Palavra do leitor
- 16 de setembro de 2015
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Reconhecido na vida de quem não é ninguém
Em muitas situações da Bíblia Sagrada encontramos, como que fossem extraídas sem esforço algum, declarações acerca de Cristo, daqueles que eram socialmente segregados. Não somente declarações, mas um voltar-se para Cristo, de pessoas que eram excluídas do convívio social em virtude de alguma situação na vida, mas reconheceram em Jesus algo que os representantes oficiais da religião, nem que de forma mínima, não conseguiram perceber. Enquanto os líderes religiosos insistiam em seus ritos e preceitos no templo, crendo que a presença divina ainda estava no templo, e tudo aquilo que envolvia a periferia do templo, Jesus, o Messias tão aguardado, estava entrando em Jerusalém montado num burrico (Lc 19.28-44).
Estes segregados sociais, prostitutas, mendigos, inválidos, cobradores de impostos, ladrões, oficiais romanos e toda a sorte de miseráveis e banidos do círculo social e religioso do primeiro século, manifestaram sua opinião acerca do Filho de Deus. E estas opiniões serviram para trazer o fundamento daquilo que hoje chamamos de fé cristã.
Bartimeu, o cego, que mendigava a beira de uma estrada (Mt 20.29-34. Lc 18.35-43), embora chego, conseguir “ver” em Jesus a descendência de Davi, embora um termo popular da época chamar alguém de “Filho de Davi”, Bartimeu gritava “Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim”. Logo, se Jesus era filho de Davi, portanto, era rei de Israel, e o atual rei que governava Israel, governava de forma ilegítima. O filho de Timeu (Bar “filho” + Timeu) trouxe a verdadeira identidade do Messias, o sucessor do trono de Davi.
O ladrão que estava ao lado de Cristo no momento da crucificação (Lc 23.39-43), enquanto seu companheiro de vivência à margem da lei criticava a posição e o discurso de Cristo, ele, de uma vida de criminalidade reconhece em Jesus e declara as expressões mais fortes a cerca de Cristo. Ele primeiramente diz “Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino” (Lc 23.42 ARC), mais uma vez o reinado de Cristo é reconhecido na vida de alguém completamente distante do meio religioso de Israel, e nos minutos finais de vida, e como quem se prostra diante de um soberano, submete-se a vontade daquele que pode todos as coisas, o Messias.
O império romano era o algoz do Israel do primeiro século, Israel estava numa situação de servidão a Roma, por isso, tudo aquilo que representava Roma, as figuras do imperador, a religião pagã de Roma, seu senado, seus políticos, seus cobradores de impostos (publicanos), o seu exército, enfim, tudo era motivo de desprezo por parte da população de judeus. Dentre os romanos, havia um centurião (comandante de cem soldados romanos) que “ouviu falar de Jesus” (Lc 7.3), pois seu empregado estava doente, e, não perdendo tempo, envia alguém para pedir que Jesus cure seu empregado. Mesmo tendo certo prestígio entre os judeus por questões políticas (Lc 7.4-5), era um “romano”, por isso, desprezado. Jesus intenta ir até a casa dele, entretanto, reconhece que sua vida não é digna de receber Jesus, e por isso, somente uma palavra de Cristo será suficiente para que o seu empregado fique curado (Lc 7.7). A fé de um não judeu, ou seja, daquele que não era filho de Abraão, fez com que o próprio “Deus feito homem”, Jesus, se admirasse ao ponto de declarar: “Digo-vos que nem ainda em Israel tenho achado tamanha fé” (Lc 7.9 ARC).
A fé de um comandante romano, a visão de um cego, e o reconhecimento de um ladrão, para muitos daqueles tempos, em virtude do que eram, não havia qualquer valor de fé e espiritualidade, entretanto, das coisas pequenas, insignificantes e desprezíveis é que Deus levanta verdadeiros adoradores.
Estes segregados sociais, prostitutas, mendigos, inválidos, cobradores de impostos, ladrões, oficiais romanos e toda a sorte de miseráveis e banidos do círculo social e religioso do primeiro século, manifestaram sua opinião acerca do Filho de Deus. E estas opiniões serviram para trazer o fundamento daquilo que hoje chamamos de fé cristã.
Bartimeu, o cego, que mendigava a beira de uma estrada (Mt 20.29-34. Lc 18.35-43), embora chego, conseguir “ver” em Jesus a descendência de Davi, embora um termo popular da época chamar alguém de “Filho de Davi”, Bartimeu gritava “Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim”. Logo, se Jesus era filho de Davi, portanto, era rei de Israel, e o atual rei que governava Israel, governava de forma ilegítima. O filho de Timeu (Bar “filho” + Timeu) trouxe a verdadeira identidade do Messias, o sucessor do trono de Davi.
O ladrão que estava ao lado de Cristo no momento da crucificação (Lc 23.39-43), enquanto seu companheiro de vivência à margem da lei criticava a posição e o discurso de Cristo, ele, de uma vida de criminalidade reconhece em Jesus e declara as expressões mais fortes a cerca de Cristo. Ele primeiramente diz “Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino” (Lc 23.42 ARC), mais uma vez o reinado de Cristo é reconhecido na vida de alguém completamente distante do meio religioso de Israel, e nos minutos finais de vida, e como quem se prostra diante de um soberano, submete-se a vontade daquele que pode todos as coisas, o Messias.
O império romano era o algoz do Israel do primeiro século, Israel estava numa situação de servidão a Roma, por isso, tudo aquilo que representava Roma, as figuras do imperador, a religião pagã de Roma, seu senado, seus políticos, seus cobradores de impostos (publicanos), o seu exército, enfim, tudo era motivo de desprezo por parte da população de judeus. Dentre os romanos, havia um centurião (comandante de cem soldados romanos) que “ouviu falar de Jesus” (Lc 7.3), pois seu empregado estava doente, e, não perdendo tempo, envia alguém para pedir que Jesus cure seu empregado. Mesmo tendo certo prestígio entre os judeus por questões políticas (Lc 7.4-5), era um “romano”, por isso, desprezado. Jesus intenta ir até a casa dele, entretanto, reconhece que sua vida não é digna de receber Jesus, e por isso, somente uma palavra de Cristo será suficiente para que o seu empregado fique curado (Lc 7.7). A fé de um não judeu, ou seja, daquele que não era filho de Abraão, fez com que o próprio “Deus feito homem”, Jesus, se admirasse ao ponto de declarar: “Digo-vos que nem ainda em Israel tenho achado tamanha fé” (Lc 7.9 ARC).
A fé de um comandante romano, a visão de um cego, e o reconhecimento de um ladrão, para muitos daqueles tempos, em virtude do que eram, não havia qualquer valor de fé e espiritualidade, entretanto, das coisas pequenas, insignificantes e desprezíveis é que Deus levanta verdadeiros adoradores.
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