Primeiro e segundo turno, avanços e retrocessos

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No primeiro turno votei no Plínio, por entender que o rompimento das profundas heranças históricas do Brasil em relação ao "aparthaid social" tiveram avanços ainda tímidos nestes oito anos de um governo que plantou tantas esperanças em nosso coração. Herança maldita que ainda nos separa entre os que tem acesso à saude, educação, lazer, moradia, trabalho digno e os que lutam, e muito, para sobreviver.

Não vamos nos esquecer que estamos entre as 12 maiores economias do planeta, mas entre os piores em justiça social.

Volto a afirmar que uma família moradora da periferia de uma grande cidade brasileira hoje, onde concentram-se vários problemas sociais enfrentados pelos trabalhadores e trabalhadoras deste país, ainda enfrenta graves e sérias iniquidades institucionalizadas, que lhes tenta roubar a fé, matar a esperança e destruir a humanidade em todos nós.

Oro para que estas eleições de 2010 não entrem para a história de nosso país como um retorno à disputa eleitoral pautada em mentiras, ignorâncias e falta de bom senso, como foi em 1989 em que Collor foi eleito apoiado pelos evangélicos de então, com as consequências nefastas de seu desgoverno. Como o sacrifício de animais em rituais que Collor realizou em agradecimento a sua votação e vitória contra o “comunista” Lula e o PT.

Como está o discernimento político no meio evangélico hoje?

Cuidado com mentiras e meias verdades, cuidado para não votar em esquemas de opressão disfarçados em "anjos de luz". .

Cuidado com os que não deixam os pobres da igreja pensarem, mas impõe a vontade de uma elite rica aos que precisam de justiça social.

Sabemos quem é o Pai da Mentira. Aprendamos com Tiago 5

Que a campanha política seja travada com argumentos políticos, não com mentiras e ódio as classes mais baixas.

Afirmo que Dilma de forma alguma é minha candidata dos sonhos, mas o Serra faz parte de meus piores pesadelos em 10 anos de militância social apartidária. Conheço minimamente as lutas dos movimentos sociais para ter uma noção da tragédia e o retrocesso que seria a eleição do serra:

A criminalização de quem insiste em se organizar, impedindo que se traga luz à invisibilidade social que tenta cegar a crueza que é a realidade de um país rico de maioria da população ainda sem acesso a seu desenvolvimento integral, por inteiro, corpo alma e espírito; privatizações irresponsáveis como da Vale do Rio Doce; os conxavos e compra de votos para a reeleição de FHC; o sucateamento das universidades públicas; a defesa de uma política que privilegia as eleites deste país, seja ela secular ou religiosa.

Aqui meu repúdio ao tratamento criminoso que foi dado aos professores de São Paulo pelo governador Serra. Balas de borracha e cacetadas da polícia nos educadores que lutam por melhores condições de trabalho e salário, não são exemplos de boa administração no estado mais rico do país.

Como afirmou Leonardo Boff recentemente “A verdade vai vencer a mentira”.

NO DIA 31 É 13.

E estarei, a partir de janeiro cobrando deste novo governo, não avanços sociais tímidos, mas o fim de nosso Aparthaid Social.

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