Palavra do leitor
- 15 de setembro de 2014
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Quantos mestres há em sua igreja?
Um sinal da crise aguda que atravessa nossas igrejas é a falta de mestres. Antes de uma breve análise, devemos olhar para o que Bíblia, especialmente o Novo Testamento, diz sobre eles. O termo grego é, didaskalós, ou seja, o O como em veloz, nós, não como em outro, ovo, ok? Pois bem, o termo ocorre 59 vezes no NT. Quarenta e nove nos evangelhos e dez nas cartas e epístolas.
Voltando ao tema do post, percebemos a ausência de mestres em nossas igrejas. De fato, nunca houve muitos deles, mas era mais fácil referenciá-los. E não é por falta de tempo. No Novo Testamento encontramos a igreja em Antioquia (Atos 13:1) com poucos anos de fundação e lá já se encontravam profetas e mestres. Em I Coríntios 12:28, Paulo sequencia as funções importantes na Igreja Primitiva: apóstolos, profetas e mestres… Em Efésios 4:1 o termo aparece em quinto lugar, mas não menos importante. Parece que nos ocupamos em produzir pastores, profetas e esquecemos dos mestres.
O escritor aos Hebreus, adverte em três versículos o seguinte: Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal (Hebreus 5:12-14).
Aí está a inflexão crítica. Não é apenas o tempo que faz o mestre, mas a dedicação e o aprofundamento experimental. Há um fastio generalizado de Bíblia, os salvos não querem orar, muito menos buscar a vontade de Deus. O resultado: crentes meninos e sem base teológica. O investimento em música é patente, haja vista os caros instrumentos que as igrejas possuem. Mas no aprendizado fica a dever. Até há faculdades e escolas teológicas, mas o mestre não se faz apenas no aprendizado empírico. É preciso, por exemplo, ter humildade para compreender a necessidade do aluno, por vezes, um novo converso. E isso os livros não ensinam.
Por outro lado, é uma função que enseja muita admiração e isso pode ser venenoso para o caráter de quem ensina. Barclay[1] nos ensina que “o mestre da Igreja assumiu o lugar do rabino na sinagoga. No mundo judaico se afirmava que o dever de um homem para com seu rabino era maior que o devido a seus próprios pais, porque os pais somente o haviam trazido à vida deste mundo, enquanto que o mestre o havia trazido à vida do mundo vindouro“. Donde compreendemos a imensa responsabilidade que pesa sobre o ofício de mestre.
A ausência de mestres verdadeiros é uma pena porque nosso Brasil precisa de pessoas capazes e preparadas para o anúncio das Boas Novas.
Quantos mestres há mesmo em sua congregação?
[1] Barclay, William, Comentario al Nuevo Testamento, CLIE, Volumen 5, 1994
Voltando ao tema do post, percebemos a ausência de mestres em nossas igrejas. De fato, nunca houve muitos deles, mas era mais fácil referenciá-los. E não é por falta de tempo. No Novo Testamento encontramos a igreja em Antioquia (Atos 13:1) com poucos anos de fundação e lá já se encontravam profetas e mestres. Em I Coríntios 12:28, Paulo sequencia as funções importantes na Igreja Primitiva: apóstolos, profetas e mestres… Em Efésios 4:1 o termo aparece em quinto lugar, mas não menos importante. Parece que nos ocupamos em produzir pastores, profetas e esquecemos dos mestres.
O escritor aos Hebreus, adverte em três versículos o seguinte: Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal (Hebreus 5:12-14).
Aí está a inflexão crítica. Não é apenas o tempo que faz o mestre, mas a dedicação e o aprofundamento experimental. Há um fastio generalizado de Bíblia, os salvos não querem orar, muito menos buscar a vontade de Deus. O resultado: crentes meninos e sem base teológica. O investimento em música é patente, haja vista os caros instrumentos que as igrejas possuem. Mas no aprendizado fica a dever. Até há faculdades e escolas teológicas, mas o mestre não se faz apenas no aprendizado empírico. É preciso, por exemplo, ter humildade para compreender a necessidade do aluno, por vezes, um novo converso. E isso os livros não ensinam.
Por outro lado, é uma função que enseja muita admiração e isso pode ser venenoso para o caráter de quem ensina. Barclay[1] nos ensina que “o mestre da Igreja assumiu o lugar do rabino na sinagoga. No mundo judaico se afirmava que o dever de um homem para com seu rabino era maior que o devido a seus próprios pais, porque os pais somente o haviam trazido à vida deste mundo, enquanto que o mestre o havia trazido à vida do mundo vindouro“. Donde compreendemos a imensa responsabilidade que pesa sobre o ofício de mestre.
A ausência de mestres verdadeiros é uma pena porque nosso Brasil precisa de pessoas capazes e preparadas para o anúncio das Boas Novas.
Quantos mestres há mesmo em sua congregação?
[1] Barclay, William, Comentario al Nuevo Testamento, CLIE, Volumen 5, 1994
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