Palavra do leitor
- 02 de abril de 2012
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Reencontro entre um ex-cristão evangélico e seus antigos amigos da igreja
Foi marcado um passeio: trilha na Praia do Perigoso, Rio de janeiro. Lá estavam Fabio* e sua esposa, juntamente com seus amigos de longa data, cristãos evangélicos. Todos ali sabiam que o casal já não frequentava igrejas evangélicas, mas isso - pensou Fabio - em nada atrapalharia o passeio.
No encontro pra pegar o ônibus de destino, Fabio cumprimentou, abraçou e beijou seus amigos, que adoravam sua companhia e que, quando o viam, enchiam-no de beijos e palavras bonitas. Mas dessa vez foi diferente. O abraço não estava tão caloroso e o sorriso parecia meio forçado. Um estranho clima de tensão tomou conta do ambiente e Fabio preferiu ignorar isso; aparentemente os outros também o fizeram.
Seguiram viagem e Fabio se juntou aos seus amigos mais chegados, com os quais um dia compartilhara pensamentos e sofrimentos, raramente dúvidas. Não chegaram a tocar no assunto “ir à igreja” e parece que esses amigos, especificamente, não estavam muito interessados nisso. Queriam mesmo era aproveitar o momento com o amigo que quase nunca viam.
Fabio sentiu que alguns ali até queriam compartilhar algo com ele – algo que os incomodava nos seus ambientes religiosos - mas que ao mesmo tempo alguma coisa os impedia de fazer isso.
Ao término do passeio, depois do reencontro, da aventura da trilha e das despedidas, Fabio ficou com a nítida sensação de que, se ainda fosse cristão evangélico, talvez o tratamento que alguns dispensaram a ele teria sido diferente. Percebeu o perigo que está incutido na mente de alguns, a ideia de que só existe vida com Deus e Jesus dentro de alguma instituição religiosa, de preferência – ou unicamente – cristã evangélica. E ficou triste. Alguns amigos pareciam temer a presença dele. Foi tudo muito estranho.
O que Fabio queria era pedir desculpas a alguns que aprenderam com ele. O arrependimento era grande por ter ensinado a eles um “viver com Deus” falso, fomentador de culpa, estranho ao Evangelho e a toda vida de Jesus. Mas a vergonha lhe impediu e foi embora pra sua casa, juntamente com sua esposa, e só repartiu com ela esses pensamentos meses depois.
Talvez algum dia o reencontro entre Fabio e seus antigos amigos seja como era de costume: banhado com alegria, informalidade e muito amor. E, pra que isso aconteça, tanto Fabio quanto seus amigos precisarão aprender muito.
*nome fictício
No encontro pra pegar o ônibus de destino, Fabio cumprimentou, abraçou e beijou seus amigos, que adoravam sua companhia e que, quando o viam, enchiam-no de beijos e palavras bonitas. Mas dessa vez foi diferente. O abraço não estava tão caloroso e o sorriso parecia meio forçado. Um estranho clima de tensão tomou conta do ambiente e Fabio preferiu ignorar isso; aparentemente os outros também o fizeram.
Seguiram viagem e Fabio se juntou aos seus amigos mais chegados, com os quais um dia compartilhara pensamentos e sofrimentos, raramente dúvidas. Não chegaram a tocar no assunto “ir à igreja” e parece que esses amigos, especificamente, não estavam muito interessados nisso. Queriam mesmo era aproveitar o momento com o amigo que quase nunca viam.
Fabio sentiu que alguns ali até queriam compartilhar algo com ele – algo que os incomodava nos seus ambientes religiosos - mas que ao mesmo tempo alguma coisa os impedia de fazer isso.
Ao término do passeio, depois do reencontro, da aventura da trilha e das despedidas, Fabio ficou com a nítida sensação de que, se ainda fosse cristão evangélico, talvez o tratamento que alguns dispensaram a ele teria sido diferente. Percebeu o perigo que está incutido na mente de alguns, a ideia de que só existe vida com Deus e Jesus dentro de alguma instituição religiosa, de preferência – ou unicamente – cristã evangélica. E ficou triste. Alguns amigos pareciam temer a presença dele. Foi tudo muito estranho.
O que Fabio queria era pedir desculpas a alguns que aprenderam com ele. O arrependimento era grande por ter ensinado a eles um “viver com Deus” falso, fomentador de culpa, estranho ao Evangelho e a toda vida de Jesus. Mas a vergonha lhe impediu e foi embora pra sua casa, juntamente com sua esposa, e só repartiu com ela esses pensamentos meses depois.
Talvez algum dia o reencontro entre Fabio e seus antigos amigos seja como era de costume: banhado com alegria, informalidade e muito amor. E, pra que isso aconteça, tanto Fabio quanto seus amigos precisarão aprender muito.
*nome fictício
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