Palavra do leitor
- 22 de junho de 2021
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Qual é o limite da nossa renda? Eu, quero tudo!
O momento que estamos vivendo é bem sugestivo para que possamos reavaliar qual é o limite da nossa porção.
Como conselheiro e consultor na área financeira acompanho algumas pessoas que, após uma análise diagnóstica, chegamos a conclusão da necessidade de fixar um limite nas suas entradas, principalmente quando tal pessoa está vinculada no modelo de receita variável.
O grupo de pessoas que fazem parte deste nicho são os empresários, os autônomos, os vendedores e também alguns lideres religiosos cuja receita está diretamente ligada as entradas. O perigo de não colocarmos um teto para suas receitas é que corremos o risco de fazer qualquer coisa para que possamos ganhar mais e mais. Percebe a importância da fixação do prolabore, do salário ou prebenda pastoral? Se não estabelecermos este teto certamente teremos uma sensação que nunca teremos o suficiente para atender nossos desejos e caprichos e consequentemente repetiremos este hábito ao conduzirmos outros projetos.
Isto me faz lembrar uma texto que escrevi há onze anos atrás sobre "Modelo de Administração Transparente baseado na construção do tabernáculo, descrito pelo próprio Moíses. Na construção do Tabernáculo podemos perceber a excelência na gestão dos recursos e que havia um projeto já escrito onde eles tinha ciência do limite, do quanto realmente precisavam.
Uma das evidências está na citação onde o povo foi proibido em trazer mais:
"Então mandou Moisés que proclamassem por todo o arraial, dizendo: Nenhum homem, nem mulher, faça mais obra alguma para a oferta alçada do santuário. Assim o povo foi proibido de trazer mais" Êxodo 36:6
Que história bem interessante, e talvez até intrigante para alguns, e que certamente nos permite fazer uma profunda reflexão. Isto nos faz repensar realmente qual é o nosso teto, qual é o nosso limite ou nossa verdadeira necessidade?
Anos atrás, recebi uma pergunta de uma pessoa, quando eu almejava um cargo de diretor financeiro quando me perguntou: Enoque, você não consegue enxergar ganhando um valor de diretor financeiro servindo a obra, ou a igreja? Confesso que pensei bem antes de responder, e fui simples e direto em dizer: não. Na verdade naquele momento eu por alguma razão não consegui responder de forma mais efetiva e assertiva, pois o pensamento reinante em meu coração era e é: Não consigo ver a igreja, a obra de Deus, como costumamos chamar como uma plataforma de balcão de negócios.
Óbvio que o obreiro é digno do seu salário, de um valor justo que possa cobrir suas necessidades e da sua família, porém há um limite, há um bom senso e tratando desta área se não houver um conselho, um grupo de pessoas seniors e séria (parece até uma dificuldade encontrar seniors sérios, ao olhar para o nosso cenário político), mas ainda acredito que temos muitas pessoas dignas de confiança, e que pode em algum momento nas nossas decisões financeiras se tornarem um balizador, alguém que possa nos advertir ou nos corrigir na rota.
Desta forma deixo esta reflexão e que possamos de fato ter um olhar mais criterioso ao sondar o nosso velho, teimoso, e enganoso coração que por vezes nos atrapalha em distinguir as nossas necessidades dos nossos desejos.
Cuide bem dos seus números, pois eles dizem muito sobre você.
Estabeleça um limite assim como um critério, pois aquela velha ideia que se pagar bem que mal tem, pode ser o início de uma derrocada financeira sem limites. Por esta razão quantas pessoas já foram expostas na gestão financeira da sua vida, familia, empresa e igrejas.
Quero concluir com uma oração feita por Agur, descrita no livro de provérbios, no capítulo de número trinta:
"Eu te peço, ó Deus, que me dês duas coisas antes de eu morrer: 8não me deixes mentir e não me deixes ficar nem rico nem pobre. Dá-me somente o alimento que preciso para viver. Porque, se eu tiver mais do que o necessário, poderei dizer que não preciso de ti. E, se eu ficar pobre, poderei roubar e assim envergonharei o teu nome, ó meu Deus"
Que Deus nos ajude em entender qual é a nossa porção necessária, nem menos e nem mais.
Este é o desafio que nos foi proposto: Conhecer a nossa porção e não se prender ao patrimônio como se isto fosse nossa total segurança.
Outro ponto extremamente relevante é a transparência financeira, a clareza do que é feito e do como é feito.
Vejo a preocupação de alguns administradores a procura de mais investidores em seus projetos, quando a melhora na transparência é o que falta para que mais pessoas investissem com muito mais satisfação e generosidade.
Acredito piamente que A Prestação de Contas nos protege e acima de tudo gera a confiança necessária.
Como conselheiro e consultor na área financeira acompanho algumas pessoas que, após uma análise diagnóstica, chegamos a conclusão da necessidade de fixar um limite nas suas entradas, principalmente quando tal pessoa está vinculada no modelo de receita variável.
O grupo de pessoas que fazem parte deste nicho são os empresários, os autônomos, os vendedores e também alguns lideres religiosos cuja receita está diretamente ligada as entradas. O perigo de não colocarmos um teto para suas receitas é que corremos o risco de fazer qualquer coisa para que possamos ganhar mais e mais. Percebe a importância da fixação do prolabore, do salário ou prebenda pastoral? Se não estabelecermos este teto certamente teremos uma sensação que nunca teremos o suficiente para atender nossos desejos e caprichos e consequentemente repetiremos este hábito ao conduzirmos outros projetos.
Isto me faz lembrar uma texto que escrevi há onze anos atrás sobre "Modelo de Administração Transparente baseado na construção do tabernáculo, descrito pelo próprio Moíses. Na construção do Tabernáculo podemos perceber a excelência na gestão dos recursos e que havia um projeto já escrito onde eles tinha ciência do limite, do quanto realmente precisavam.
Uma das evidências está na citação onde o povo foi proibido em trazer mais:
"Então mandou Moisés que proclamassem por todo o arraial, dizendo: Nenhum homem, nem mulher, faça mais obra alguma para a oferta alçada do santuário. Assim o povo foi proibido de trazer mais" Êxodo 36:6
Que história bem interessante, e talvez até intrigante para alguns, e que certamente nos permite fazer uma profunda reflexão. Isto nos faz repensar realmente qual é o nosso teto, qual é o nosso limite ou nossa verdadeira necessidade?
Anos atrás, recebi uma pergunta de uma pessoa, quando eu almejava um cargo de diretor financeiro quando me perguntou: Enoque, você não consegue enxergar ganhando um valor de diretor financeiro servindo a obra, ou a igreja? Confesso que pensei bem antes de responder, e fui simples e direto em dizer: não. Na verdade naquele momento eu por alguma razão não consegui responder de forma mais efetiva e assertiva, pois o pensamento reinante em meu coração era e é: Não consigo ver a igreja, a obra de Deus, como costumamos chamar como uma plataforma de balcão de negócios.
Óbvio que o obreiro é digno do seu salário, de um valor justo que possa cobrir suas necessidades e da sua família, porém há um limite, há um bom senso e tratando desta área se não houver um conselho, um grupo de pessoas seniors e séria (parece até uma dificuldade encontrar seniors sérios, ao olhar para o nosso cenário político), mas ainda acredito que temos muitas pessoas dignas de confiança, e que pode em algum momento nas nossas decisões financeiras se tornarem um balizador, alguém que possa nos advertir ou nos corrigir na rota.
Desta forma deixo esta reflexão e que possamos de fato ter um olhar mais criterioso ao sondar o nosso velho, teimoso, e enganoso coração que por vezes nos atrapalha em distinguir as nossas necessidades dos nossos desejos.
Cuide bem dos seus números, pois eles dizem muito sobre você.
Estabeleça um limite assim como um critério, pois aquela velha ideia que se pagar bem que mal tem, pode ser o início de uma derrocada financeira sem limites. Por esta razão quantas pessoas já foram expostas na gestão financeira da sua vida, familia, empresa e igrejas.
Quero concluir com uma oração feita por Agur, descrita no livro de provérbios, no capítulo de número trinta:
"Eu te peço, ó Deus, que me dês duas coisas antes de eu morrer: 8não me deixes mentir e não me deixes ficar nem rico nem pobre. Dá-me somente o alimento que preciso para viver. Porque, se eu tiver mais do que o necessário, poderei dizer que não preciso de ti. E, se eu ficar pobre, poderei roubar e assim envergonharei o teu nome, ó meu Deus"
Que Deus nos ajude em entender qual é a nossa porção necessária, nem menos e nem mais.
Este é o desafio que nos foi proposto: Conhecer a nossa porção e não se prender ao patrimônio como se isto fosse nossa total segurança.
Outro ponto extremamente relevante é a transparência financeira, a clareza do que é feito e do como é feito.
Vejo a preocupação de alguns administradores a procura de mais investidores em seus projetos, quando a melhora na transparência é o que falta para que mais pessoas investissem com muito mais satisfação e generosidade.
Acredito piamente que A Prestação de Contas nos protege e acima de tudo gera a confiança necessária.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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