Palavra do leitor
- 12 de janeiro de 2012
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Quem é você, o que faz aqui e para onde vai?
Vivo a difícil tarefa de existir. Por natureza atemporal viajo numa verdadeira Odisséia, só que não cheguei ainda a lugar algum, penso em Odisseu; dezessete anos e já estava em casa. Tem hora que penso estar peregrinando no deserto; lá se foram vinte e um séculos e nada...
Primitiva, me fizeram rainha, agora, moderninha, não passo de uma boneca mal querida; não gostam de mim, mas vivem me botando vestidinho e sapatinho “de fogo”. A tortura acontece na hora de pentear os cabelinhos, por ser na cabeça, que não deveria ser de boneca. Também, de que adianta ter vencido toda essa odisséia; saber que existe ter o poder, mas não poder olhar no espelho? Mas eu não nasci assim, embora tenha crescido assim, sou a noiva, sempre noiva, mas não serei “Gabriela sempre Gabriela”. Não. Isso não é crise de identidade, sei exatamente quem; sou só preciso ser descoberta. A imagem do espelho deveria ser de uma arca que não é um iate; lavoura é diferente de plantação, edifício é diferente de prédio e noiva é diferente de boneca, mas isso depende do ponto de vista dos “odiseus” da vida.
Como pode? Evoluir da primitividade para a pós-modernidade; luzes das cidades, dos carros velozes do qual falou Naum; das descobertas dos anos-luz e não haver discernimento para mim? De saber que sou uma espécie de meio ambiente e não uma cápsula protetora e que, partindo dessa percepção, tenho uma irmã mais atemporal que eu, dalém daqui, que se chama eternidade, que não desgruda de Papai? Verificamos então, neste tempo presente, a mesma avidez helenística pelo conhecimento. Lá, justificável dado à pequena idade média; aqui injustamente, na maioridade, idade mor. É o esterco a que Paulo se referiu. Aliás, diga-me, por favor, qual seria a conotação correta de Paulo ao esterco? Como adubo, uma vez que falava aos filósofos e considerava que sua instrução seria proveitosa para edificação dos outros ou no sentido pejorativo mesmo? Eu fico com a segunda.
A meu respeito, a tônica dessa época é a seguinte: Não há tônica! E sim uma grande confusão. Eles querem descobrir quem eu sou para definir o que devo fazer. Vou contar: Já sabem que estou na pós-modernidade, mas não sabem o que devo dizer, ou pior, se devo dizer. Alguns acham que devo calar-me, pois agora os direitos são iguais e, por isso, perdi o direito. Outros dizem que vivo uma metamorfose de fases e agora é a vez das academias; afinal essa cabeça de boneca tem que aprender a falar na pós-modernidade. Tenho que ter um curso. Não! Não falo do curso de teologia, falo da direção; do retorno. Mais uma vez peço-lhes: você acha que tenho que ter um curso ou um curso? A sabedoria moderna brasileira MEC (movimento empreendedor de cursos) acha que sim que tenho que entrar nos eixos para andar nos trilhos e mesmo com uma boa intenção, no máximo seria uma locomotiva tal qual a do saudoso poeta Agepê “lá vem o trem” e que trenzão hem...
Mas afinal, quem sou eu? Por definição, não sei. Só sei que com curso ou sem curso a rota está traçada e nada muda, é para lá que vou; quem vai venha. É o retorno, “... pois encontrei um excelente guia e é Ele que aos céus me leva e seu sangue é quem me faz jus”.
Descobriu? Eu sou você, porque juntos somos a igreja de Jesus.
Primitiva, me fizeram rainha, agora, moderninha, não passo de uma boneca mal querida; não gostam de mim, mas vivem me botando vestidinho e sapatinho “de fogo”. A tortura acontece na hora de pentear os cabelinhos, por ser na cabeça, que não deveria ser de boneca. Também, de que adianta ter vencido toda essa odisséia; saber que existe ter o poder, mas não poder olhar no espelho? Mas eu não nasci assim, embora tenha crescido assim, sou a noiva, sempre noiva, mas não serei “Gabriela sempre Gabriela”. Não. Isso não é crise de identidade, sei exatamente quem; sou só preciso ser descoberta. A imagem do espelho deveria ser de uma arca que não é um iate; lavoura é diferente de plantação, edifício é diferente de prédio e noiva é diferente de boneca, mas isso depende do ponto de vista dos “odiseus” da vida.
Como pode? Evoluir da primitividade para a pós-modernidade; luzes das cidades, dos carros velozes do qual falou Naum; das descobertas dos anos-luz e não haver discernimento para mim? De saber que sou uma espécie de meio ambiente e não uma cápsula protetora e que, partindo dessa percepção, tenho uma irmã mais atemporal que eu, dalém daqui, que se chama eternidade, que não desgruda de Papai? Verificamos então, neste tempo presente, a mesma avidez helenística pelo conhecimento. Lá, justificável dado à pequena idade média; aqui injustamente, na maioridade, idade mor. É o esterco a que Paulo se referiu. Aliás, diga-me, por favor, qual seria a conotação correta de Paulo ao esterco? Como adubo, uma vez que falava aos filósofos e considerava que sua instrução seria proveitosa para edificação dos outros ou no sentido pejorativo mesmo? Eu fico com a segunda.
A meu respeito, a tônica dessa época é a seguinte: Não há tônica! E sim uma grande confusão. Eles querem descobrir quem eu sou para definir o que devo fazer. Vou contar: Já sabem que estou na pós-modernidade, mas não sabem o que devo dizer, ou pior, se devo dizer. Alguns acham que devo calar-me, pois agora os direitos são iguais e, por isso, perdi o direito. Outros dizem que vivo uma metamorfose de fases e agora é a vez das academias; afinal essa cabeça de boneca tem que aprender a falar na pós-modernidade. Tenho que ter um curso. Não! Não falo do curso de teologia, falo da direção; do retorno. Mais uma vez peço-lhes: você acha que tenho que ter um curso ou um curso? A sabedoria moderna brasileira MEC (movimento empreendedor de cursos) acha que sim que tenho que entrar nos eixos para andar nos trilhos e mesmo com uma boa intenção, no máximo seria uma locomotiva tal qual a do saudoso poeta Agepê “lá vem o trem” e que trenzão hem...
Mas afinal, quem sou eu? Por definição, não sei. Só sei que com curso ou sem curso a rota está traçada e nada muda, é para lá que vou; quem vai venha. É o retorno, “... pois encontrei um excelente guia e é Ele que aos céus me leva e seu sangue é quem me faz jus”.
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