Palavra do leitor
- 04 de março de 2013
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Pra lembrar e ser feliz
O desapontamento foi enorme no carro, som ligado e alguém pergunta quem é o cara cantando; até pouco tempo atrás qualquer humano normal que tivesse um mínimo de informação saberia quem era o cara e o que representa a música e a poesia do Bob Dylan;
Fez-me lembrar de um garoto crente nos seus vinte e poucos anos que escuta “pregador” Luo, Damares e outras coisas estranhas, mas não sabia que Vencedores Por Cristo e Logos são alguns dos responsáveis pela vida espiritual saudável de toda uma geração e que Janires foi um dos caras mais competentes e queridos, e isso não faz tanto tempo assim.
Por muitas vezes encontro gente com mais de vinte anos não fazendo a menor ideia da história da música mundial nem conhecendo patavinas acerca da música sacra moderna; Vencedores, Logos, Simon & Garfunkel, Dylan entre tantos tem lugar especial na minha memória, fazem a ligação entre o tempo, lugares e sentidos.
Fatos assim me obrigam a perguntar quais serão as lembranças dessa turma de vinte e poucos anos quando tiver a minha idade? E olha que só tenho quarenta e sete anos e meu baú já precisou de um anexo, de tantas e importantes lembranças e se puxar encontro coisas que me servem de inspiração e conforto, lição e entendimento.
Tenho amigos cujos filhos escutam Vencedores, Rebanhão, Pink Floyd, Dio, Logos, Jairinho, Belchior e toda uma geração de músicos de outra geração, por não encontrarem quase nada por aí que valha ser ouvido; ouvir e se orgulhar de fato nas ondas do rádio.
Pouco da programação das emissoras “gospel” é música cristã, é quase tudo muito ruim, nem o emaranhado de arranjos um tanto quanto psicodélicos consegue convencer, pois as letras são sobre eles mesmos, ou sobre nada.
Por duas vezes escrevi sobre as bobagens e as mentiras que a patota gospel grava e vende apoiados naquele chavão infame: “crente compra qualquer coisa que tenha o nome de Jesus”, e arrumei uma encrenca daquelas, minha caixa de mensagens ficou abarrotada de desaforos via e-mail.
Mas a cada dia piora, pois todo “frequentante” do estranho mundo neopentecostal quer ser gospel-star e se dar bem, depois quer me obrigar a ouvir, aparecem na igreja, nas emissoras e redes e mesmo nos carros de som nas ruas; para onde fugirei?
Eu sei de uma coisa, em qualquer época poderei ouvir músicas “do meu tempo” e me alegrar pela capacidade, talento e beleza das produções desse tempo, enquanto quase nada restará dessa geração em termos de música; alguém aí se lembra de Menudo, Polegar, Mara e outras coisa do gênero? É o mesmo caso de quase toda essa gente que inunda os ouvidos da igreja com sua enxurrada, somente eles e alguns programas carentes de criatividade se lembrarão de citar daqui alguns anos.
Se não bastasse a música órfã e prostituída nos vemos cercados por púlpitos uivantes e traiçoeiros, vazios de entendimento ou abarrotados de vaidade e frustração; homens do calibre de "Billy" Graham, David Wilkerson, Nilson Fanini, estão em extinção; amargamos manhãs, tardes e noites e madrugadas com a deselegante e inócua companhia de apresentadores do naipe de Santiago, a turma do Macedo, Malafaia, RR e a impressionante habilidade verbal do Caio.
Não é falar por falar, eu deveria deixar isso de lado, mas quando alguém não sabe quem foi "Billy" Graham nem que o Logos é um grupo de música cristã, eu fico pensando que a Igreja já tem andado de mãos atadas e de boca fechada por tempo demais.
Fez-me lembrar de um garoto crente nos seus vinte e poucos anos que escuta “pregador” Luo, Damares e outras coisas estranhas, mas não sabia que Vencedores Por Cristo e Logos são alguns dos responsáveis pela vida espiritual saudável de toda uma geração e que Janires foi um dos caras mais competentes e queridos, e isso não faz tanto tempo assim.
Por muitas vezes encontro gente com mais de vinte anos não fazendo a menor ideia da história da música mundial nem conhecendo patavinas acerca da música sacra moderna; Vencedores, Logos, Simon & Garfunkel, Dylan entre tantos tem lugar especial na minha memória, fazem a ligação entre o tempo, lugares e sentidos.
Fatos assim me obrigam a perguntar quais serão as lembranças dessa turma de vinte e poucos anos quando tiver a minha idade? E olha que só tenho quarenta e sete anos e meu baú já precisou de um anexo, de tantas e importantes lembranças e se puxar encontro coisas que me servem de inspiração e conforto, lição e entendimento.
Tenho amigos cujos filhos escutam Vencedores, Rebanhão, Pink Floyd, Dio, Logos, Jairinho, Belchior e toda uma geração de músicos de outra geração, por não encontrarem quase nada por aí que valha ser ouvido; ouvir e se orgulhar de fato nas ondas do rádio.
Pouco da programação das emissoras “gospel” é música cristã, é quase tudo muito ruim, nem o emaranhado de arranjos um tanto quanto psicodélicos consegue convencer, pois as letras são sobre eles mesmos, ou sobre nada.
Por duas vezes escrevi sobre as bobagens e as mentiras que a patota gospel grava e vende apoiados naquele chavão infame: “crente compra qualquer coisa que tenha o nome de Jesus”, e arrumei uma encrenca daquelas, minha caixa de mensagens ficou abarrotada de desaforos via e-mail.
Mas a cada dia piora, pois todo “frequentante” do estranho mundo neopentecostal quer ser gospel-star e se dar bem, depois quer me obrigar a ouvir, aparecem na igreja, nas emissoras e redes e mesmo nos carros de som nas ruas; para onde fugirei?
Eu sei de uma coisa, em qualquer época poderei ouvir músicas “do meu tempo” e me alegrar pela capacidade, talento e beleza das produções desse tempo, enquanto quase nada restará dessa geração em termos de música; alguém aí se lembra de Menudo, Polegar, Mara e outras coisa do gênero? É o mesmo caso de quase toda essa gente que inunda os ouvidos da igreja com sua enxurrada, somente eles e alguns programas carentes de criatividade se lembrarão de citar daqui alguns anos.
Se não bastasse a música órfã e prostituída nos vemos cercados por púlpitos uivantes e traiçoeiros, vazios de entendimento ou abarrotados de vaidade e frustração; homens do calibre de "Billy" Graham, David Wilkerson, Nilson Fanini, estão em extinção; amargamos manhãs, tardes e noites e madrugadas com a deselegante e inócua companhia de apresentadores do naipe de Santiago, a turma do Macedo, Malafaia, RR e a impressionante habilidade verbal do Caio.
Não é falar por falar, eu deveria deixar isso de lado, mas quando alguém não sabe quem foi "Billy" Graham nem que o Logos é um grupo de música cristã, eu fico pensando que a Igreja já tem andado de mãos atadas e de boca fechada por tempo demais.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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