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Palavra do leitor

Quem vive de passado é museu

Eu gosto de lembrar o passado, recordar os velhos tempos vividos e revividos que estão bem vivos na memória. Gosto de lembrar das histórias, dos contos, dos encontros e dos reencontros pela vida afora. O passado aponta para o presente e o presente se espelha no passado, recorda e revive lições que até hoje são contadas e recontadas. Enfim, o passado é você e sou eu, não é apenas um museu esquecido no tempo cheirando a mofo com sua entranha cheia de teia de aranha e cupim a destruir tudo. Não podemos olhar apenas para o presente, valorizar só que se sente, se toca e se vê.

Gosto de recordar a infância, a adolescência, os amigos, as aventuras, as brincadeiras, a escola, o campinho, a bola, o folguedo, o segredo e a alegria vivida naquele tempo. Se não tivesse o passado não teria o presente, se não tivesse a noite escura não teria a luz, as estrelas e as sombras. A questão é valorizar cada coisa a seu tempo e saber conviver com os dois lados da moeda. Só tem um bom presente quem teve um bom passado, só conta histórias quem viveu e tem histórias pra contar. Só ama quem viveu o amor e soube amar. Em cima desta reflexão me disponho a escrever sobre este tema alvissareiro que é o encontro, ou o reencontro do passado com o presente.

Sempre paro e me deparo comigo pensando e repensando nas duas faces desta moeda que nos acompanha pela vida e nos segue vida afora no seu contexto muitas vezes confuso e complexo. O passado vem e nos revisita deixando pairar a sua história ainda viva na memória, muitas vezes como um fantasma a nos perseguir. A gente aprende com o passado e muitas vezes lembra de fatos ocorridos que às vezes nos deixam saudosos e outras vezes nos deixam envergonhados. São nuances dentro da vida, no seu bojo, no contexto que nos seque e nos persegue. Lembrando e meditando, percebendo a diferença daquele tempo com os dias de hoje. Quanta mudança no nosso aprendizado, quanta cobrança no nosso dia a dia vivido, quantas lições aprendidas no decorrer do tempo.

Dentre as coisas que me lembro, além da escola primária está a família e a igreja, a roça e os amigos. Fico imaginando: a gente passava por tanta dificuldade, vivia quase na miséria, mas era feliz, meu pai era o líder pela força e principalmente pelo exemplo como um homem trabalhador e servo de Deus, minha mãe era a guerreira que criou sete filhos e conseguiu cuidar de todos e ainda cuidar da casa. O passado tem lições significativas que devem não apenas serem lembradas, mas, sobretudo, serem aplicadas nos dias de hoje. Entre as coisas lindas vividas está o ensinamento da Palavra de Deus, tanto em casa quanto na igreja. Meu pai era o sacerdote, alguém que muitas vezes se sacrificava e nos abençoava diante de Deus. Nos cultos domésticos eu era o pregador, além de cantor e meus irmãos participavam ativamente do culto sob a direção do meu pai. Eu gosto de lembrar o passado, recordar os velhos tempos vividos e revividos que estão bem vivos na memória. As brincadeiras e até as desavenças tão natural entre crianças e adolescentes. A vida transcorria assim como um rio no seu leito, às vezes calmo, mas muitas vezes agitado.

Este foi o meu passado, o meu itinerário que me trouxe até aqui. São reminiscências que insistem em vir a tona nesta fase da vida. Não posso me esquecer da Bíblia, o livro de cabeceira que comecei a ler ainda muito criança e depois adolescente já como pregador nas igrejas por onde eu passava. Meu pai me levava e se orgulhava de mim, ele era o meu maior incentivador, depois ele se tornou pastor e continuou me incentivando como se eu ainda fosse aquele menino que ele tão bem conheceu. Vida que segue, flor que se abre e depois murcha e cai, meu pai se foi para viver com o Pai e eu fiquei só na orfandade, a igreja mudou, a simplicidade acabou e hoje eu sou apenas um "desligado da igreja", mas ainda mantenho a fé, a esperança e a confiança em Deus, o meu Senhor.

Enfim, Deus sabe todas as coisas e sempre tem o melhor para os seus filhos.
Mogi Guaçu - SP
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