Palavra do leitor
- 05 de dezembro de 2018
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Rei confesso
Lamentávamos num grupo de Whatsapp a necessidade de se passar o Brasil a limpo. Um amigo então comentou: Se for assim eremos que passar os últimos 500 anos a limpo, quando os portugueses chegaram e tomaram nossas terras. Logicamente fiquei pensando quem eram para meu amigo petista "os portugueses" e quem eram os "nós" cujas terras foram tomadas. A resposta está, indubitavelmente, na narrativa que ele ouviu e propaga.
A narrativa não é somente uma leitura que se faz dos fatos ao bel prazer de nossas interpretações e descolada completamente dos fatos em si.
Criancinhas têm certos comportamentos engraçados. Uma diz você é boba, e a outra replica "É mentira" - e tampa os ouvidos. Adultos não são diferentes e se comportam às vezes como crianças: É mentira, foi golpe! E tampam os ouvidos.
Qual a narrativa acertada? Qual ficará para história e por quanto tempo?
Em um desses emaranhados psico-sócio-político, Pilatos pergunta para Jesus, O que é a verdade?
Era como se ele dissesse: Existe por acaso alguma narrativa verdadeira? Não, não me venha com essa. O que é isso? Jovem Galileu, já ouvi tanta coisa. Já presenciei tanto dito e não dito. Já vivi o suficiente para afirmar que a verdade é algo relativo, incerto, abstrato, maleável e, portanto, inseguro, inexistente. O que é afinal a verdade? Já descobri que quem manda é que cria a verdade através de sua versão do fatos, de sua narrativa. Então se prepare, eis a narrativa oficial do seu caso:
No seu processo, está claro que você está sendo perseguido por inveja. Mas em um governo democrático, como o meu, estou aqui para fazer a vontade do povo e a maioria votou para crucificá-lo. Estou aqui também para cumprir ordens de César, e ele não tolera outro Rei além dele mesmo ou dos instituídos por ele. E você é rei confesso. E minha acusação é essa, você é o Rei do Judeus e receberá a pena cabível por esse seu crime, morte e de cruz – Eis a narrativa oficial, do império romano.
E a narrativa bíblica? Aquela divina, a absoluta. É achada em diversas partes da Bíblia, está ali fragmentada desde Gênesis – este te ferirá a cabeça – até Apocalipse – o cordeiro que foi morto, mas vive. Aflora em Isaías 53, aprouve a Deus moê-lo. A narrativa da redenção, da graça, do amor de Deus pelo mundo a ponto de entregar o seu Filho unigênito, como propiciação pelos nossos pecados.
Em uma, o triunfo do império, massacrando suas colônias, os povos, os indivíduos; em outra, a redenção de todo aquele que crê, de indivíduos, de povos, de nações e, portanto, do mundo.
"Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz". João 18:37
A narrativa não é somente uma leitura que se faz dos fatos ao bel prazer de nossas interpretações e descolada completamente dos fatos em si.
Criancinhas têm certos comportamentos engraçados. Uma diz você é boba, e a outra replica "É mentira" - e tampa os ouvidos. Adultos não são diferentes e se comportam às vezes como crianças: É mentira, foi golpe! E tampam os ouvidos.
Qual a narrativa acertada? Qual ficará para história e por quanto tempo?
Em um desses emaranhados psico-sócio-político, Pilatos pergunta para Jesus, O que é a verdade?
Era como se ele dissesse: Existe por acaso alguma narrativa verdadeira? Não, não me venha com essa. O que é isso? Jovem Galileu, já ouvi tanta coisa. Já presenciei tanto dito e não dito. Já vivi o suficiente para afirmar que a verdade é algo relativo, incerto, abstrato, maleável e, portanto, inseguro, inexistente. O que é afinal a verdade? Já descobri que quem manda é que cria a verdade através de sua versão do fatos, de sua narrativa. Então se prepare, eis a narrativa oficial do seu caso:
No seu processo, está claro que você está sendo perseguido por inveja. Mas em um governo democrático, como o meu, estou aqui para fazer a vontade do povo e a maioria votou para crucificá-lo. Estou aqui também para cumprir ordens de César, e ele não tolera outro Rei além dele mesmo ou dos instituídos por ele. E você é rei confesso. E minha acusação é essa, você é o Rei do Judeus e receberá a pena cabível por esse seu crime, morte e de cruz – Eis a narrativa oficial, do império romano.
E a narrativa bíblica? Aquela divina, a absoluta. É achada em diversas partes da Bíblia, está ali fragmentada desde Gênesis – este te ferirá a cabeça – até Apocalipse – o cordeiro que foi morto, mas vive. Aflora em Isaías 53, aprouve a Deus moê-lo. A narrativa da redenção, da graça, do amor de Deus pelo mundo a ponto de entregar o seu Filho unigênito, como propiciação pelos nossos pecados.
Em uma, o triunfo do império, massacrando suas colônias, os povos, os indivíduos; em outra, a redenção de todo aquele que crê, de indivíduos, de povos, de nações e, portanto, do mundo.
"Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz". João 18:37
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