Palavra do leitor
- 09 de dezembro de 2011
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Refletindo sobre" Como será a igreja evangélica brasileira de 2040?"
Concordo em parte com o que foi proposto, mas há implicações na previsão do autor que eu gostaria de considerá-las.
A primeira preocupação que temos é sobre o que fazer com a missão realizada no Brasil. Se por um lado temos as igrejas históricas e centenárias que se mantiveram na retaguarda, temos muito tempo depois, com a chegada dos pentecostais a linha de vanguarda. E se for prudente olhar para o passado na construção de um futuro bom, deparamos então com a difícil tarefa de escolha, e parece-me que o autor já a fez: As históricas tradicionais não pentecostais clássicas.
Em relação ao comportamento do crescimento, adotaria o nome desse movimento de “trânsito evangélico”, sinalizando uma necessidade espiritual intrínseca e velada no inconsciente que vai além do que está sendo oferecido, concordando com a opinião do articulista, as neos com os discursos triunfalistas não conseguirão satisfazer essa demanda. A sociedade moderna tem como característica um forte senso de espiritualidade ensejada no mito, na busca pelo desconhecido, pela transcendência e isso não podemos ignorar. O sábio John Sttot disse que "a sociedade, nessa busca, passa pela igreja, que deveria ser a referência no assunto, sem percebê-la". Será necessário do líder, além da formação muita sensibilidade para o assunto que advêm do poder da oração e uma teologia com ênfase na pneumatologia como foi o caso do pentecostalismo clássico, mas agora sem o fundamentalismo e primando apenas pelo essencial, se não , não é aceita.
Em relação à necessidade de maior formação cabe-nos uma consideração: será que a igreja nunca teve lideres eruditos? Sobretudo nas históricas que tiveram a erudição como principal característica, ou essa análise, neste ponto visa só aos pentecostais e neo-s pentecostais?
Ainda no que tange a formação do líder e na questão da transcendência, assisti uma entrevista poucos dias atrás com o fenômeno literário brasileiro e fiquei atento, num dado momento foi-lhe perguntado como acontecia a inspiração e ele para explicar disse” esses dias ouvi um pastor pregando sobre o dom do amor, eu gostei e disse vou melhorar isso...” foi na bucha, nunca li, fui pesquisar em seus livros e boa parte do que escreve tem seus princípios na bíblia. Ele pega dá outra roupagem e entrega... Nisso ele, de certa forma, responde aos anseios transcendentes da massa leitora e a torna seus discípulos.
Acredito que a igreja deveria dominar esses temas a ela foi entregue a incumbência da mensagem versando em qualquer área teológica, mas para ser ouvida terá que rever alguns conceitos como, por exemplo, o proselitismo. Será necessário ser criativa na entrega dessa mensagem, esse é um desafio. Todos amam a mensagem, mas têm medo do jugo da instituição e isso será determinante daqui pra frente.
Que a igreja já perdeu sua posição privilegiada isso é fato, entretanto não há dificuldade nisso alguns teóricos já anunciaram isso, mas se o Freston não pensou que num mundo globalizado a igreja será apenas uma aldeia a mais, é preciso considerar, pois estou de olho na Europa e seus templos vazios alugados para bares e teatros resultados de uma igreja que sucumbiu ante aos apelos da vida farta. No Brasil, não sou pessimista, mas realista, a tendência tem a mesma cadência e não descarto uma apostasia semelhante, com esses mega templos vazios sendo usado pelos shooping centers da vida. Na verdade o problema não é ser comparada a uma aldeia, mas ser comparada a uma aldeia qualquer. Não há importância, nesse sentido, em como vemos a sociedade e sim com ela nos vê. Isso ressalta quão é relevante a questão da preocupação com a nossa identidade, Jesus teve essa preocupação e nós também devemos ter. No nosso caso é tomarmos consciência das crises que a igreja está vivendo, como a crise de identidade, por exemplo.
É claro que Paul Freston faz essa leitura a partir de uma abordagem sociológica bem fundada e numa estatística bem elaborada e que merece respeito, todavia em se tratando da igreja, considero prematura e arriscada qualquer previsão, mas...
A primeira preocupação que temos é sobre o que fazer com a missão realizada no Brasil. Se por um lado temos as igrejas históricas e centenárias que se mantiveram na retaguarda, temos muito tempo depois, com a chegada dos pentecostais a linha de vanguarda. E se for prudente olhar para o passado na construção de um futuro bom, deparamos então com a difícil tarefa de escolha, e parece-me que o autor já a fez: As históricas tradicionais não pentecostais clássicas.
Em relação ao comportamento do crescimento, adotaria o nome desse movimento de “trânsito evangélico”, sinalizando uma necessidade espiritual intrínseca e velada no inconsciente que vai além do que está sendo oferecido, concordando com a opinião do articulista, as neos com os discursos triunfalistas não conseguirão satisfazer essa demanda. A sociedade moderna tem como característica um forte senso de espiritualidade ensejada no mito, na busca pelo desconhecido, pela transcendência e isso não podemos ignorar. O sábio John Sttot disse que "a sociedade, nessa busca, passa pela igreja, que deveria ser a referência no assunto, sem percebê-la". Será necessário do líder, além da formação muita sensibilidade para o assunto que advêm do poder da oração e uma teologia com ênfase na pneumatologia como foi o caso do pentecostalismo clássico, mas agora sem o fundamentalismo e primando apenas pelo essencial, se não , não é aceita.
Em relação à necessidade de maior formação cabe-nos uma consideração: será que a igreja nunca teve lideres eruditos? Sobretudo nas históricas que tiveram a erudição como principal característica, ou essa análise, neste ponto visa só aos pentecostais e neo-s pentecostais?
Ainda no que tange a formação do líder e na questão da transcendência, assisti uma entrevista poucos dias atrás com o fenômeno literário brasileiro e fiquei atento, num dado momento foi-lhe perguntado como acontecia a inspiração e ele para explicar disse” esses dias ouvi um pastor pregando sobre o dom do amor, eu gostei e disse vou melhorar isso...” foi na bucha, nunca li, fui pesquisar em seus livros e boa parte do que escreve tem seus princípios na bíblia. Ele pega dá outra roupagem e entrega... Nisso ele, de certa forma, responde aos anseios transcendentes da massa leitora e a torna seus discípulos.
Acredito que a igreja deveria dominar esses temas a ela foi entregue a incumbência da mensagem versando em qualquer área teológica, mas para ser ouvida terá que rever alguns conceitos como, por exemplo, o proselitismo. Será necessário ser criativa na entrega dessa mensagem, esse é um desafio. Todos amam a mensagem, mas têm medo do jugo da instituição e isso será determinante daqui pra frente.
Que a igreja já perdeu sua posição privilegiada isso é fato, entretanto não há dificuldade nisso alguns teóricos já anunciaram isso, mas se o Freston não pensou que num mundo globalizado a igreja será apenas uma aldeia a mais, é preciso considerar, pois estou de olho na Europa e seus templos vazios alugados para bares e teatros resultados de uma igreja que sucumbiu ante aos apelos da vida farta. No Brasil, não sou pessimista, mas realista, a tendência tem a mesma cadência e não descarto uma apostasia semelhante, com esses mega templos vazios sendo usado pelos shooping centers da vida. Na verdade o problema não é ser comparada a uma aldeia, mas ser comparada a uma aldeia qualquer. Não há importância, nesse sentido, em como vemos a sociedade e sim com ela nos vê. Isso ressalta quão é relevante a questão da preocupação com a nossa identidade, Jesus teve essa preocupação e nós também devemos ter. No nosso caso é tomarmos consciência das crises que a igreja está vivendo, como a crise de identidade, por exemplo.
É claro que Paul Freston faz essa leitura a partir de uma abordagem sociológica bem fundada e numa estatística bem elaborada e que merece respeito, todavia em se tratando da igreja, considero prematura e arriscada qualquer previsão, mas...
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