que não falamos mais de revoluções e muito menos a cogitamos? Será que essa palavra pertence definitivamente as prateleiras do passado? Nada mais se nota, diante do cenário da denominada pós – modernidade, sobre uma inclinação para alterar o script de uma realidade submetida ao ter, como pano de fundo de uma geração sem esperança, sem fé, sem transcendência e sem paixão pela vida. De certo, muitas revoluções surgiram com a conotação de mudar as regras do jogo.Infelizmente, tão somente, pode ser observada a mudança do disco e a permanência da mesma violação ao respeito e a dignidade do ser humano. Ora, a revolução islâmica, de 1979, no Irã, encabeçada pelos aiatolás, submergiu toda e qualquer concepção dos direitos e dos deveres da liberdade de escolha numa dantesca obscuridade.

A revolução comunista na China sufocou e solapou todo eco de objeção. Mais atrás, a revolução industrial sedimentou um processo corrosivo de coisificação do ser humano, ou uma peça descartável dentro de um complexo de interesses. Ah, a revolução de 1964, aqui no Brasil, acarretaram retrocessos, até hoje percebidos. Então, de qual revolução falo? Ultimamente, chego a conclusão de carecemos de uma revolução dos espelhos. Aliás, esses espelhos simbolizam recolocar o semelhante no roteiro, nos rumos da nossa existência e no sentido da existência da fé cristã nas pautas da vida. Digo isso, em função de ser inviável negarmos o quanto o ser humano avançou galopantemente nas esferas da ciência e da tecnologia. Os ipod (s) e uma multiplicidade de instrumentos da tecnologia da informação nos proporcionam uma significativa mudança na noção de tempo e espaço. A internet nos oferece um resumo visualizador do que acontece noutro lado mundo, como se estivéssemos ao lado. Sem nenhuma hipocrisia, retornar para uma contextualidade desvencilhada de tantos aparatos e amparos oferecidos pelo desenvolvimento soa como algo piegas e estúpido. Agora, de tudo isso, vivenciamos a bifurcação de um mundo de conectados e esquecidos. Afinal de contas, em meio a tantas marcas de uma inserção ao mundo do consumismo, muitas nem sequer tiveram suas agendas de uma vida decente atendidas. Lamentavelmente, quem se vale do transporte ferroviário percebe, notória e nitidamente, o estado de descaso das autoridades constituídas. Nessa corrida tresloucada por ser aprovado e ser admitido num sistema de aquisição e descartamento, o outro não se torna em próximo e nada mais serve do que ser um meio para lograrmos nossos anseios. Deve ser dito, desdobramo – nos em uma multiplicidade de especializações para ganhar mais, para adquirir mais, para ampliar mais, para mais e mais num círculo vicioso e doentio. Pouco importa se há o outro lado, o próximo, a vida... Sem pestanejar, as palavras proferidas por Jesus, em Mateus 05, sedimenta uma revolução de fragmentos e reflexões dos espelhos. Em outras palavras, os fragmentos demonstram uma sociedade escasseada do quão salutar é e representa a via de interdependência e os reflexos dos espelhos enfatizam a coragem para redescobrir, para recolocar e para redimensionar o sentido da fé cristã, mediante a percepção de que o sacrifício estabelecido na Cruz focou e foca o semelhante. Deveras, cada vez mais, estamos num mundo de aptos e inaptos, de escolhidos e rejeitados, de paradigmas de uma sociedade plastificada e siliconada a venda, de um sucesso ilusório e sem o reflexo do próximo. A grosso modo, reitero: - De qual revolução falo? Ouso descrevê – las, através do texto abaixo:‘’pequenas revoluções, nas trilhas de cada pedaço, dão a forma da liberdade; diria, despida das indumentárias de subjugar, de rotular e de arruinar a simplicidade do olhar, das lágrimas e do riso;nada mais, nada menos sem se esconder no passado sobre o reflexo da esperança, submergir na coragem, abrir a porta do presente e formar o futuro com o próximo; ouvir mais para os recomeços, servis mais para as mudanças e tolerar mais para as fronteiras’’...

Presumidamente, os ensinamentos de Jesus abrem a perspectiva em prol de uma existência pela santidade, ou seja, de uma transparência abraçada por uma esperança genuína, por reconhecer a trajetória do evangelho em direção a vida, com suas agruras, com suas vicissitudes, com suas ambigüidades, com suas tensões, com suas idas e vindas. Vamos adiante, qual o sentido de um Cristianismo amalgamado a uma cultura de aparências, de suntuosidade, compactuada com o poder do ter e com a simbiose do sucesso? Quantos discursos apoteóticos de líderes – ícones? Quantas apologias em prol de um avivamento revolucionário que, na sua origem, não passa de ufanias e interesses escusos? Quantas vertentes de um evangelho utilitário e relativismo, de uma fé e uma ética relativista? Eis a decisão a ser respondida, por cada um de nós. Nota – se também, baixar as armas e reconhecer que nem sempre acertaremos, de que há rasuras nas linhas da vida, de não o semelhante como um troféu. Por fim, a revolução dos fragmentos e do reflexo dos espelhos.
São Paulo - SP
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