Palavra do leitor
- 13 de julho de 2012
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Prefiro o Inferno a o Céu dos homens
O louvor é dirigido aos vencedores, àqueles que lutaram e venceram, que perseveraram, usaram de estratégias nos tempos difíceis; foram justos, bons e honestos sobrevivendo a todas as intempéries apresentados. A esses, o mérito a honra.
Há, porém uma recusa do triunfo, do sucesso que não corresponde e uma alegria que, por mais forçada sendo, não vem. E isso é justo. Por que não houve vitória, nem perseverança; as estratégias fracassaram e não puderam resistir. A esses desonra.
Freqüentemente testemunhamos vidas assim: É a mãe que projeta no filho um futuro melhor, que, em geral, o único recurso para investir é o sonho, mas que é interceptado por um destino a contragosto, marginalizando quem sabe nas drogas, crimes, cadeias, ou, na melhor das hipóteses, um escravo social. É a moça que se casa na esperança de uma rainha que, por mais cinderela que seja tem, vê-se acabado na separação com os filhos nos braços e os sonhos que se foram e o amargo do fel que fica. É o jovem galopante cheio de força e virtude que vai, mas que por alguma razão também fica, e o tempo passa e passa... Estudos, trabalhos, mudanças de planos e até de rumos e nada disso resolve. Às vezes a doença, a falta de recursos vem pro jantar que fomes têm. É o lar que desaba sem ter quem salvar-se.
Existem pessoas que nunca experimentarão o sucesso e a glória; e estou falando das coisas mais primárias. Existem pessoas que nunca se darão “bem na vida” que nunca irão vencer que nunca desfrutarão do mínimo, por que a desgraça da vida os tem acompanhado, fazendo dela seus infernos. A sensação da vitória, do triunfo e da prosperidade nunca estará com eles. Se eu pensar na igreja me conforto em chamar a teologia da prosperidade de: uma miséria, uma mentira do inferno dessas pessoas. Não as culpo porque sei que muitas vão para lá como sendo o último recurso.
Se não posso pensar na igreja, penso então em Jesus e me vem a reflexão trazida por uma pergunta que fez e faz fortemente até hoje: “De quem eu devo ser o próximo” (Prefiro fazê-la assim, acho que Jesus quis que refletíssemos dessa forma, o Ari entendeu assim).
Então faço opção me posicionando desse lado de cá. É melhor estar na casa onde há luto, diz a bíblia. Eu quero estar no inferno porque no inferno humano é muito mais fácil para eu ver Deus.
Immanuel Kant, com o advento do Iluminismo, formulou três questões para a compreensão antropológica para a época: “O que sei, o que faço, e o que espero”. Podemos perfeitamente nos servir dessa construção nesse tempo de ser igreja. Sabemos da palavra de Deus, do evangelho por revelação, podemos então fazer não só por ética, mas por amor, e finalmente dando esperança na parousia. É sim, porque para muitos a alegria, o gozo, a vitória, o sucesso só serão experimentado na redenção e enquanto ela não vem, a caminhada continua, prossegue, então vem a pergunta: o que faço?
Com a demora da parousia Lucas formula sua teologia de práxis para a continuidade da igreja (essa é uma das abordageens dos escritos lucano). Eles tiveram que tomar conhecimento da realidade e prosseguir sendo igreja, trafegando nesses tres eixos: no que sabe, no que faz e na confiança do que espera. E nós, qual tratamento daríamos não só aos da fé, mas a todos os hoemens visto a misericórdia divina?
Não podemos fazer muito, mas eu quero ouvi-los, chorar junto, caminhar com eles, sentar com eles á mesa deles e ser igual a eles, sem ser hipócrita e nem enganá-los. Num tempo de grandes riquezas, progressos, prosperidades abundantes... as vítimas sociais se multiplicam por conta da mentalidade da época. Mas nós temos que ter a mente de Cristo.
Por essa causa prefiro o inferno aqui, para poder desfrutar com Ele sua misericórdia e graça.
Há, porém uma recusa do triunfo, do sucesso que não corresponde e uma alegria que, por mais forçada sendo, não vem. E isso é justo. Por que não houve vitória, nem perseverança; as estratégias fracassaram e não puderam resistir. A esses desonra.
Freqüentemente testemunhamos vidas assim: É a mãe que projeta no filho um futuro melhor, que, em geral, o único recurso para investir é o sonho, mas que é interceptado por um destino a contragosto, marginalizando quem sabe nas drogas, crimes, cadeias, ou, na melhor das hipóteses, um escravo social. É a moça que se casa na esperança de uma rainha que, por mais cinderela que seja tem, vê-se acabado na separação com os filhos nos braços e os sonhos que se foram e o amargo do fel que fica. É o jovem galopante cheio de força e virtude que vai, mas que por alguma razão também fica, e o tempo passa e passa... Estudos, trabalhos, mudanças de planos e até de rumos e nada disso resolve. Às vezes a doença, a falta de recursos vem pro jantar que fomes têm. É o lar que desaba sem ter quem salvar-se.
Existem pessoas que nunca experimentarão o sucesso e a glória; e estou falando das coisas mais primárias. Existem pessoas que nunca se darão “bem na vida” que nunca irão vencer que nunca desfrutarão do mínimo, por que a desgraça da vida os tem acompanhado, fazendo dela seus infernos. A sensação da vitória, do triunfo e da prosperidade nunca estará com eles. Se eu pensar na igreja me conforto em chamar a teologia da prosperidade de: uma miséria, uma mentira do inferno dessas pessoas. Não as culpo porque sei que muitas vão para lá como sendo o último recurso.
Se não posso pensar na igreja, penso então em Jesus e me vem a reflexão trazida por uma pergunta que fez e faz fortemente até hoje: “De quem eu devo ser o próximo” (Prefiro fazê-la assim, acho que Jesus quis que refletíssemos dessa forma, o Ari entendeu assim).
Então faço opção me posicionando desse lado de cá. É melhor estar na casa onde há luto, diz a bíblia. Eu quero estar no inferno porque no inferno humano é muito mais fácil para eu ver Deus.
Immanuel Kant, com o advento do Iluminismo, formulou três questões para a compreensão antropológica para a época: “O que sei, o que faço, e o que espero”. Podemos perfeitamente nos servir dessa construção nesse tempo de ser igreja. Sabemos da palavra de Deus, do evangelho por revelação, podemos então fazer não só por ética, mas por amor, e finalmente dando esperança na parousia. É sim, porque para muitos a alegria, o gozo, a vitória, o sucesso só serão experimentado na redenção e enquanto ela não vem, a caminhada continua, prossegue, então vem a pergunta: o que faço?
Com a demora da parousia Lucas formula sua teologia de práxis para a continuidade da igreja (essa é uma das abordageens dos escritos lucano). Eles tiveram que tomar conhecimento da realidade e prosseguir sendo igreja, trafegando nesses tres eixos: no que sabe, no que faz e na confiança do que espera. E nós, qual tratamento daríamos não só aos da fé, mas a todos os hoemens visto a misericórdia divina?
Não podemos fazer muito, mas eu quero ouvi-los, chorar junto, caminhar com eles, sentar com eles á mesa deles e ser igual a eles, sem ser hipócrita e nem enganá-los. Num tempo de grandes riquezas, progressos, prosperidades abundantes... as vítimas sociais se multiplicam por conta da mentalidade da época. Mas nós temos que ter a mente de Cristo.
Por essa causa prefiro o inferno aqui, para poder desfrutar com Ele sua misericórdia e graça.
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