Palavra do leitor
- 27 de maio de 2020
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Portem-se com temor
"Uma vez que vocês chamam Pai aquele que julga imparcialmente as obras de cada um, portem-se com temor durante a jornada terrena de vocês." 1 Pedro 1.17 – NVI
Devido à fé que tinham em Cristo, como o único Senhor, os cristãos espalhados pelo território da Ásia Menor (hoje, a maior parte da região da Turquia) enfrentavam um tempo de grande perseguição por parte do Império Romano. A fim de que sua confiança em Deus não fosse abalada mesmo nesse período de enormes desafios, o apóstolo Pedro tece algumas orientações que foram essenciais para os povos daquele contexto.
Perseguidos por darem testemunho de sua fé, muitos cristãos perderam seus familiares, casas, o convívio com pessoas que tinham o costume de ter contato, a liberdade de ir e vir a determinados locais e etc. Apesar de tudo isso, Pedro os incentiva a temerem a Deus, especialmente porque não eram apenas seguidores de um mero sistema religioso, mas filhos de um Pai justo, verdadeiro e fiel. Temer a Deus foi algo essencial para os cristãos daquela época e certamente tem importância equivalente para os dias de hoje. Alguns motivos nos ajudam a exemplificar essa ideia:
O primeiro motivo é que temer a Deus transmite a ideia de uma consciência da presença divina, porém não como uma mera noção cognitiva, mas com uma compreensão que leve a uma mudança de comportamento, uma transformação no jeito pensar, falar e agir. Tendo Deus como um Pai e pertencente a sua família (Gl 3.26), os cristãos deveriam procurar entender o que o agradava, sabendo que o Senhor não compactua com o pecado e, portanto, ele não deveria ser incentivado e nem praticado mesmo nas situações mais adversas. O temor não é um sentimento de medo pelo castigo eterno (1 Jo 4.18), pois sendo filhos, já não estamos presos ao pecado e à sua consequência (Rm 6.23). Antes, o temor é uma atitude de amor que busca nos conectar a tudo aquilo que agrada àquele que entregou seu único Filho para que hoje também pudéssemos ser filhos. Se chamamos a Deus de Pai, nada mais coerente do que agir como seus filhos, imitando assim a conduta de Jesus Cristo.
O segundo motivo é refletirmos sobre a vital importância do temor a Deus para caminharmos em santidade apesar das exigências desse mundo. O temer a Deus passa pelo caminho de buscar conhecê-lo cada vez mais. A Bíblia nos ajuda com isso (o que enaltece ainda mais a importância de nos aproximarmos dela nesses momentos), pois nela conhecemos melhor o Deus a quem servimos. Ele é apresentado, dentre outras muitas formas, como Criador (Gn 1.1), sustentador (Hb 1.3) , juiz (Is 33.22), fiel (1 Co 10.13), salvador (Lc 2.11). Se dele vem a criação, o sustento e a salvação daquilo que foi criado, por que insisitimos tanto em depositar nossa esperança em coisas que nem de longe representam o poder de Deus? Sem temer a Deus corremos o risco de depositar esperança demais em salvadores que não podem nos salvar, em redentores que não podem nos redimir.
O terceiro motivo está ligado à nossa condição enquanto aqui estamos na terra. Pedro diz que estamos num tempo de peregrinação, portanto, como bons mordomos, cuidamos da terra que vivemos, mas não criamos raízes no solo corruptível desse mundo. Sem o temor a Deus, corremos o risco de nos esquecer que somos apenas estrangeiros nessa terra (1 Pe 2.11). A falta de noção da presença de Deus nos fará desejar tanto as paixões dessa era que nos veremos desconectados com a vida eterna e as promessas divinas.
Por fim, acredito que manter em mente a noção da presença de Deus faz muita diferença especialmente em tempos onde a igreja local ainda encontra dificuldades para se reunir como era o costume há pouco tempo atrás. Isso porque nos lembramos que não é novidade esse tipo de situação no meio do povo de Deus. A igreja sempre se manteve não porque tinha espaços confortáveis e seguros para se reunir, ela sempre permaneceu, primeiramente, porque pertence a Cristo (Cl 1.18). Segundo, porque o seu povo mantinha em mente o temor divino, não apenas falando, mas expressando o poder vital do Espírito Santo que habita nos corações daqueles que aceitam Jesus Cristo como único salvador. Se assim prosseguirmos, continuaremos expressando a já relevante mensagem do evangelho na geração em que vivemos, andando com temor diante de Deus de forma que assim o mundo possa conhecê-lo.
Devido à fé que tinham em Cristo, como o único Senhor, os cristãos espalhados pelo território da Ásia Menor (hoje, a maior parte da região da Turquia) enfrentavam um tempo de grande perseguição por parte do Império Romano. A fim de que sua confiança em Deus não fosse abalada mesmo nesse período de enormes desafios, o apóstolo Pedro tece algumas orientações que foram essenciais para os povos daquele contexto.
Perseguidos por darem testemunho de sua fé, muitos cristãos perderam seus familiares, casas, o convívio com pessoas que tinham o costume de ter contato, a liberdade de ir e vir a determinados locais e etc. Apesar de tudo isso, Pedro os incentiva a temerem a Deus, especialmente porque não eram apenas seguidores de um mero sistema religioso, mas filhos de um Pai justo, verdadeiro e fiel. Temer a Deus foi algo essencial para os cristãos daquela época e certamente tem importância equivalente para os dias de hoje. Alguns motivos nos ajudam a exemplificar essa ideia:
O primeiro motivo é que temer a Deus transmite a ideia de uma consciência da presença divina, porém não como uma mera noção cognitiva, mas com uma compreensão que leve a uma mudança de comportamento, uma transformação no jeito pensar, falar e agir. Tendo Deus como um Pai e pertencente a sua família (Gl 3.26), os cristãos deveriam procurar entender o que o agradava, sabendo que o Senhor não compactua com o pecado e, portanto, ele não deveria ser incentivado e nem praticado mesmo nas situações mais adversas. O temor não é um sentimento de medo pelo castigo eterno (1 Jo 4.18), pois sendo filhos, já não estamos presos ao pecado e à sua consequência (Rm 6.23). Antes, o temor é uma atitude de amor que busca nos conectar a tudo aquilo que agrada àquele que entregou seu único Filho para que hoje também pudéssemos ser filhos. Se chamamos a Deus de Pai, nada mais coerente do que agir como seus filhos, imitando assim a conduta de Jesus Cristo.
O segundo motivo é refletirmos sobre a vital importância do temor a Deus para caminharmos em santidade apesar das exigências desse mundo. O temer a Deus passa pelo caminho de buscar conhecê-lo cada vez mais. A Bíblia nos ajuda com isso (o que enaltece ainda mais a importância de nos aproximarmos dela nesses momentos), pois nela conhecemos melhor o Deus a quem servimos. Ele é apresentado, dentre outras muitas formas, como Criador (Gn 1.1), sustentador (Hb 1.3) , juiz (Is 33.22), fiel (1 Co 10.13), salvador (Lc 2.11). Se dele vem a criação, o sustento e a salvação daquilo que foi criado, por que insisitimos tanto em depositar nossa esperança em coisas que nem de longe representam o poder de Deus? Sem temer a Deus corremos o risco de depositar esperança demais em salvadores que não podem nos salvar, em redentores que não podem nos redimir.
O terceiro motivo está ligado à nossa condição enquanto aqui estamos na terra. Pedro diz que estamos num tempo de peregrinação, portanto, como bons mordomos, cuidamos da terra que vivemos, mas não criamos raízes no solo corruptível desse mundo. Sem o temor a Deus, corremos o risco de nos esquecer que somos apenas estrangeiros nessa terra (1 Pe 2.11). A falta de noção da presença de Deus nos fará desejar tanto as paixões dessa era que nos veremos desconectados com a vida eterna e as promessas divinas.
Por fim, acredito que manter em mente a noção da presença de Deus faz muita diferença especialmente em tempos onde a igreja local ainda encontra dificuldades para se reunir como era o costume há pouco tempo atrás. Isso porque nos lembramos que não é novidade esse tipo de situação no meio do povo de Deus. A igreja sempre se manteve não porque tinha espaços confortáveis e seguros para se reunir, ela sempre permaneceu, primeiramente, porque pertence a Cristo (Cl 1.18). Segundo, porque o seu povo mantinha em mente o temor divino, não apenas falando, mas expressando o poder vital do Espírito Santo que habita nos corações daqueles que aceitam Jesus Cristo como único salvador. Se assim prosseguirmos, continuaremos expressando a já relevante mensagem do evangelho na geração em que vivemos, andando com temor diante de Deus de forma que assim o mundo possa conhecê-lo.
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