Palavra do leitor
- 17 de agosto de 2018
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Quando a religião faz mal
A religião e a fé sem dúvidas alguma tem um grande potencial de promover o bem. Poderia escrever laudas e mais laudas com dezenas e dezenas de ações relevantes das mais diferentes religiões espalhadas pelo mundo no decorrer da história. Injustiças combatidas; violência enfrentada; fome saciada; pobres acolhidos; doentes cuidados; crianças salvas; famílias restauradas; viciados tratados; vidas mudadas e etc. Sem dúvidas alguma a fé faz bem ao individuo e ao mundo!
Se a fé e a religião fazem bem, também é verdade que a má compreensão e vivência dela faz mal. Vejam o exemplo dos religiosos do tempo de Jesus. Homens e mulheres marcados pelo orgulho, intolerantes, insensíveis, radicais, hipócritas, segregatistas, preconceituosos e sanguinários. Tudo isso fruto de uma má compressão e entendimento da fé.
Jesus asseverou o quanto aquela expressão de fé fazia mal: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós. Mateus 23.15
A ação evangelizadora dos fariseus não produziam filhos do Reino, mas filhos do inferno. Tom Hosvestol afirma que esses novos convertidos se tornavam mais farisaicos que os fariseus. O resultado desse pseudo discipulado era a produção em massa de pessoas piores. Ainda hoje vivemos essa realidade, onde pela má compreensão da essência da fé, pessoas passam a viver uma religião totalmente divorciada dos seus verdadeiros propósitos. Como isso é possível? Perceba:
Quando desejamos tanto o céu que nos esquecemos da terra. Quantos que em nome de uma intensa, mas insensata expectativa do Reino na sua dimensão futura se eximem de viverem de forma relevante e engajada a cidadania terrena? De fato religião faz mal quando negamos a terra em nome do céu ou negamos a vida presente em nome da futura. Precisamos sim viver a esperança do céu, mas sem nos eximirmos da missão de ser sal e luz na terra.
Quando buscamos tanto a santidade que nos tornamos orgulhosos. Santidade sem humildade nos conduz a um sentimento de superioridade em relação às pessoas. Esse foi o sentimento do fariseu em relação ao publicano. "Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens…" Lucas 18.11. A religião faz mal quando a santidade desprovida de humildade nos leva a insanidade de nos considerarmos melhores e superiores aos demais homens.
Quando desejamos tanto a piedade que nos tornamos segregatistas. Em nome da piedade, da devoção a Jeová, os fariseus se empenharam em viver de forma isolada das demais pessoas as quais eles classificavam como pecadoras. Um simples aperto de mão deveria ser evitado, pois acreditavam que isso poderia contaminá-los. Hoje me parece que as coisas não são muito diferentes. Uma pesquisa afirma que dois anos depois de uma pessoa se converter todos os seus amigos serão cristãos. Essa é a religião que fazer mal! Precisamos urgentemente entender que a verdadeira piedade nos separa do pecado, não de pessoas.
Quando valorizamos tanto a ortodoxia que nos tornamos intolerantes. Em nome da ortodoxia que é a interpretação correta das escrituras os fariseus se tonaram absolutamente intolerantes. Pela doutrina da santidade praticaram a exclusão social; pelo sábado se tornaram insensíveis ás necessidades humanas e pela condenação do pecado condenaram pessoas. Imergiram tanto em sua teologia que foram capazes até de matar em nome dela. A religião sempre fará mal a aqueles que de forma cega buscam viver a verdade. Ao invés de destilarem amor e misericórdia, destilam o veneno da intolerância, da indiferença e do preconceito.
Quando buscamos tanto o Divino que esquecemos do humano. A religião faz muito mal, quando na busca intensa, mas desequilibrada do Divino no alienamos do humano. É mentirosa a afirmação que Deus nos basta. Se isso fosse verdade, o Criador não teria afirmado "Não é bom que o homem esteja só". A religião faz mal quando exalta a relação com o Divino e despreza a relação com o humano.
Ser pior é uma distorção do verdadeiro propósito da fé, que tem como finalidade para cada homem e mulher a imitação do caráter de Cristo!
Pr. Weslei Pinha – Pastor da Primeira Igreja Batista em Itarantim-BA
Se a fé e a religião fazem bem, também é verdade que a má compreensão e vivência dela faz mal. Vejam o exemplo dos religiosos do tempo de Jesus. Homens e mulheres marcados pelo orgulho, intolerantes, insensíveis, radicais, hipócritas, segregatistas, preconceituosos e sanguinários. Tudo isso fruto de uma má compressão e entendimento da fé.
Jesus asseverou o quanto aquela expressão de fé fazia mal: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós. Mateus 23.15
A ação evangelizadora dos fariseus não produziam filhos do Reino, mas filhos do inferno. Tom Hosvestol afirma que esses novos convertidos se tornavam mais farisaicos que os fariseus. O resultado desse pseudo discipulado era a produção em massa de pessoas piores. Ainda hoje vivemos essa realidade, onde pela má compreensão da essência da fé, pessoas passam a viver uma religião totalmente divorciada dos seus verdadeiros propósitos. Como isso é possível? Perceba:
Quando desejamos tanto o céu que nos esquecemos da terra. Quantos que em nome de uma intensa, mas insensata expectativa do Reino na sua dimensão futura se eximem de viverem de forma relevante e engajada a cidadania terrena? De fato religião faz mal quando negamos a terra em nome do céu ou negamos a vida presente em nome da futura. Precisamos sim viver a esperança do céu, mas sem nos eximirmos da missão de ser sal e luz na terra.
Quando buscamos tanto a santidade que nos tornamos orgulhosos. Santidade sem humildade nos conduz a um sentimento de superioridade em relação às pessoas. Esse foi o sentimento do fariseu em relação ao publicano. "Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens…" Lucas 18.11. A religião faz mal quando a santidade desprovida de humildade nos leva a insanidade de nos considerarmos melhores e superiores aos demais homens.
Quando desejamos tanto a piedade que nos tornamos segregatistas. Em nome da piedade, da devoção a Jeová, os fariseus se empenharam em viver de forma isolada das demais pessoas as quais eles classificavam como pecadoras. Um simples aperto de mão deveria ser evitado, pois acreditavam que isso poderia contaminá-los. Hoje me parece que as coisas não são muito diferentes. Uma pesquisa afirma que dois anos depois de uma pessoa se converter todos os seus amigos serão cristãos. Essa é a religião que fazer mal! Precisamos urgentemente entender que a verdadeira piedade nos separa do pecado, não de pessoas.
Quando valorizamos tanto a ortodoxia que nos tornamos intolerantes. Em nome da ortodoxia que é a interpretação correta das escrituras os fariseus se tonaram absolutamente intolerantes. Pela doutrina da santidade praticaram a exclusão social; pelo sábado se tornaram insensíveis ás necessidades humanas e pela condenação do pecado condenaram pessoas. Imergiram tanto em sua teologia que foram capazes até de matar em nome dela. A religião sempre fará mal a aqueles que de forma cega buscam viver a verdade. Ao invés de destilarem amor e misericórdia, destilam o veneno da intolerância, da indiferença e do preconceito.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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