Palavra do leitor
- 10 de dezembro de 2012
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"Promessas" é divisa
“Porque os ( membros ) que em nós são mais nobres não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela;” I Cor 12; 24
Traçando uma analogia com o corpo humano, Paulo, ilustra de forma magistral, a estranha lógica de Deus. Os membros frágeis e desonrados recebem prioritariamente, seus cuidados. Lembro uma vez, quando, em Torres, litoral gaúcho, pela manhã alguém disse que um sujeito de posses tinha ganhado no “Jogo do bicho;” um cidadão que ouviu a nova imprecou: “ Eita, o diabo sempre caga no monte mais grande” Sic.
Se, de fato, o mundo jaz no maligno, natural esse desequilíbrio de pesos e cuidados, entre seus filhos.
Quando o contexto era de expor que mesmo para o ministério, as escolhas de Deus são “ilógicas”, o apóstolo descreveu de outro modo: “Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; Para que nenhuma carne se glorie perante ele. Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; Para que, como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se no Senhor.” I Cor 1; 26 – 31
A ideia é que, escolhendo os “bons”, resta espaço à jactância, ao orgulho; vírus nocivos à salvação.
Falo isso porque, o festival de música “gospel” chamado, “Promessas,” em ampla cobertura feita pelo Jornal Nacional da Rede Globo, realçou estranhos valores; De André Valadão, disseram que teve duas indicações ao Grammy Latino; do Diante do Trono, que vendeu mais de dez milhões de CDs, etc. Ora, esse prisma que avalia pelo sucesso, pelos números, é do mundo, e não de Deus. Aliás, parece ser preceito bíblico exatamente o contrário. “E disse-lhes: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16; 15 E, Tiago, desenvolve a mesma ideia com outras palavras: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4; 4
O diretor do evento disse que o público “evangélico” já representa 30% do mercado nacional. Ora, se der dinheiro, as empresas promovem qualquer coisa; parece que a Som Livre descobriu o filão e resolveu “louvar a Deus”.
Lembro o incidente em que Davi recebeu a armadura de Saul, para enfrentar a Golias. Desconfortável ficou, e ele preferiu a simplicidade daquilo com que estava habituado, e a proteção de Deus.
Se tivéssemos hinos cujo teor exaltasse mesmo ao Senhor, ou, sua mensagem levasse os ouvintes a uma contrição; esses shows gerariam lágrimas, não histerias; conversões, mais que aplausos.
Afinal, nesse mundo em que os tchê tchê re re tchê tchê, bará berê, Le Le Le Le Le fazem sucesso, conseguir isso, não deve significar grande coisa.
Vivemos numa geração em que as armas de Saul ou de Davi parecem as mesmas; como iguais, pensam ser, a lógica de Deus, e a do diabo.
Os de sucesso espiritual, veraz, devem esperar uma rejeição diretamente proporcional ao “sucesso” alcançado; quanto mais agradar a Deus, mais incomodará ao mundo; “Porque tenho para mim, que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos, e aos homens.” I Cor 4; 9
O sucesso espiritual, pois, é mais visível naquele que persevera quando tudo dá errado, que noutro que delira, quando é por muitos, adulado.
“Um timoneiro que se preze continua a navegar mesmo com a vela despedaçada.” Sêneca
Traçando uma analogia com o corpo humano, Paulo, ilustra de forma magistral, a estranha lógica de Deus. Os membros frágeis e desonrados recebem prioritariamente, seus cuidados. Lembro uma vez, quando, em Torres, litoral gaúcho, pela manhã alguém disse que um sujeito de posses tinha ganhado no “Jogo do bicho;” um cidadão que ouviu a nova imprecou: “ Eita, o diabo sempre caga no monte mais grande” Sic.
Se, de fato, o mundo jaz no maligno, natural esse desequilíbrio de pesos e cuidados, entre seus filhos.
Quando o contexto era de expor que mesmo para o ministério, as escolhas de Deus são “ilógicas”, o apóstolo descreveu de outro modo: “Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; Para que nenhuma carne se glorie perante ele. Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; Para que, como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se no Senhor.” I Cor 1; 26 – 31
A ideia é que, escolhendo os “bons”, resta espaço à jactância, ao orgulho; vírus nocivos à salvação.
Falo isso porque, o festival de música “gospel” chamado, “Promessas,” em ampla cobertura feita pelo Jornal Nacional da Rede Globo, realçou estranhos valores; De André Valadão, disseram que teve duas indicações ao Grammy Latino; do Diante do Trono, que vendeu mais de dez milhões de CDs, etc. Ora, esse prisma que avalia pelo sucesso, pelos números, é do mundo, e não de Deus. Aliás, parece ser preceito bíblico exatamente o contrário. “E disse-lhes: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16; 15 E, Tiago, desenvolve a mesma ideia com outras palavras: “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4; 4
O diretor do evento disse que o público “evangélico” já representa 30% do mercado nacional. Ora, se der dinheiro, as empresas promovem qualquer coisa; parece que a Som Livre descobriu o filão e resolveu “louvar a Deus”.
Lembro o incidente em que Davi recebeu a armadura de Saul, para enfrentar a Golias. Desconfortável ficou, e ele preferiu a simplicidade daquilo com que estava habituado, e a proteção de Deus.
Se tivéssemos hinos cujo teor exaltasse mesmo ao Senhor, ou, sua mensagem levasse os ouvintes a uma contrição; esses shows gerariam lágrimas, não histerias; conversões, mais que aplausos.
Afinal, nesse mundo em que os tchê tchê re re tchê tchê, bará berê, Le Le Le Le Le fazem sucesso, conseguir isso, não deve significar grande coisa.
Vivemos numa geração em que as armas de Saul ou de Davi parecem as mesmas; como iguais, pensam ser, a lógica de Deus, e a do diabo.
Os de sucesso espiritual, veraz, devem esperar uma rejeição diretamente proporcional ao “sucesso” alcançado; quanto mais agradar a Deus, mais incomodará ao mundo; “Porque tenho para mim, que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos, e aos homens.” I Cor 4; 9
O sucesso espiritual, pois, é mais visível naquele que persevera quando tudo dá errado, que noutro que delira, quando é por muitos, adulado.
“Um timoneiro que se preze continua a navegar mesmo com a vela despedaçada.” Sêneca
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