Palavra do leitor
- 03 de março de 2011
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Quando a emoção é mais forte
Nós somos fortes e muitas vezes até nos julgamos invencíveis. Tripudiamos sobre aqueles que pensamos serem inferiores e zombamos daqueles que ousam cruzar o nosso caminho. Muitas vezes nos consideramos os "donos do pedaço" e fazemos questão de expor a nossa força e as nossas supostas qualidades aos olhos de todos. Enfim, queremos sempre chamar a atenção.
Tantas coisas temos, tantos atributos possuimos, somos tão grandes que conseguimos olhar a todos de cima para baixo com uma visão abrangente e soberana. Somos tão "autênticos" e dominantes que podemos negar até um "bom dia" - algo que nada nos custa. Tudo isto está dentro da nossa visão pessoal como se estivéssemos continuamente diante de um espelho fazendo caretas ou dando risadas. Nos achamos assim e ninguém consegue nos provar o contrário.
Por que somos assim? Com certeza é porque nos sentimos bem assim. Mas será que somos realmente assim? Não, não somos. Muitas vezes fingimos ser assim, mas, efetivamente, não somos assim. Há um momento em que nos "derretemos" e desabamos como se fôssemos uma criança. A nossa petulância, os nossos "valores" nesta hora desaparecem e eis que emerge quem realmente somos: um pote de manteiga exposto ao sol. De repente sai de nós o monstro e entra o ser humano sensível, fragilizado e transparente. Isto já aconteceu comigo e acredito que com a maioria das pessoas.
Quando a emoção é mais forte choramos e assim mostramos quem realmente somos. Quantas vezes me emocionei vendo um pequenos e simples gesto de uma criança e cheguei a traduzir isto em poesia! Na minha coleção de poemas muitos deles retratam esta situação. Talvez sejam os mais lindos que já escrevi. Nesta ora sai o homem arrogante e prepotente e surge uma criança indefesa que só quer sorrir e brincar. Alguém já disse que isto é a presença de Deus em nós. Mas eu creio que Ele sempre está presente. Nós é que muitas vezes não damos lugar a Ele. Afinal, Ele é onipresente.
Recentemente me aconteceu algo na Faculdade onde estudo que me deixou numa situação que é dificil descrever. Eu nunca pensei que um dia isto me fosse acontecer, portanto não estava preparado e fiquei sem saber o que fazer. Eu ameacei mudar de curso ou mesmo desistir dos estudos por vários motivos e quando comuniquei isto à classe a reação foi algo tão emocionante que, com certeza, jamais vou esquecer. Nunca pensei que um dia fosse passar por esta experiência. De repente me senti vazio de mim e impregnado por uma emoção coletiva e quase não consegui me conter. Por que será que a vida faz isto com a gente?
Nós nos julgamos fortes, mas, na verdade, somos crianças. A única diferença é que crescemos e adquirimos algumas manias que acabaram nos prejudicando e levaram de uma só vez a nossa beleza e a nossa inocência. De vez em quando, porém, somos arremessados, tocados, balançados, mexidos e de repente aflora a criança que (ainda) existe em nós. Uma criança adulta é inadmissível, mas um adulto criança é um ser humano perfeito. Quando a emoção é mais forte ficamos mais sensíveis, fragilizados e então emerge em nós quem realmente somos.
Tantas coisas temos, tantos atributos possuimos, somos tão grandes que conseguimos olhar a todos de cima para baixo com uma visão abrangente e soberana. Somos tão "autênticos" e dominantes que podemos negar até um "bom dia" - algo que nada nos custa. Tudo isto está dentro da nossa visão pessoal como se estivéssemos continuamente diante de um espelho fazendo caretas ou dando risadas. Nos achamos assim e ninguém consegue nos provar o contrário.
Por que somos assim? Com certeza é porque nos sentimos bem assim. Mas será que somos realmente assim? Não, não somos. Muitas vezes fingimos ser assim, mas, efetivamente, não somos assim. Há um momento em que nos "derretemos" e desabamos como se fôssemos uma criança. A nossa petulância, os nossos "valores" nesta hora desaparecem e eis que emerge quem realmente somos: um pote de manteiga exposto ao sol. De repente sai de nós o monstro e entra o ser humano sensível, fragilizado e transparente. Isto já aconteceu comigo e acredito que com a maioria das pessoas.
Quando a emoção é mais forte choramos e assim mostramos quem realmente somos. Quantas vezes me emocionei vendo um pequenos e simples gesto de uma criança e cheguei a traduzir isto em poesia! Na minha coleção de poemas muitos deles retratam esta situação. Talvez sejam os mais lindos que já escrevi. Nesta ora sai o homem arrogante e prepotente e surge uma criança indefesa que só quer sorrir e brincar. Alguém já disse que isto é a presença de Deus em nós. Mas eu creio que Ele sempre está presente. Nós é que muitas vezes não damos lugar a Ele. Afinal, Ele é onipresente.
Recentemente me aconteceu algo na Faculdade onde estudo que me deixou numa situação que é dificil descrever. Eu nunca pensei que um dia isto me fosse acontecer, portanto não estava preparado e fiquei sem saber o que fazer. Eu ameacei mudar de curso ou mesmo desistir dos estudos por vários motivos e quando comuniquei isto à classe a reação foi algo tão emocionante que, com certeza, jamais vou esquecer. Nunca pensei que um dia fosse passar por esta experiência. De repente me senti vazio de mim e impregnado por uma emoção coletiva e quase não consegui me conter. Por que será que a vida faz isto com a gente?
Nós nos julgamos fortes, mas, na verdade, somos crianças. A única diferença é que crescemos e adquirimos algumas manias que acabaram nos prejudicando e levaram de uma só vez a nossa beleza e a nossa inocência. De vez em quando, porém, somos arremessados, tocados, balançados, mexidos e de repente aflora a criança que (ainda) existe em nós. Uma criança adulta é inadmissível, mas um adulto criança é um ser humano perfeito. Quando a emoção é mais forte ficamos mais sensíveis, fragilizados e então emerge em nós quem realmente somos.
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