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Palavra do leitor

Reformados ou Deformados: Deus nos livre da arrogância calvinista

O movimento reformado está em alta no Brasil. Um bom time de teólogos e pastores dessa linha ganha cada vez mais espaço entre os evangélicos (principalmente os mais jovens). E as mídias sociais têm sido, talvez até mais que os livros, as principais plataformas de fomento e propagação do pensamento calvinista.

De fato, a tradição teológica reformada é historicamente rica, biblicamente sólida e conceitualmente ampla, abrangendo um universo de temas (religião, política, economia, cultura, educação, arte, etc.).

A teologia é boa, mas alguns de seus representantes nem tanto. Há "morte na panela" dos reformados. Falo do defeito mais antigo do coração humano: o orgulho. Orgulho que se traduz muitas vezes em esnobismo intelectual, arrogância argumentativa e exclusivismo inviabilizador do diálogo. E por falar em panela, é exatamente essa a figura que me surge à mente quando penso em alguns círculos de pensadores calvinistas: um grupo fechado, centrados em si mesmos e que pensam ser a última bolacha do pacote, os sucessores diretos de João Calvino, os guardiães da verdadeira fé protestante, os messias salvadores do perdido movimento evangélico brasileiro, os donos do "mapa do tesouro" para uma igreja saudável.

Não faz muito tempo, assisti a um vídeo no YouTube em que um pastor reformado era interrogado com a seguinte questão: "Por que você é calvinista?". E a resposta foi curta e direta: "Porque tenho uma Bíblia em casa". Chuvas de comentários positivos podiam ser lidos abaixo do vídeo, a maioria feita por jovens "calvinólatras" (pelo menos foi a impressão que tive). Será que um irmãos arminiano é um falso crente, um analfabeto bíblico, um apóstata, um herege, um corruptor das Escrituras? Então só quem é calvinista pode ler a Bíblia com as lentes corretas ou, melhor, pode se considerar um verdadeiro cristão? Quanta arrogância em uma única frase.

Creio não ser esse o caminho. É preciso lembrar aos teólogos da vaidade e da soberba acadêmica que a teologia é apenas um caminho, um instrumento de reflexão e não um fim em si mesma. É preciso lembrar aos calvinistas idólatras que o único Deus e Senhor da Igreja é Jesus. É preciso lembrar aos militantes proselitistas reformados que nossa missão é fazer discípulos de Jesus, não de João Calvino. É preciso lembrar às "panelinhas teológicas" que há muita teologia boa e há muito pensador bom fora do círculo calvinista. É preciso lembrar aos exegetas sabichões, "donos" absolutos da Bíblia, exclusivistas e preconceituosos o que disse Agostinho de Hipona: "Nas coisas essenciais a unidade; nas coisas não essenciais, a liberdade; em todas as coisas, a caridade".

Creio que os reformados têm muito a contribuir com a teologia e a práxis eclesiológica do movimento evangélico tupiniquim. Mas os deformados, como a própria palavra já diz, só fomentam as contendas e divisões, deformam ao invés de reformar.

Que Deus nos livre, não da teologia de Calvino, mas do narcisismo de alguns que dizem ser calvinistas.
São Bernardo Do Campo - SP
Textos publicados: 43 [ver]
Site: http://www.crencaevivencia.blogspot.com.br
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