Palavra do leitor
- 19 de maio de 2011
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Quem quer benção?
Que brasileiro ouvindo a pergunta – "Quem quer dinheiro?" não se lembra do apresentador Silvio Santos distribuindo aleatoriamente milhares para uma plateia ávida em lucrar!
Diante da crescente propagação da teologia da prosperidade (que atualmente influencia até mesmo algumas igrejas históricas), meu sincero receio é que em curto prazo as pessoas tenham em mente quando falarem de "pastores evangélicos" um individuo com uma bíblia nas mãos oferecendo e negociando bênçãos divinas – "Quem quer bênçãos?".
Não estou exagerando! Atualmente encontro inúmeras pessoas que carregam consigo a consciência do significado de "pastor evangélico" como uma pessoa habilitada e credenciada para liberar e promover bênçãos divinas de acordo com a demanda momentânea.
Às vezes, chego a duvidar de que algumas lideranças eclesiásticas estejam de fato lendo a Bíblia de Deus. O que parece é que estão lendo a bíblia de Randy Gage, Edir Macedo, Mike Murdok, Kenneth Hagin e outros gurus da prosperidade.
Afirmo que o meu objetivo mais uma vez não é ovacionar o sofrimento como um estilo de vida. Porém, é chocante observar a contradição entre o que as escrituras sagradas chamam de bênçãos divinas e o que muitos líderes religiosos chamam de "bênçãos" na atualidade.
De modo que, torna-se cada vez mais difícil a compreensão por parte da nossa geração em entender o significado, conteúdo e objetivo da verdadeira benção do Senhor.
A alienação bíblica é tão avassaladora em nossos dias que muitos indivíduos pseudocristãos repreenderiam em nome de Jesus qualquer pessoa que lhe dissesse que existe uma benção na "perseguição por causa do evangelho". Mas sabe por que fariam isso? Porque desconhecem as escrituras que diz: "Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa." Mt 5.11
As vezes tenho curiosidade em saber o que pensam esses pseudocristãos mimados adeptos da teologia do conforto sobre algumas afirmações bíblicas e históricas. Por exemplo: o que diriam da consciência e discernimento de Paulo em relação ao prazer: "Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte." II Co 12.10
Qual o posicionamento de lideres amantes de si mesmo diante desta máxima paulina : "Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade." Fl 4.12
O que pensam da frase de Êuplio (um cristão do século III), martirizado por causa do evangelho: "Sou cristão e desejo morrer pelo nome de Cristo”
O que entendem das palavras de Jesus: "...No mundo tereis aflições..." Jo 16.33
O que pensam sobre o significado de alegria para muitos cristãos do século I: "Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus." At 5.41
De fato, existe uma contradição de consciência e leitura do significado do Evangelho entre os primeiros cristãos dos que agora superlotam templos religiosos suntuosos e luxuosos. Para muitos, aquilo que as escrituras sagradas chamam de benção, tem se convertido em maldição, e o que a bíblia classifica como caminho da maldição, tem se tornado conteúdo de pregações e canções com caráter de “bênção do Senhor.”
Não tenho dúvidas de que nesta hora de confusão e apostasia o nosso exercicio precisa ser o do discernimento: "...exercitados para discernir tanto o bem como o mal." Hb 5.14
Diante da crescente propagação da teologia da prosperidade (que atualmente influencia até mesmo algumas igrejas históricas), meu sincero receio é que em curto prazo as pessoas tenham em mente quando falarem de "pastores evangélicos" um individuo com uma bíblia nas mãos oferecendo e negociando bênçãos divinas – "Quem quer bênçãos?".
Não estou exagerando! Atualmente encontro inúmeras pessoas que carregam consigo a consciência do significado de "pastor evangélico" como uma pessoa habilitada e credenciada para liberar e promover bênçãos divinas de acordo com a demanda momentânea.
Às vezes, chego a duvidar de que algumas lideranças eclesiásticas estejam de fato lendo a Bíblia de Deus. O que parece é que estão lendo a bíblia de Randy Gage, Edir Macedo, Mike Murdok, Kenneth Hagin e outros gurus da prosperidade.
Afirmo que o meu objetivo mais uma vez não é ovacionar o sofrimento como um estilo de vida. Porém, é chocante observar a contradição entre o que as escrituras sagradas chamam de bênçãos divinas e o que muitos líderes religiosos chamam de "bênçãos" na atualidade.
De modo que, torna-se cada vez mais difícil a compreensão por parte da nossa geração em entender o significado, conteúdo e objetivo da verdadeira benção do Senhor.
A alienação bíblica é tão avassaladora em nossos dias que muitos indivíduos pseudocristãos repreenderiam em nome de Jesus qualquer pessoa que lhe dissesse que existe uma benção na "perseguição por causa do evangelho". Mas sabe por que fariam isso? Porque desconhecem as escrituras que diz: "Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa." Mt 5.11
As vezes tenho curiosidade em saber o que pensam esses pseudocristãos mimados adeptos da teologia do conforto sobre algumas afirmações bíblicas e históricas. Por exemplo: o que diriam da consciência e discernimento de Paulo em relação ao prazer: "Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte." II Co 12.10
Qual o posicionamento de lideres amantes de si mesmo diante desta máxima paulina : "Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade." Fl 4.12
O que pensam da frase de Êuplio (um cristão do século III), martirizado por causa do evangelho: "Sou cristão e desejo morrer pelo nome de Cristo”
O que entendem das palavras de Jesus: "...No mundo tereis aflições..." Jo 16.33
O que pensam sobre o significado de alegria para muitos cristãos do século I: "Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus." At 5.41
De fato, existe uma contradição de consciência e leitura do significado do Evangelho entre os primeiros cristãos dos que agora superlotam templos religiosos suntuosos e luxuosos. Para muitos, aquilo que as escrituras sagradas chamam de benção, tem se convertido em maldição, e o que a bíblia classifica como caminho da maldição, tem se tornado conteúdo de pregações e canções com caráter de “bênção do Senhor.”
Não tenho dúvidas de que nesta hora de confusão e apostasia o nosso exercicio precisa ser o do discernimento: "...exercitados para discernir tanto o bem como o mal." Hb 5.14
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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