Palavra do leitor
- 20 de abril de 2014
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Princípio ativo do placebo
“Visto que entristecestes o coração do justo com falsidade, não o havendo eu entristecido;” Ez 13; 22
Em Sua diatribe contra os falsos profetas de Israel, Deus admite que entristece, eventualmente, mesmo os justos; nunca, porém, com falsidade. Todavia, os mercenários da época encorajavam aos maus e entristeciam aos bons ante o Eterno, o que Ele denunciou veemente: “E vós me profanastes entre o meu povo, por punhados de cevada, e por pedaços de pão, para matardes as almas que não haviam de morrer, e para guardardes em vida as almas que não haviam de viver, mentindo assim ao meu povo que escuta a mentira?” v 19
A corrupção religiosa, essa vetusta prostituta era atuante, então. Não que a palavra dos profetas tivesse, estritamente, poder de matar alguém. Mas, ao encorajar o erro por interesse, abonavam aos desprezíveis ante O Criador, a desviavam aos justos que, uma vez rejeitados, não viam razão mais para seguir agindo assim. O Salmista, aliás, dissera que o prolongado império da injustiça acaba desencorajando a perseverança dos justos; “Porque o cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda as suas mãos para a iniquidade.” Sal 125; 3
São raras as têmperas que, mesmo cercadas de toda sorte de injustiça conservam-se como ilhotas de honra e caráter, como fora Ló: “... o justo Ló, enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis... afligia todos os dias a sua alma justa, vendo e ouvindo sobre as suas obras injustas;” II Ped 2; 7 e 8
Lato sensu, sofremos mais reflexos horizontais, dos exemplos humanos, que verticais, da Palavra de Deus, infelizmente. E falsidade em nosso meio já não é um lapso, antes, um jeito de ser, salvas, raríssimas exceções. Essa “qualidade” assoma mais robusta em datas religiosas como agora, na “semana santa”, ou no Natal, por exemplo.
Nossos vícios seguem intactos, entretanto, os fazemos brilhar com verniz religioso. Teatros gigantescos são montados mundo afora para encenar a “Paixão de Cristo”, por gente cujo modo de vida denuncia que não está nem aí para Ele e Seu Reino.
Mas, diria alguém, que mal tem por em relevo o que Ele fez, afinal, um feito de tal monta não deve cair no esquecimento? Não sei se tem algum mal, mas, podemos investigar melhor isso.
A independência do Brasil é um feito histórico que rememoramos todos os anos. Entretanto, não nos reunimos num pelotão de cavalarianos e vamos às margens do Ipiranga repetir o gesto de Dom Pedro I. Trazemos à memória de outro modo igualmente válido e mais abrangente.
Acontece que os que usam a Saga de Cristo como roteiro pronto para mero entretenimento não honram à Sua memória, antes, profanam. Aos que, de fato, se importam com a Vontade do Rei, a forma de memorar Seu Feito é distinta: “E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.” I Cor 11; 24 a 26
Os coevos do Salvador também tinham lá seus memoriais hipócritas que Ele denunciou como um tiro no pé: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que edificais os sepulcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos, e dizeis: Se existíssemos no tempo de nossos pais, nunca nos associaríamos com eles para derramar o sangue dos profetas. Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas.” Mat 23; 29 a 31
Acontece que esses teatrinhos com mensagens ocas que padecem de fidelidade bíblica ensejam uma emoção falsa; uma tristeza com pena de Cristo, não com vergonha de si mesmo, como convém a quem ouve a genuína Palavra de Deus, geratriz da fé.
Sim, mesmo a tristeza pode ser falsa, mera droga emocional com a “eficácia” de um placebo, coisa que, aliás, Paulo ensinou expressamente: “Agora folgo, não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus; de maneira que por nós não padecestes dano em coisa alguma. Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte.” II Cor 7; 9 e 10
A tristeza segundo Deus, pois, é medicina da alma, correção necessária por causa do amor. “Pois, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão, segundo a grandeza das suas misericórdias.” Lam 3; 32
Em Sua diatribe contra os falsos profetas de Israel, Deus admite que entristece, eventualmente, mesmo os justos; nunca, porém, com falsidade. Todavia, os mercenários da época encorajavam aos maus e entristeciam aos bons ante o Eterno, o que Ele denunciou veemente: “E vós me profanastes entre o meu povo, por punhados de cevada, e por pedaços de pão, para matardes as almas que não haviam de morrer, e para guardardes em vida as almas que não haviam de viver, mentindo assim ao meu povo que escuta a mentira?” v 19
A corrupção religiosa, essa vetusta prostituta era atuante, então. Não que a palavra dos profetas tivesse, estritamente, poder de matar alguém. Mas, ao encorajar o erro por interesse, abonavam aos desprezíveis ante O Criador, a desviavam aos justos que, uma vez rejeitados, não viam razão mais para seguir agindo assim. O Salmista, aliás, dissera que o prolongado império da injustiça acaba desencorajando a perseverança dos justos; “Porque o cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda as suas mãos para a iniquidade.” Sal 125; 3
São raras as têmperas que, mesmo cercadas de toda sorte de injustiça conservam-se como ilhotas de honra e caráter, como fora Ló: “... o justo Ló, enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis... afligia todos os dias a sua alma justa, vendo e ouvindo sobre as suas obras injustas;” II Ped 2; 7 e 8
Lato sensu, sofremos mais reflexos horizontais, dos exemplos humanos, que verticais, da Palavra de Deus, infelizmente. E falsidade em nosso meio já não é um lapso, antes, um jeito de ser, salvas, raríssimas exceções. Essa “qualidade” assoma mais robusta em datas religiosas como agora, na “semana santa”, ou no Natal, por exemplo.
Nossos vícios seguem intactos, entretanto, os fazemos brilhar com verniz religioso. Teatros gigantescos são montados mundo afora para encenar a “Paixão de Cristo”, por gente cujo modo de vida denuncia que não está nem aí para Ele e Seu Reino.
Mas, diria alguém, que mal tem por em relevo o que Ele fez, afinal, um feito de tal monta não deve cair no esquecimento? Não sei se tem algum mal, mas, podemos investigar melhor isso.
A independência do Brasil é um feito histórico que rememoramos todos os anos. Entretanto, não nos reunimos num pelotão de cavalarianos e vamos às margens do Ipiranga repetir o gesto de Dom Pedro I. Trazemos à memória de outro modo igualmente válido e mais abrangente.
Acontece que os que usam a Saga de Cristo como roteiro pronto para mero entretenimento não honram à Sua memória, antes, profanam. Aos que, de fato, se importam com a Vontade do Rei, a forma de memorar Seu Feito é distinta: “E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.” I Cor 11; 24 a 26
Os coevos do Salvador também tinham lá seus memoriais hipócritas que Ele denunciou como um tiro no pé: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que edificais os sepulcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos, e dizeis: Se existíssemos no tempo de nossos pais, nunca nos associaríamos com eles para derramar o sangue dos profetas. Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas.” Mat 23; 29 a 31
Acontece que esses teatrinhos com mensagens ocas que padecem de fidelidade bíblica ensejam uma emoção falsa; uma tristeza com pena de Cristo, não com vergonha de si mesmo, como convém a quem ouve a genuína Palavra de Deus, geratriz da fé.
Sim, mesmo a tristeza pode ser falsa, mera droga emocional com a “eficácia” de um placebo, coisa que, aliás, Paulo ensinou expressamente: “Agora folgo, não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para arrependimento; pois fostes contristados segundo Deus; de maneira que por nós não padecestes dano em coisa alguma. Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte.” II Cor 7; 9 e 10
A tristeza segundo Deus, pois, é medicina da alma, correção necessária por causa do amor. “Pois, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão, segundo a grandeza das suas misericórdias.” Lam 3; 32
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