Palavra do leitor
- 16 de fevereiro de 2009
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Quanto vale a sua alma?
"Ninguém pode servir a dois senhores." (Mateus 6:24a)
Há pouco mais de um ano comprei uma fruteira para colocar numa das bancadas da minha cozinha. Ela era de metal cromado, aramada, muito bonita. Não foi das mais baratas, mas achei que valia a pena, pelo bom gosto. A bancada da cozinha, onde a coloquei, era de madeira com revestimento branco.
Há um mês, mais ou menos, notei que a fruteira estava enferrujando. A cromagem do metal pareceu estar cedendo e a ferrugem começou a manchar a bancada. Tentei limpá-la delicadamente várias vezes, mas foi impossível retirar as manchas sem acabar ferindo o revestimento com uma esponja áspera. Depois de um mês buscando uma forma de manter a fruteira no lugar, optei por jogá-la fora, para não comprometer mais a bancada, que havia custado a mim e a meu marido um bom dinheiro, para ser instalada ali.
Lamentei profundamente ter que me desfazer da fruteira, não só porque me lembrei do preço que paguei por ela, como também porque gostava muito dela. Mas, racionalmente, entendi que era mais importante preservar o armário com a bancada, porque eles eram bens muito mais caros, necessários e duráveis.
Há coisas, na vida, que não podem coexistir. Uma prejudica tanto a outra, que é preciso separá-las. Às vezes, até exterminar uma delas. Se insistirmos em mantê-las juntas, é bem provável que alguma marca negativa vá permanecer para sempre. E o mesmo pode acontecer com nossos relacionamentos: há pessoas que são verdadeiros venenos para a nossa auto-estima, para a nossa paz ou para os nossos valores. A convivência com elas nos transforma no pior, assim como piora tudo à nossa volta. Acaba sendo necessário evitá-las, por mais que não desejemos.
Na vida cristã, esse “exercício” de abdicação é uma constante, especialmente em prol da santidade. Há situações, coisas e pessoas que são inconciliáveis com a nossa necessidade de obedecer a Deus e de viver segundo os Seus propósitos. Abrir mão delas é, quase sempre, uma tarefa difícil. De outro lado, enquanto não as deixamos, não nos sentimos engajados na boa, perfeita e agradável vontade do Senhor.
Por essas e outras é que fazem sentido as palavras de Jesus, de que o reino de Deus é tomado por esforço (Mateus 11:12). De fato, é em meio ao “trabalho” duro e às dores das “perdas” que nos mantemos firmes no caminho reto. É custoso, sem dúvida, mas há muitas promessas de que sempre valerá a pena.
Há pouco mais de um ano comprei uma fruteira para colocar numa das bancadas da minha cozinha. Ela era de metal cromado, aramada, muito bonita. Não foi das mais baratas, mas achei que valia a pena, pelo bom gosto. A bancada da cozinha, onde a coloquei, era de madeira com revestimento branco.
Há um mês, mais ou menos, notei que a fruteira estava enferrujando. A cromagem do metal pareceu estar cedendo e a ferrugem começou a manchar a bancada. Tentei limpá-la delicadamente várias vezes, mas foi impossível retirar as manchas sem acabar ferindo o revestimento com uma esponja áspera. Depois de um mês buscando uma forma de manter a fruteira no lugar, optei por jogá-la fora, para não comprometer mais a bancada, que havia custado a mim e a meu marido um bom dinheiro, para ser instalada ali.
Lamentei profundamente ter que me desfazer da fruteira, não só porque me lembrei do preço que paguei por ela, como também porque gostava muito dela. Mas, racionalmente, entendi que era mais importante preservar o armário com a bancada, porque eles eram bens muito mais caros, necessários e duráveis.
Há coisas, na vida, que não podem coexistir. Uma prejudica tanto a outra, que é preciso separá-las. Às vezes, até exterminar uma delas. Se insistirmos em mantê-las juntas, é bem provável que alguma marca negativa vá permanecer para sempre. E o mesmo pode acontecer com nossos relacionamentos: há pessoas que são verdadeiros venenos para a nossa auto-estima, para a nossa paz ou para os nossos valores. A convivência com elas nos transforma no pior, assim como piora tudo à nossa volta. Acaba sendo necessário evitá-las, por mais que não desejemos.
Na vida cristã, esse “exercício” de abdicação é uma constante, especialmente em prol da santidade. Há situações, coisas e pessoas que são inconciliáveis com a nossa necessidade de obedecer a Deus e de viver segundo os Seus propósitos. Abrir mão delas é, quase sempre, uma tarefa difícil. De outro lado, enquanto não as deixamos, não nos sentimos engajados na boa, perfeita e agradável vontade do Senhor.
Por essas e outras é que fazem sentido as palavras de Jesus, de que o reino de Deus é tomado por esforço (Mateus 11:12). De fato, é em meio ao “trabalho” duro e às dores das “perdas” que nos mantemos firmes no caminho reto. É custoso, sem dúvida, mas há muitas promessas de que sempre valerá a pena.
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