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Palavra do leitor

Retinas de lágrimas

Os livros voltados a abordar as diferenças entre homens e mulheres tem ganhado uma dimensão notória, nos últimos anos.

Muito embora as peculiaridades e dicotomias não sejam de hoje, torna - se vital reconhecermos o quanto as mulheres adentram, como personagens desbravadoras, na história da humanidade. Não dá e incorreríamos numa estupidez, as mulheres conquistam e logram espaços até então redutos demarcados pelos e aos homens.

Devo deixar bem aclarado, ando a léguas de distância de enfileirar - me em apologias feministas radicais e ambíguas, açular uma pueril e anódina guerra dos sexos. Opostamente, procuro realçar as mulheres da cada dia, expressamente, sobrepujadoras de um cotidiano de demandas sugadoras da paz, da justiça e da alegria.

De maneira lúgubre, ainda nos deparamos com os estigmas de uma violência desenfreada em face das mulheres. Os índices de homicídios, lesões corporais gravíssimas, estupros, hostilidades, agressões e postura infames constituem um contingente colossal na aferição de dados de violência e degradação da mulher.

É bem verdade, ecos de objeção apontaram exageros e despautérios nessas colocações; no entanto, ainda carecemos, com urgência, de uma profunda e candente revolução de princípios e preceitos no tocante a agirmos com respeito e dignidade, diante de cada mulher.

Malgrado tudo isso, elas se embrenham, permeiam, plasmam e traçam suas singularidades nas mais diversificadas profissões.

São motoristas de ônibus, de táxis, de aviões...

São mãos hábeis e empenhadas na construção civil, nas oficinas mecânicas...

São cada vez mais atuantes nas instâncias públicas, científicas, organizacionais, acadêmicas e por ai vai...

Vou além e as reputo como genuínas retinas de lágrimas.

Aliás, lágrimas de candura, de transcendência, de enfrentar a dor no soar do choro de um recém - nascido, na partida da prole.

Por mais que venhamos tampar o sol com a peneira, Deus, induvidosamente, acertou e não cometeu nenhum, mais nenhum equívoco na constituição da mulher.

Aproveito, então, a oportunidade e percebo o quanto Jesus reconheceu, notou e ressaltou o papel fluente e fundamental da mulher na propagação de seu ministério.

Acredito, piamente, o pomo de discórdia, ou um dos mais acentuados, entre os corações herméticos do farisaísmo e Jesus, esteve nessa inserção e concepção do espaço da mulher na própria existência com fala, com reação, com não, com emoção, com resposta, com escolha, com volição, com uma dimensão cognitiva, espiritual, psicossomática e social.

Sem hesitar, desde a infância tinha uma impressão de uma participação e presença da mulher destinada a ser uma réstia no seio da igreja evangélica.

Deveras, sou impelido a rever concernentes interpretações e me deparar com a precipualidade de cada uma delas na corporificação do evangelho, em nossos dias.

Neste ponto, sem qualquer pieguice, como enfrentamos e lidamos a temática de a Igreja ser uma voz ativa e atuante no que alude a proporcionar uma participação contundente e salutar no âmbito de nossas comunidades?

Valho – me dessas ponderações e levanto a questão de não fecharmos os olhos para discursos patológicos, ainda discorridos em muitos arraiais, de que a mulher, malgrado apanhe do marido, deve permanecer fiel até sua conversão.

Evidentemente, por ora, tão somente, procuro enfocar a coerência de não sermos coniventes com práticas contumazes de conceber a mulher numa espécie de personagem secundária.

Independentemente de ser homem ou de ser mulher, todos somos imagem e semelhança de Deus. Vou adiante, procuro abarcar a derrocada de olhares discriminadores com relação as mulheres divorciadas.

De maneira nenhuma, devemos tolher das nossas irmãs o direito e a condição de recomeçar suas trajetórias e, com esmero e cordialidade, a Igreja deve recepcionar a todos a efeito de serem submergidos na Graça Salvífica.

As vezes, fico estarrecido quando ouço determinadas pessoas pintarem quadros pejorativos, em função de uma irmã ser mãe solteira, ou divorciada. Eis o desafio a ser soerguido pelos cristãos, ou seja, não fazer uma incursão a banalização do evangelho e não ir a direção de uma ufania radicalista desfiguradora das pessoas.

Abro um parêntese e elucubro nas personagens da família de Davi, Mical, por exemplo.

Quantas rusgas travadas e firmadas com o denominado ‘’homem segundo o coração de Deus’’.

Se há algum culpado, não posso rotular Mical e muito menos nomeio Davi. Cumpre salientar, Deus se encarnou como ser humano, perfez a trajetória até a crucificação como ser humano e ressuscitou como ser humano ideal em prol das empresárias, das passadeiras, das pastoras, das cozinheiras, das estudantes, das mães, das tias, das miríades de mulheres.

Por último, agradeço a Deus pela vida de vocês e possamos ser de fato sal e luz, amparo e aparato em prol do ser humano.
São Paulo - SP
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