Palavra do leitor
- 17 de setembro de 2009
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Repense sua religiosidade
A religiosidade pós-moderna precisa ser repensada. As vezes a cegueira religiosa é algo tão nefasto que faz-se cruezas em nome da religião desde que seja para conservar os rituais, cerimônias, que os seus lideres e representantes consideram importantes. Claro que isso não é novo, basta apenas olhar para história. Porém, acho que valha a reflexão.
Em (Jo 18.28-30) quando os lideres religiosos, levaram Jesus para o Pretrório, eles não quiseram entrar para evitar contaminação cerimonial, pois a intenção deles era de participarem da Páscoa.
Mas interessante é a trama que se decorria por detrás. Porque na verdade eles levavam Jesus não apenas para ser julgado por Caifás e Pilatos, eles o levaram para ser crucificado. Que religião é essa, onde os rituais eram mais importantes que a vida de um homem? E olha que esse, era inocente em toda sua conduta.
Na verdade, toda essa crueldade estava revelada através de todo o contexto da caminhada de Jesus confrontando com a religiosidade dos fariseus. Quantas vezes eles censuraram Jesus por ter curado algum enfermo no Sábado? O paralítico de Betesda (Jo 5.1-12), o cego de nascença (Jo 9.1-20) e outras passagens mais.
A nossa realidade não foge disso também. O que acontece hoje tem muito a ver com a realidade dos dias de Jesus. As pessoas continuam cometendo os mesmos equívocos religiosos. Alguns ajuntamentos que vemos, dá até angustia de tanta “pompa”, “glamour”, “formalidades” do que um ajuntamento leve e menos opressor. A religiosidade em todos os âmbitos continua sendo tão esmagadora e cruel. Trocamos pessoas por programas, ritos, mega-eventos, etc. Sim, existe uma inversão terrível, pois tudo o que era para ser acolhedor, leve, generoso, torna-se tão avassalador quanto os sistemas seculares.
Cegos, os religiosos mataram o Filho de Deus. Cegos, os religiosos continuam sacrificando muita gente, “sorte” de quem sobreviver. E, olha que tenho encontrado “poucos” sobreviventes, e muitos que aderiram ao sistema, mas que lentamente querem “sair do guarda-roupa”. Pena que só lhes faltam coragem, talvez faltem ter a intuição que estão sendo encorajados.
Creio que há uma necessidade cada dia maior de gente quem em nome do amor, aprenda a ser mais tolerante com o próximo, mesmo dentro de suas errôneas ideologias. Porque afinal de contas, o propósito maior da Cruz, foi alcançar as pessoas, vidas, e não formar uma religião “oficial” com o poder de condenar ou absolver segundo os moldes dogmáticos.
Pois é, os homens queriam crucificar Jesus e ao mesmo tempo, não se contaminar entrando na Casa do Governador. Que paradoxo assustador. Lembra-nos muitos que oram, jejuam na semana da ceia, mas fere com palavras e conversas que geram morte, prometendo um falso evangelho, cheio de fantasias e promessas infundadas. Campanhas nas igrejas para as pessoas ficarem “ricas” e usarem Deus apenas como amuleto. Lideres que estão condenando as pessoas ao fogo do inferno dizendo que quem não paga o dízimo é ladrão e consequentemente ladrão não entra no céu. Aderindo texto fora do contexto. Outros que praticam os rituais de forma criteriosa, mas que despreza o principal: "misericórdia quero e não sacrifícios". Gente "justa" na pratica religiosa e levianas no amor. Rígidos no que chamam de doutrina e indolentes na compaixão e longanimidade.
Nós precisamos com maior urgência, rever, repensar re-conceituar nossa religiosidade, nossa forma farisaica de pensar e de fazer. Lembro-me da frase do Teólogo Jacques Ellul, citada por Robert Banks:
“...Uma doutrina só te poder (à parte aquilo que Deus lhe concede) à medida que cria um estilo de vida a medida que é adotada e aceita pelas pessoas que tem um estilo de vida em harmonia com ela...”.
Precisamos entrar em harmonia com as Escrituras, ao menos lutar, ter como ideal, repensar o amor proposto por Jesus de Nazaré ao mundo quando disse: “O meu mandamento é este: Amem-se uns aos outros como eu os amei” (Jo 15.12). Nossa religiosidade está aquém daquilo que deveria ser um verdadeiro cristianismo. Que o Senhor nos ajude a não matar inocentes e ao mesmo tempo querer nos conservar “puro”, sem contaminação para herdar o Reino de Deus. Porque se não, nossa fé, nossa prática, torna-se apenas paganismo com roupagem de cristianismo.
Paz seja convosco!
pastorandresantos.blogspot.com
Em (Jo 18.28-30) quando os lideres religiosos, levaram Jesus para o Pretrório, eles não quiseram entrar para evitar contaminação cerimonial, pois a intenção deles era de participarem da Páscoa.
Mas interessante é a trama que se decorria por detrás. Porque na verdade eles levavam Jesus não apenas para ser julgado por Caifás e Pilatos, eles o levaram para ser crucificado. Que religião é essa, onde os rituais eram mais importantes que a vida de um homem? E olha que esse, era inocente em toda sua conduta.
Na verdade, toda essa crueldade estava revelada através de todo o contexto da caminhada de Jesus confrontando com a religiosidade dos fariseus. Quantas vezes eles censuraram Jesus por ter curado algum enfermo no Sábado? O paralítico de Betesda (Jo 5.1-12), o cego de nascença (Jo 9.1-20) e outras passagens mais.
A nossa realidade não foge disso também. O que acontece hoje tem muito a ver com a realidade dos dias de Jesus. As pessoas continuam cometendo os mesmos equívocos religiosos. Alguns ajuntamentos que vemos, dá até angustia de tanta “pompa”, “glamour”, “formalidades” do que um ajuntamento leve e menos opressor. A religiosidade em todos os âmbitos continua sendo tão esmagadora e cruel. Trocamos pessoas por programas, ritos, mega-eventos, etc. Sim, existe uma inversão terrível, pois tudo o que era para ser acolhedor, leve, generoso, torna-se tão avassalador quanto os sistemas seculares.
Cegos, os religiosos mataram o Filho de Deus. Cegos, os religiosos continuam sacrificando muita gente, “sorte” de quem sobreviver. E, olha que tenho encontrado “poucos” sobreviventes, e muitos que aderiram ao sistema, mas que lentamente querem “sair do guarda-roupa”. Pena que só lhes faltam coragem, talvez faltem ter a intuição que estão sendo encorajados.
Creio que há uma necessidade cada dia maior de gente quem em nome do amor, aprenda a ser mais tolerante com o próximo, mesmo dentro de suas errôneas ideologias. Porque afinal de contas, o propósito maior da Cruz, foi alcançar as pessoas, vidas, e não formar uma religião “oficial” com o poder de condenar ou absolver segundo os moldes dogmáticos.
Pois é, os homens queriam crucificar Jesus e ao mesmo tempo, não se contaminar entrando na Casa do Governador. Que paradoxo assustador. Lembra-nos muitos que oram, jejuam na semana da ceia, mas fere com palavras e conversas que geram morte, prometendo um falso evangelho, cheio de fantasias e promessas infundadas. Campanhas nas igrejas para as pessoas ficarem “ricas” e usarem Deus apenas como amuleto. Lideres que estão condenando as pessoas ao fogo do inferno dizendo que quem não paga o dízimo é ladrão e consequentemente ladrão não entra no céu. Aderindo texto fora do contexto. Outros que praticam os rituais de forma criteriosa, mas que despreza o principal: "misericórdia quero e não sacrifícios". Gente "justa" na pratica religiosa e levianas no amor. Rígidos no que chamam de doutrina e indolentes na compaixão e longanimidade.
Nós precisamos com maior urgência, rever, repensar re-conceituar nossa religiosidade, nossa forma farisaica de pensar e de fazer. Lembro-me da frase do Teólogo Jacques Ellul, citada por Robert Banks:
“...Uma doutrina só te poder (à parte aquilo que Deus lhe concede) à medida que cria um estilo de vida a medida que é adotada e aceita pelas pessoas que tem um estilo de vida em harmonia com ela...”.
Precisamos entrar em harmonia com as Escrituras, ao menos lutar, ter como ideal, repensar o amor proposto por Jesus de Nazaré ao mundo quando disse: “O meu mandamento é este: Amem-se uns aos outros como eu os amei” (Jo 15.12). Nossa religiosidade está aquém daquilo que deveria ser um verdadeiro cristianismo. Que o Senhor nos ajude a não matar inocentes e ao mesmo tempo querer nos conservar “puro”, sem contaminação para herdar o Reino de Deus. Porque se não, nossa fé, nossa prática, torna-se apenas paganismo com roupagem de cristianismo.
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